Enfim chegou o grande dia! ?
E eu sequer dormi na véspera da viagem. Tanto pela empolgação, como para ficar bastante cansada e dormir durante toda a duração do voo, se possível. No aeroporto não consegui ficar tão empolgada como eu imaginei que estaria, mas atribuí ao cansaço de estar virada e a gastrite que teimou em se manifestar devido a ansiedade.
Comi um croissant de presunto e queijo com chocolate quente no Starbucks e o tempo de espera até o horário do embarque foi um verdadeiro martírio. Continuei a ler o livro “Subindo Pelas Paredes” da Alice Clayton e de repente senti muito, mas muito sono ao ponto de “pescar” várias vezes. Sabe quando as pessoas falam que estão tão cansadas ao ponto de dormirem acordadas? Eu não acreditava nisso, mas era realmente o que estava acontecendo comigo. De repente meu corpo estremecia como se eu tivesse pegado num sono rápido, sem eu sequer ter fechado os olhos direito. Foi muito estranho rsrs. Virar a noite acordada não tinha sido uma boa ideia, afinal.
Em pouco mais de uma hora iniciou o embarque e tive que esperar chamarem o meu grupo, que demorou um pouco, pois era o 7. Não via a hora de sentar dentro do avião e poder dormir. Enfim chegou a minha vez. Momentos de emoção! De repente meu sono passou, dando lugar a um misto de alegria e curiosidade. Quando já estava dentro do avião, esperando na fila para seguir para a minha poltrona, coloquei meu fone de ouvido na música “End Game” da Taylor Swift e de repente o brilho da viagem voltou, parecendo que eu estava dentro de um clipe.
Me acomodei numa fileira de 4 assentos que não havia janela. Minha poltrona era corredor e na outra ponta sentou um casal de japoneses. Fiquei empolgada esperando que alguém interessante sentasse do meu lado, mas adivinhem? Ninguém mais apareceu! Acho que a pessoa perdeu o voo rs.
Continuei ouvindo as músicas da Taylor que se seguiriam, enquanto observava o restante dos passageiros se acomodarem em seus lugares e o que senti nesse meio tempo foi só emoção! ❤️ Me emocionava estar viajando sozinha, sem precisar de ninguém e depender apenas de mim mesma; me emocionava estar indo para o país que eu sempre sonhei em conhecer e mais ainda ter o show da Taylor como evento principal. Sempre quis ir num show dela e lamentava demais saber que ela nunca viria, pois a empresa que organiza seus shows, não trabalha com o Brasil.
O ar condicionado estava tão forte que até ventava no meu cabelo. Gente como detesto sentir frio!! Aproveitei que não sentou ninguém do meu lado e depois que o avião decolou, afanei o cobertor do vizinho. ? Cobertor era modo de dizer né, aquilo estava mais para mantinha flanelada rs. Depois desliguei a música para conseguir pegar no sono e deu super certo. Cochilei e quando acordei estavam servindo o almoço. “Lunch or bife?” Ouvi a comissária perguntar. Fiquei atônita do que seria “lunch”, pois até onde eu sei essa palavra em inglês significa almoço. Estaria ela então dizendo: “Almoço ou bife”? ? Ainda sonolenta, só respondi: “Yes” e ela entendeu que era bife. Tá ótimo, era isso mesmo que eu queria. ?
Gostosinho, para uma comida de avião estava ótimo. Depois tratei de voltar a dormir, pois queria chegar em Miami super descansada. Não que isso fosse plenamente possível, pois dormir em avião é muito desconfortável rs, mas um cochilo aqui e ali ajudaram. Tivemos duas refeições durante o voo, o almoço e pouco antes de chegarmos, café da tarde:
Após a segunda refeição permaneci acordada e assisti: “A Ilha dos Cães” na tela da poltrona. Legalzinho mas não deu para assistir até o fim. Chegou o momento do pouso. Ai que emoção!
Novamente coloquei meu fone de ouvido (gosto de trilhas sonoras rs), dessa vez na música “Art Deco” da Lana Del Rey, em homenagem a um lugar em Miami com esse mesmo nome, próximo de Miami Beach, que eu iria conhecer. ?
Saindo do avião, super emocionada, percebi que todos seguiam para uma fila de totem. Uma fila gigantesca responsável por congelar, por alguns minutos, a minha emoção de estar ali. Quem fica feliz enfrentando uma fila? Rsrs. Perguntei a uma senhora atrás de mim sobre o que se referia e ela explicou que era para preencher o formulário de imigração.
Tive um pouco de dificuldades quando chegou a minha vez e um rapaz muito simpático me ajudou. Daí fomos conversando até a outra fila de passar pela Polícia Federal. Ele era brasileiro, mas morava em Montreal. Estava no Brasil visitando a família em Curitiba, fazia seis anos que não via seus pais. Tinha duas filhas que naquele momento estavam na Disney com a mãe (era separado) e sua atual namorada morava em Montreal também. Seu nome era Christian e tinha 39 anos. Por que lhes contei tudo isso? Pra vocês verem o tanto que se pode descobrir de uma pessoa em poucos minutos de fila rs. Nos despedimos logo mais a frente, quando ele foi pegar o voo de conexão e eu me direcionei a saída do aeroporto. Muito legal ele, espero que tenha dado tudo certo na sua viagem. ?
Peguei um táxi para o hotel (decidi testar o Uber só mais tarde, fora do aeroporto) e o percurso não foi muito longo, pois peguei um com uma localização conveniente entre o aeroporto e o estádio em que ocorreria o show (Hard Rock Stadium). O taxista aparentemente era haitiano e nos comunicamos um pouco. Ele perguntou de onde eu era e disse que eu era muito branca rsrs. Me deixou seu contato para outras corridas que eu pudesse precisar fazer, mas depois que descobri que o Uber funcionava normalmente lá fora, optei por pagar mais barato rs.
Cheguei no hotel (não direi o nome pois pretendo avaliá-lo no Tripadvisor depois ?) e lá vou eu fazer o check-in. Me hospedaram na suíte 522. Enquanto estava na recepção não deu para reparar direito no lugar, estava muito entusiasmada, mas, quando me encaminhei para o quarto, olhando aquele corredor de carpete horroroso, fui me dando conta do buraco onde me enfiei rs. De fato eu não tinha visto suas qualificações na internet, olhei apenas o preço, a localização para o show da Taylor e que tinha 3 estrelas. Achei que 3 estrelas seria um hotel razoável, mas não era rs. Hoje olhando no Tripadvisor, ele está com 36 avaliações para horrível, 26 para ruim, 35 para razoável, 16 para muito bom e 2 para excelente. Quem foram esses doidos que o avaliaram como “Muito Bom” e “Excelente”???? ???
Admito que fiquei um pouco desanimada ao me deparar com aquele muquifo, mas procurei focar na viagem, até porque mal ficaria no hotel. Resolvi ligar minha caixinha de som para espantar as más energias, mas aí me dei conta que não tinha levado o adaptador de tomada. ??♀️ Nem ouvir minhas músicas seria possível, pois a minha caixinha estava descarregada, assim como o meu celular que também estava morrendo e precisaria economizar o máximo de bateria possível. Droga.
O jeito foi ligar a TV e ficar ouvindo a programação em inglês (estava passando um filme antigo). Fui me banhar com o pensamento positivo que eu não deixaria esses detalhes estragarem a minha viagem. Sairia para jantar, encontraria um lugar que vendesse o tal adaptador e depois seguiria para a balada. Esses eram os planos…
Será que eu consegui??
Aguardem os próximos capítulos…!
Meu, que hotel é esse? Nunca vi nada tão ruim na minha vida. Quanto era a diária? 10 dólares?
Espero que o resto da viagem tenha sido BEM melhor!
Um pouquinho mais que isso rsrs. Mas o engraçado é que no final já tinha até me afeiçoado a ele rsrs. O que Miami não faz com a gente?? Rsrs.