Buenos Aires! ☀
Juro que não sei o que me deu naquela quarta-feira para eu ter amanhecido tão mal-humorada! ? Meu palpite é que talvez tenha sido pelo horário, já que eu detesto acordar cedo (tanto que só atendo a partir das 13h) e colocamos o relógio para despertar às 7h.
Eu tinha plena ciência que estava ali a trabalho, mas não sou um robô, e como nossa relação vai além do profissional (realmente nos tornamos bons amigos), certo sentimento aflorou involuntariamente dentro de mim, sendo: a impaciência rs. Lembram quando eu falei no relato do primeiro dia que ele era sossegado e desligado? Foi nessa quarta que me dei conta disto.
Além de eu estar mal humorada e com sono, vê-lo naquela lerdeza para sair da cama quando não tínhamos muito tempo para tomar o café da manhã e irmos para o ponto de encontro do passeio, me irritou imensamente. Enquanto eu penteava o meu cabelo apressadamente, o assisti pelo espelho, sentar-se na cama calmamente e lá ficar sentado contemplando não sei o quê. Fiquei possessa com aquilo rsrs. Ralhei com ele para que agilizasse pois não tínhamos muito tempo e surpreendentemente ele continuava fazendo as coisas devagar, o que me enfureceu ainda mais rs.
Ele não dizia uma palavra, não debatia, nem contestava. Se aquietou perante a fera rsrs. E no restaurante, nem os pobres dos garçons (que não falavam português) escaparam do meu mau humor:
– Posso me sentar nessa mesa? – Perguntei com meu prato em mãos para um deles.
– É isso.
(Isso o quê?!)
– Você entendeu o que eu disse? – Estava na cara que não.
– Isso.
Desisti de tentar me comunicar e sentei na tal mesa de uma vez. Depois esse mesmo garçom veio e disse que eu não podia sentar ali. ?
– Era exatamente isso que eu estava te perguntando. – Rebati azeda.
Para variar, o Organizado esqueceu a câmera fotográfica no quarto, e lá vai eu na velocidade de um foguete buscá-la, enquanto ele terminava de tomar o seu café da manhã calmamente como se tivéssemos todo o tempo do mundo. ?
Enfim entramos no ônibus de viagem, rumo aos passeios. Eu estava morrendo de sono e foi mesmo difícil focar no tour. Toda vez que o guia começava a falar, era como se eu escutasse uma canção de ninar nos meus ouvidos. ?
Nossa primeira parada foi numa igreja chamada: Templo Nossa Senhora del Pilar que ficava ao lado de um cemitério.
Demos uma passada na igreja e seguimos por uma praça ali próxima.
Nesse momento, avistamos uma linda lanchonete cor-de-rosa.
Atenção: Nunca entre nesse estabelecimento! Apesar da sua beleza e aparência decente, seus funcionários (ou talvez só a caixa) são uns pilantras! ?
Entramos lá para comprar uma água.
– Quanto custa? – Perguntei.
– ARS 17
– E em dólares?
– US$ 4
Lhe pagamos com uma nota de dez dólares e nos devolveram vinte pesos. Reclamei que gostaria do troco em dólares também e daí a moça do caixa me devolveu mais dez pesos. Entendi aquilo como um “cala a boca” e apesar de a princípio achar que ela estava me pagando a mais, ainda assim não gostei pois realmente preferia o troco em dólares. Até passou pela minha cabeça desistir da água (ela começou a se justificar falando coisas que não entendemos nada), e foi o que eu deveria ter feito. Eles nos roubaram e só descobrimos mais para frente, na segunda parada. ?
A segunda parada foi na Praça de Maio, onde está a Casa Rosada e a estação de metrô May Plaza. Durante a volta que demos nesse lugar, percebi que nem um ímã de geladeira dava para comprar com míseros ARS 30 e foi quando comecei a desconfiar do golpe.
Após comprarmos algumas lembrancinhas em determinada loja, chamei o guia turístico de canto e contei toda a situação. Ele sacou seu celular, fez alguns cálculos e constatou que de fato nos deram troco a menos. Deveriam ter nos retornado ARS 120. ?
Fiquei furiosa!! – E olha que o dinheiro nem era meu, tomei as dores do Organizado. – O guia tirou uma foto da tela do meu celular onde aparecia a foto do tal estabelecimento e disse que alertaria seus colegas, mas que nesse caso eu não teria o que fazer (até porquê nem me deram nota fiscal). Péssima impressão dos argentinos! ?
A próxima parada foi numa galeria (tipo feirinha). Algumas comprinhas ali e depois fomos todos almoçar num restaurante (incluso no passeio), chamado El Viejo Almacén. Lá não tivemos muita opção de escolha. Na verdade, a única escolha que tivemos foi na bebida (suco ou vinho). Nem mesmo os nossos lugares pudemos escolher. Nos acomodaram numa mesa compartilhada com outras pessoas do nosso grupo (mais dois casais) e a comida que viria também já estava pré determinada (bife de chorizo). De entrada trouxeram umas empanadas argentinas de carne super gostosas.
Quando foram servir a bebida, optei pelo suco de laranja e logo em seguida fui ao banheiro lavar minhas mãos. Quando retornei, o Organizado rapidamente me impediu de beber o suco, pois a senhora sentada a nossa frente tinha feito um trambique. ?
Seguinte, só tínhamos direito a uma bebida, e ela já tinha pedido suco de laranja também. Porém, ela bebeu e não gostou. Daí na sequência pediu um vinho e o garçom largou o copo com o suco de laranja lá, achando que era o meu. Se o Organizado não tivesse prestado atenção nesses detalhes e me avisado, eu teria bebido o copo de uma estranha porque ela quis dar uma de esperta. ?
O bife estava péssimo. Duro e nada saboroso (o casal a nossa frente também reclamou bastante). Aliás, acabamos iniciando um papo com eles no decorrer do almoço (o casal devia ter entre 50 e 55 anos). Eram simpáticos, até esqueci do episódio com o suco. Teve uma hora que o assunto foi parar em câncer de mama (ele havia perdido sua irmã para a doença há alguns anos) e acabamos rindo quando o senhor, ao se dar conta do que estávamos falando, disse: “Acho melhor mudarmos de assunto, né?” ?
Ahh uma outra coisa que não gostei muito, foi um fotógrafo surgir do nada, querendo nos fotografar enquanto comíamos, e depois nos interromper novamente, com a foto já impressa em mãos para nos vender. Achei um tanto inconveniente e obviamente não compramos. Até porque o que iríamos querer registrar daquele momento? Um bife ruim? Numa mesa com pessoas que nem conhecíamos? Já tínhamos as fotos que tiramos no navio e estavam de bom tamanho.
Depois seguimos com o passeio, e dessa vez não aguentei lutar contra o sono, ainda mais depois de um almoço. Cochilei nos ombros do Organizado a caminho da próxima parada, que seria na rua Florida para fazermos mais comprinhas.
Mal entrávamos numa loja, apenas para dar uma olhada e os vendedores grudavam igual urubu em carniça. Que desagradável. Mesmo você tendo dito que não, eles continuavam insistindo, cansativos. Quem foi que disse que vendedor precisa insistir pela venda? Eu mesma pego ranço de vendedor desesperado. Por isso que nem mesmo com possíveis clientes eu insisto para que saiam comigo. Sempre os deixo à vontade para decidirem se querem ou não. Um vendedor que se preze confia na qualidade do seu produto e produto bom se vende sozinho.
Continuando com a nossa saga, fomos para o shopping Galerias Pacífico.
Onde fizemos mais comprinhas. ? Encontramos uma loja no estilo da “Daiso”, chamada: “Morph” cheia de cacareco legal e com preços razoáveis, o mais importante! ?
Depois paramos numa cafeteria, onde o Organizado tomou um “Submarino” (um chocolate mais pomposo) e eu me satisfiz com uma garrafa de água mesmo (estava muito calor para escolher o mesmo que ele, apesar de ter gostado quando provei). Lá ficamos até a hora de voltar para o bus.
Ao voltarmos para o navio, aproveitamos o pouco tempo livre que tínhamos até o jantar e cochilamos por uma hora. ?? Nossa noite seria tão agitada quanto foi o dia, pois iríamos a um show de tango e jantaríamos por lá. Partimos às 20h do navio.
Novamente fomos acomodados em mesa compartilhada com outras pessoas do nosso grupo e justo com duas mulheres lindas que já tinham chamado a minha atenção desde a fila, antes de entrarmos no ônibus. Fomos os últimos a serem acomodados e não restou lugar lado a lado, teríamos que nos sentar um de frente para o outro. Sendo que uma cadeira ficava exatamente ao lado daquelas duas beldades (uma até se parecia com a Anahí) e a outra cadeira, ficava ao lado de senhoras da terceira idade.
Pensei rápido e indiquei que o Organizado sentasse ao lado das moças. Pois de lado seria menos pior do que de frente, já que com certeza as olharia ao mesmo tempo em que estivesse conversando comigo (apesar dele dizer que não tinha olhos para mais ninguém rs). E ao lado ficaria até indelicado ficar virando o pescoço para olhá-las. Fui esperta não?! ? No final das contas, conversamos com todas da mesa rs.
O show de Tango é meio que obrigatório você assistir se estiver na Argentina. E digo com total satisfação que esse que fomos foi mesmo maravilhoso! No Tango Porteño não havia só dança, mas uma história estava sendo contada durante a apresentação. E mesmo com diversos atores no palco, apenas uma se destacava desde o primeiro minuto em que entrou em cena. Uma mulher loira, linda e que se movimentava com graciosa perfeição. ? Fiquei babando por ela! (Eu e muitos homens, imagino rs). Teve uma dança que ela foi tão excepcionalmente sexy, que provavelmente todas as mulheres presentes queriam ser ela e todos os homens queriam “ficar” com ela.
Mora Godoy era a estrela da noite. Ela sempre fazia uma apresentação fantástica e depois saía de cena, para mais a frente retornar triunfante de novo. Se um dia estiverem por lá, vale muito a pena conferir! ?
Agora o que a apresentação teve de incrível, o jantar teve de péssimo. Novamente a comida deixou a desejar, os garçons diversas vezes serviam os pratos trocados (isso ocorreu mais de uma vez com diferentes pessoas da mesa), e quando pedi reposição da água, tive que solicitar duas vezes para ser atendida.
Sem contar que eram muito descuidados! Levei três cotoveladas nas costas enquanto eles serviam a mesa de trás (não perceberam ou não se importaram), e teve um que até esbarrou com a bandeja na minha cabeça! Se desculpou só depois que levei a minha mão ao cabelo. Ainda fiquei com a impressão que se eu não tivesse feito tal gesto, ele teria ignorado.
Achei o cúmulo pedirem gorjeta, ao final da apresentação, quando entregaram um envelope para o Organizado (que era o único homem da mesa). A guia de turismo já tinha nos avisado que era educado deixar uma gorjeta, mas não permiti que o Organizado deixasse um tostão sequer! Afinal, também é educado servir as pessoas sem esbarrar em outras. ?
Depois que voltamos para o navio, tomamos um banho e pedi sua ajuda com o rascunho do dia anterior (na parte em que transamos hehe). E enquanto ele digitava, eu fui lhe atiçando… Beijei sua barriga, e fui descendo até chegar no seu menino. O chupei por pouco tempo, e logo voltei a me deitar por cima dele, enquanto beijava o seu pescoço. Daí ele perdeu a concentração com o que estava escrevendo, colocou o meu celular de lado e então nos beijamos. Com poucos amassos encapamos, e começamos a transar comigo por cima.
Após algum tempo de cavalgadas, pedi que ele me pegasse de quatro (posição que nunca tínhamos feito até então). Ahh que delícia! Ele mandou ver por um tempo, depois me colocou de bruços e ficamos mais algum tempo assim. Depois voltei a ficar de frente, ele continuou no papai e mamãe, comecei a me masturbar e após eu gozar, ele também foi. A transa fechou nossa noite com chave de ouro. Nos limpamos e então fomos dormir. O dia seguinte seria igualmente longo.
Estou adorando suas histórias. Sou uma garota do interior, pensando em entrar no ramo tb. Continue escrevendo ;*
A viagem com o organizado está se tornando uma verdadeira aventura, Sara! Muito legal! Quanto aos argentinos , você não é a primeira a relatar essas malandragens. Uma amiga esteve recentemente em Buenos Aires e, basicamente passou pelas mesmas coisas. Vamos aguardar o restante da viagem! Bjs!