Como é gostoso acordar sem nenhum tipo de compromisso. Sem horário definido, sem despertador, sem planejamento, apenas quando o seu corpo diz que já é o momento. Tudo bem que, ultimamente, a maioria dos meus dias tem sido assim, mas só consigo ter essa plena sensação de tranquilidade aos domingos. O dia que muito estabelecimento não abre, que as lojas dos shoppings só abrem depois das duas, o dia em que muitas pessoas também estão em suas casas igualmente relaxadas curtindo o dia de folga.
Após despertar, decidi que queria ler. Me comprometi comigo mesma que em 2019 (se possível nos próximos anos também) leria (pelo menos) um livro por mês e acordei disposta a cumprir a minha meta diária de leitura. Peguei o livro com título bastante sugestivo da Alice Clayton que estava estrategicamente em cima do meu criado mudo e contabilizei quantas páginas eu deveria ler para suprir a ausência de leitura do dia anterior.
Até a página 143 (estava na 113). Mas, como um reloginho, ao chegar na página 127 (quase a minha meta diária de 15 páginas) precisei de um descanso, mesmo que a história estivesse empolgante, tal qual uma transa deliciosa que no ápice da sua interação, também precisa de um pequeno intervalo para repor as energias.
Em paralelo a minha leitura, dois, dos meus três gatos, se aninharam a mim durante esse tempo e decidi usar essa pausa para dar maior atenção a eles. Percebendo que estava de fora da sessão de carinho, o terceiro também apareceu e tive que me revezar, desejando ter três mãos para poder fazer carinho em todos ao mesmo tempo rs.
De repente comecei a sentir fome e quase me levantei para esquentar a pizza da noite anterior, mas o meu filho mais velho (que confesso ser o meu preferido) estava quase dormindo com seu focinho apoiado no meu braço e não tive coragem de me mexer. Coloquei o livro de volta no criado mudo, tirei meus óculos e me juntei a ele. Dormi por mais duas horas…
Tive um sonho estranho (como a maioria dos meus sonhos) e em determinada parte do que eu sonhava, transei com alguém que não lembro o rosto e diversas vezes quase tive um orgasmo (no sonho). A sensação de quase gozar e aquela vontade ficar presa por tão pouco foi tão real e agonizante, que despertei, manhosamente procurando pelo meu vibrador dentro do criado mudo.
O liguei, rezando para que a bateria não acabasse no fio da meada, como já aconteceu milésimas vezes, voltei a fechar os olhos e imaginei uma transa qualquer, sem precisar de muito esforço para chegar lá com a potência do meu brinquedinho maravilhoso. Quando terminei, desliguei o aparelinho apenas com o tato sem abrir os olhos, ainda extasiada curtindo aquela maravilhosa sensação de relaxamento pós gozo por mais alguns minutos. Até que, preguiçosamente deslizei sob o lençol até chegar na beirada da cama, me sentando e sentindo o frio do chão ao tocá-lo com os meus pés descalços. Estava toda suada e precisava de um banho.