Que difícil sair da cama tendo dormido tão tarde! Colocamos o celular em soneca por quase uma hora, o sono estava tremendo! E quando resolvemos sair da cama, foi uma correria, pois tínhamos pouco tempo até encerrar o café da manhã naquele restaurante chique. No final das contas, os garçons estavam quase nos tocando para fora, pois fomos os últimos a terminar de comer e eles já estavam arrumando as demais mesas para o almoço.
Saindo de lá fomos direto para o SPA agendar o horário daquela massagem gratuita que tínhamos direito. O plano era marcar para aquele mesmo dia, por volta das 16h, mas como estava sem disponibilidade, agendamos para o dia seguinte às 10h. Depois voltamos para o quarto, colocamos nossa roupa de banho e fomos curtir a jacuzzi! Nos deram chaves individuais para guardarmos nossas roupas no vestiário (separadamente o feminino do masculino) e então seguimos só com a toalha (e a chave) em mãos para a jacuzzi. Ahh que delícia de manhã. ?
Após quase meia hora dentro daquela água maravilhosa com aquela vista para o mar incrível, resolvemos curtir a sauna! Lá ficamos menos tempo, até que entramos juntos (escondidos) no mesmo chuveiro! ? Não tomamos banho pelados, já que ali não era tão privativo e havia outros chuveiros ao lado, separados apenas por uma parede, mas ainda assim tentei tará-lo durante o banho. ? E ele todo tímido se conteve por receio que outras pessoas nos flagrassem rs.
Quando saímos de lá, era hora do almoço e lá fomos nós voltar naquele restaurante no qual tomamos o café da manhã. O Organizado pediu uma refeição do cardápio, já eu me aventurei nas opções do self-service mesmo. E ao retornar para a mesa, pedi ao garçom que me trouxesse um belo energético, na tentativa de combater aquele sono que teimava em se apoderar de mim (e funcionou ??).
Dali a pouco, acomodaram uma família na mesma mesa que a gente. Eram três pessoas: a mãe, o marido e o filho (que também já era adulto). E de repente, a mãe começou a puxar papo comigo.
– Nossa, como você consegue tomar isso? – Ela perguntou.
– Ahh, só assim pra ver se esse sono passa rs. – Respondi simpática.
– Tentei uma vez e embrulhou o meu estômago. – Ela continuou.
E assim o papo engrenou. Percebi que ela gostava de conversar. Quando um assunto morria, ela já partia para outro, animada e imbatível. Logo o marido também entrou na conversa e mesmo tendo acabado de conhecê-los, em menos de dez minutos descobrimos que ele já havia feito redução de estômago há 17 anos e várias cirurgias plásticas posteriormente. Detalhes que olhando para ele ninguém imaginaria. Eram brasileiros, também residiam em São Paulo e veteranos em cruzeiros.
Analisando-os, avaliei que o pai se achava, a mãe era um tanto carente de atenção, e o filho mais parceiro do pai do que da mãe. Falavam de outras viagens que já fizeram e pelo que narravam os dois rapazes sempre davam perdido nela, que muitas vezes ficava sozinha. Ela dizia não ser consumista (raridade uma mulher que não gosta de comprar) e por conta disso muitas vezes ficava de fora dos passeios deles.
Certo momento, o pai começou a dar indicações de lugares para eu e o Organizado irmos quando estivéssemos em Buenos Aires, sem saber que já havíamos fechado um passeio rs. Deixamos que ele continuasse com as suas peripécias, para só no final revelarmos o que já tínhamos planejado. E após a sobremesa, se despediram, nos deixando a sós. Muito interessante conversar com eles. Foi nossa primeira interação com estranhos a bordo. ?
Após o almoço fomos explorar outros andares do navio, enquanto a comida fazia digestão. Estávamos no quinto andar, então o exploramos por completo, depois o sexto, e quando chegamos ao sétimo (onde ficava a “Photo Gallery“), aproveitamos para olhar as nossas fotos que já estavam prontas. Foi difícil não ficar com todas, mas me contive por conta do valor rs. Adquirimos algumas (inclusive uma que eles tiraram assim que entramos no navio) e seguimos passeando.
Quando retornamos para a suíte, e guardamos as fotos, resolvemos curtir uma piscina. Pegamos nossas toalhas e fomos empolgados para uma que era coberta (no navio haviam duas piscinas), no qual uma plaquinha em frente à ela, informava que era aquecida. Eu até pensei em checar a temperatura da água com a mão primeiro, mas desisti considerando que poderia confiar naquela informação. Então tivemos todo o trabalho de tirar nossas roupas e chinelo, e só quando coloquei meu pé dentro da água, me dei conta que aquela plaquinha era a maior enganação. A água estava mega fria, o que nos acovardou, apesar do dia estar quente.
Tentamos voltar para a jacuzzi, mas naquele horário todas (exatamente todas) estavam cheias de gente. Comecei a ficar frustrada, mas daí o Organizado teve uma ideia fantástica, ao recordar que tínhamos uma banheira (totalmente privativa) na nossa suíte! ? Minha dose de ânimo foi suprida no mesmo minuto e então voltamos rapidamente para o nosso cafofo! E enquanto a banheira enchia, minha atenção foi sugada para aquele pôr do sol maravilhoso na nossa varanda e resolvi aproveitá-lo para tirar umas fotinhos… Gostaram?? ?
Aquele momento na banheira foi mesmo único. Ficamos um de frente para o outro curtindo aquela água morna sobre os nossos corpos, até que nos beijamos e apesar de novamente estarmos com o tempo apertado (a essa altura já faltava pouco para o jantar), ele fez questão que eu gozasse, usando o vibrador no meu clitóris. Me senti um pouco egoísta por não poder retribuir naquele momento (e até um tanto pressionada a gozar logo por conta do horário), o que dificultou um pouco o meu orgasmo, mas ele veio! Rs.
Naquele dia teríamos sessão de fotos com o comandante, e o traje sugerido era de gala. Nos banhamos rapidamente e então descemos alguns andares. Ao chegarmos esbaforidos, descobrimos que na verdade estávamos adiantados uma hora. ??♀️ Daí já ficamos por ali mesmo bebendo um champanhe horrível que serviram para os que já haviam chegado, e convenientemente fomos um dos primeiros a fotografar com a celebridade do navio.
O comandante Francesco Saviero Veniero era um coroa todo bonitão, charmosão e falava outro idioma. Adoraria tê-lo como cliente também. ? O momento da foto foi bastante rápido e genérico. Quando chegava a sua vez ele te cumprimentava, então posávamos ao seu lado, dois cliques e acabou. Educadamente se despedia, e nos indicavam por onde sair. Parecia até um “meet & greet” com algum artista. Depois venderam a foto por um valor superior às outras que tiramos a bordo. (Que compramos mesmo assim.)
Depois nos encaminhamos para o restaurante e novamente fotografamos com aqueles fotógrafos que ficavam de tocaia em pontos estratégicos esperando pelos hóspedes. Dá-lhe fotos!
Nessa noite eu não curti o nosso jantar. Primeiro que passei mais frio que na noite anterior com aquele ar condicionado horroroso. Segundo que as opções do cardápio não estavam tão boas. (Cada dia disponibilizavam opções de refeições diferentes e limitadas.) Até a bebida que o Organizado escolheu (um vinho vermelho) não me agradou. Nem a sobremesa escapou do meu crivo. Ao final acabei pedindo uma sopa para comer com pão. Era isso ou ficar com fome. – Ou recorrer ao bandejão mais tarde rs. –
Depois seguimos direto para o teatro e lá ficamos por quase uma hora, aguardando o início da apresentação daquela noite (outra vez nos enganamos com o horário rs). Eu continuava com frio e o Organizado me cedeu seu paletó (cavalheiro). Aproveitamos aquele tempo ocioso para rascunhar o relato do dia. ?
Ao contrário do jantar, a apresentação me agradou bastante!! Me lembrou quando fomos ao Burlesque Paris 6, neste encontro, muito bom!!
Ao final, o apresentador careca falou de um concurso “garota maginífica” que aconteceria dali a pouco naquele espaço em que ocorreu a festa dos anos 70 na noite anterior. O Organizado brincou que me inscreveria e na hora o meu lado competitivo despertou rs.
Voltamos para a suíte para que eu trocasse de roupa (estava me incomodando sentir tanto frio), coloquei um vestido com manga longa e um salto mais baixo. Depois seguimos para o salão indicado, mas quando chegamos o concurso já havia começado e as candidatas estavam no palco.
A princípio fiquei frustrada por ficar de fora (adoro um desafio), mas quando estudei as candidatas, me dei conta que a gincana era zoeira, já que 95% das mulheres eram senhoras da terceira idade, havendo apenas três que fossem jovens e sensuais. E conforme o desafio começou, me senti aliviada por não ter ido rs.
A apresentadora – que era uma loira linda -, chamou a “Gisele” – a Gisele na verdade era um homem gay, vestido de mulher com bexigas por baixo da roupa, simulando seios e bunda fartos. Sua maquiagem também era chamativa – e instruiu que as candidatas o acompanhassem numa dancinha. Os movimentos eram bem escrachados, e só ele fazia com tanta perfeição. E mesmo sendo uma dança totalmente cafona, aquelas três jovens continuavam se esforçando em continuarem lindas rs. Mas isso não lhes garantiu lugar na próxima etapa rs.
Quando a música parou, eles haviam distribuído uma rosa para três senhoras. Daí a apresentadora anunciou que somente as que ganharam uma rosa, foram classificadas para a próxima fase. – Uma das candidatas jovens saiu com cara de decepção rs. –
Ahh mas eu tenho certeza que depois essas moças deram graças a Deus por não terem continuado na competição rs. O que veio a seguir foi uma grande pagação de mico! ? Primeiro puxaram cada senhora individualmente para se apresentarem dizendo seus nomes e de onde eram. Depois cada uma teve que dançar individualmente com a “Gisele” uma daquelas dancinhas cafonas e nada condizentes com senhoras que provavelmente já eram avós rs.
Somente uma delas se destacou. A que foi mais fidedigna aos movimentos que a Gisele fazia. Enquanto as outras duas se limitavam a balançar os braços e as pernas, essa foi além e até rebolou com as mãos no joelho! ? Foi engraçado e fofinho ver uma senhora dançando igual uma adolescente rs. Ela fez tanto sucesso que a plateia começou a gritar em coro: “Já ganhoou! Já ganhoou!”
Mas essa dança foi só para aquecer e não valeu como critério de avaliação. – Apesar de já ter ficado claro quem era a queridinha de todos nós, que seríamos os jurados. ? – Depois a apresentadora perguntou para cada uma das senhoras quem era o ator ou cantor que elas mais gostavam (sexualmente falando). A primeira respondeu: “Roberto Carlos”, a segunda (a tal preferida), disse: “Daniel” e a terceira: “Reynaldo Gianecchini”. E sempre que uma dizia o nome da tal celebridade, a apresentadora dizia que era uma coincidência, pois o tal estava presente na plateia e pedia que a Gisele fosse buscá-lo. Daí escolhiam um homem aleatório para que subisse ao palco e se passasse pelo ator/cantor.
Curioso que para as duas senhoras menos aclamadas, escolherem rapazes com a idade parecida com a delas. Já para a que se destacou anteriormente, escolheram um “Daniel” bonitão e jovem rs. Essa se deu bem desde o princípio! ?
A próxima etapa era um tanto humilhante, eu teria vergonha de prosseguir com aquela gincana se estivesse no lugar delas rs. A Gisele começou a demonstrar o que teria que ser feito. Ela com um outro rapaz da animação, fizeram par (assim como as senhoras estavam em par com os rapazes da plateia) e executaram as obscenidades que elas teriam que executar também. O objetivo era estourar três bexigas. Uma teria que ser estourada num abraço, outra teria que ser com a mulher sentando no colo do parceiro (até colocaram uma cadeira no palco) e para estourar a última, o rapaz teria que ficar meio que de quatro apoiado na cadeira, enquanto a mulher viesse por trás com a bexiga entre a parte da frente dela e a bunda dele. Ou seja, posições que simulavam uma transa. E como dificilmente as bexigas estouravam de primeira, imaginem a cena das vozinhas fincando nos rapazes até explodirem as bexigas?! ???
É claro que todo mundo caiu na risada assistindo aquilo (eu também ri, confesso), mas ao mesmo tempo achei um pouco humilhante para as senhoras que estavam sendo motivo de chacota para os demais. E ainda bem que eram senhoras, porque se fossem aquelas três moças bonitas, provavelmente daria briga depois rsrs.
E por final, tiveram que interpretar. Haviam três envelopes. A fã do Roberto Carlos sorteou “choro”. Lhe deram o microfone para que ela chorasse. A segunda teve que dar risada, e a terceira (a favorita) teve que fazer justo o que? Simular o som de quando sentimos prazer. ??♀️ A princípio foi bem ruinzinho, pois ela não gemia e sim gritava. Até que foi pegando o jeito, reduzindo aquele som agudo e também fez os movimentos de vai e vem. Santo pai! ?
A vencedora nem foi a que estourou a bexiga mais rápido, ou a que interpretou melhor, mas sim a que fez a plateia se divertir mais. Decidiram pelo nível de aplausos e assobios direcionados a mesma. A ganhadora ganhou um certificado, uma mochila e uma miniatura do navio. Já as demais só uma mochila como prêmio de consolação.
Depois o local ficou caído, tocando músicas de axé antigas que um dia fizeram sucesso. E tratei de arrastar o Organizado para a discoteca.
Lá estava incrivelmente muitooo melhor! Quando chegamos tocavam músicas internacionais antigas, mil vezes melhor que músicas de axé. Pedi uma caipiroska para mim, e quando ele pediu o seu suco sem álcool, o garçom tirou um belo sarro. ? Zombando por ele querer permanecer ali careta rs.
– Aqui está bem melhor né?? – Perguntei animadíssima com o canudinho na boca.
– Não.
– Não??! Por que?? ?
– Lá pelo menos eu conhecia as músicas, essas aqui eu não conheço. ??♂️
(Estava tocando “Girls Just Want To Have Fun” da Cyndi Lauper)
– Não acredito que você não conhece essa música! ? Como é possível se você é mais velho do que eu??? – Perguntei incrédula.
Ele riu rs.
Eu estava adorando as músicas, o lugar, a companhia, a bebida subindo. Em pouco tempo fiquei bêbada rs. Também fomos para a parte externa certo momento, onde pudemos conversar sem tanto barulho, tendo como paisagem a parte traseira do navio.
Acho que ficamos por pelo menos uma hora lá. O arrastei para a pista e mesmo sem graça ele tentou dançar um pouco, mexendo o pé para lá e para cá rs. Ele deixou que eu determinasse quando fosse a hora de ir embora, e isso só aconteceu quando eu fiquei extremamente apertada. Não cabia mais nenhum líquido em mim e precisava dar um pulinho no banheiro. Ainda assim teimei em terminar o meu copo primeiro (mesmo ficando cada vez mais apertada a cada golada).
– Eu não entendo. Quanto mais eu bebo, mais tem líquido no meu copo. – Eu me queixava por não conseguir terminar a caipiroska.
– É porque o gelo está derretendo. – Ele solucionou o mistério rs.
Até então eu não tinha visto que havia um banheiro na entrada da discoteca e falei para irmos embora, para que eu usasse o banheiro da nossa cabine mesmo. Daí quando vi o banheiro mais próximo fui logo, mas ainda assim fomos embora, já que tinha curtido o suficiente e ainda precisaríamos de tempo para transar. ? Tontinha tontinha, senão fosse por ele teria me perdido no caminho de volta rs.
Dessa vez não teve camisolinha sexy. Fiquei totalmente peladona para ele. Não precisou de muitas preliminares pois eu já estava super acesa do álcool e ele, modéstia à parte, não precisa de muito para se excitar comigo. ? Então após poucos beijos e amassos, já estava encapando e colocando para dentro de mim no papai e mamãe. A transa foi bastante tradicional, sequer houve troca de posição. E foi uma delícia assistir seus olhinhos virando para trás quando ele gozou! Nunca reparei que ele virava os olhos daquele jeito antes rs. Eu devo ter gozado poucos minutos antes dele, me masturbando enquanto o sentia dentro de mim. Estava bêbada então dessa parte não lembro muito bem rs.
Depois fomos dormir, novamente abraçados. ?
Um episódio engraçado (e trágico) que ocorreu durante esta noite, é que lá pelas tantas da madrugada (nem sei que horas eram) acordei com meu nariz tampando. Como sou uma pessoa muito prevenida, tinha levado o meu Neosoro para o caso de isso acontecer. Então me levantei para pegá-lo, dentro da minha necessaire que estava em cima da pia no banheiro.
Levantei sonolenta, mas segura de que conhecia aquele quarto como a palma da minha mão para poder caminhar no escuro. Porém fui imensamente surpreendida pela minha mala deitada no chão (não lembrava de tê-la largado ali). Tropecei feio e caí de joelhos em cima dela, que era de plástico com ondulações. Acabei gemendo com a dor, ele escutou, acendeu o abajur e rapidamente me acudiu. Vocês acreditam que até agora os meus joelhos ainda estão roxos?! ? Brinquei com ele que ia espalhar por aí que fui espancada nessa viagem rs. Tadinha de mim. ?
Adorando ler esses relatos, deve ser demais ter gente fotografando o tempo todo, deve dar aquele gostinho de celebridade e paparazzo ?
Sobre os roxos, fazem parte… O que é uma grande história sem um mico pra contar? ?
Muito legal o segundo dia! Mas faz mais resumido pois da preguiça de ler tudo.
Só não ler ué rs ??♀️
Criança é assim mesmo, só olha as imagens e o título ???
Que você escreve bem, todo mundo aqui já sabe, mas dessa vez, você está literalmente, nos levando “na bagagem” , Sara! Muito legal!