Cuidado Ao Abordar Uma GP

Mala

Sejam muito bem-vindos ao quadro mais informativo do blog! Felizmente (ou não, já que é divertido para quem tá lendo rs) cada vez menos esse menu ganha uma atualização (a última foi em abril do ano passado), mas, quando tem, é entretenimento na certa! 😁

Vamos ao cara da vez! Lhe apelidei carinhosamente de:

O Velho Rico

Determinada noite, estava eu num date com um cliente, no restaurante do hotel que ele estava hospedado. Se tratava de um cliente antigo, só saímos uma vez no passado. Ele não é de São Paulo, estava aqui para um curso e aproveitou para reviver essa experiência comigo.❣️

Enquanto bebericávamos o vinho, de repente passou um cara bem mais velho (chuto aí uns 70 anos, ou mais, bonitão, alto, magro, estilo Roberto Justos), e no momento em que esse homem passou, sem o menor pudor, virou para me olhar de frente e ficou me encarando desde então, enquanto andava para a sua mesa, quase que andando de costas, só para continuar me olhando. No mesmo minuto reparei que ele estava me paquerando, não tinha como não perceber, foi ótimo para o ego, mas muito indiscreto. Ele passou com mais três amigos e, poucos minutos depois, trocou de mesa, sentando em uma que ficava exatamente no meu campo de visão.

Em determinado momento fui ao banheiro e, surpreendentemente, ele veio atrás de mim! Quando abri a porta para voltar a mesa, ele estava me esperando do lado de fora, disfarçadamente, fingindo mexer numa máquina de café.

– Me dá o seu telefone? – Ele pediu. Acabei passando o meu número de trabalho, obviamente. Após conseguir o que queria, se despediu: – Meu nome é *****, você é maravilhosa! – Me deu um beijo no rosto e voltou para a sua mesa.

Mais tarde, na mesma noite, após eu voltar para casa, quando vi sua mensagem, já fui direto ao ponto e disse que lhe enviaria as informações para que pudéssemos nos encontrar. 

– Oiiii Sara. Faça isso sim!

Após eu enviar, ele disse que viajaria no dia seguinte cedo e que me chamaria assim que voltasse. 

– Aguardarei sua mensagem. 🥰  – Respondi toda fofa.

– Com certeza!!! Você é uma pintura! 🥰👏🏻👏🏻👏🏻

Após voltar de viagem, ele cumpriu o que falou e me contatou:

– Vamos marcar para amanhã à noite? Vem jantar comigo? 

– Claro, qual duração gostaria? 🙂

Daí ele mandou um áudio:

– Você é uma querida linda, eu, por mim, ficaria a vida inteira com você. Eu quero te convidar, vamos sair pra jantar num restaurante legal pelo Itaim, no Nino? Jantar e depois a gente vem aqui pra casa, não vai demorar não, sei lá eu, 1h30. Quero te conhecer pessoalmente, você é uma querida linda, pode ser?

Pela minha experiência e pelo teor das suas palavras, me pareceu muito que ele queria me levar para jantar sem que esse tempo fosse contabilizado. 

– Com jantar, 1h30 acho um pouco apertado, aquele dia, por exemplo, combinei com ele 3h para podermos fazer tudo sem pressa. 

Daí ele fez uma contraproposta:

– 2h e você viria jantar aqui no restaurante que te conheci! Não é por nada não, mas depois vou em meu clube jogar poker!!! Tudo bem?

De repente ele tinha um compromisso depois? Rs. Tava na cara que não quis pagar por todo esse tempo comigo. 

– Claro, como preferir. Que horário exatamente?

– 9h?

– Para jantar acho melhor 20h, não? Nos organizamos para ficar 1h no restaurante e depois 1h no quarto. Você mora ao lado do hotel?

– Sim, moro aqui em cima do restaurante.

– Ok, 20h?

– Ok. Deixa eu te falar uma coisa! Quando chegar, antes do jantar te faço o pix. 

– Até amanhã então! 🥰

– Acho que você ouve elogios todos os dias! Mas você é realmente deslumbrante!!! Meus olhos não erram!!! É do sul?

– Sim.

– Santa Catarina? Porto Alegre?

– Paraná. 

– Nossa nem sei o que dizer!!! Uma pintura! 👏🏻👏🏻👏🏻🥰 Boa noite.

Na noite seguinte fui encontrá-lo. 

Quando cheguei, ele já me esperava do lado de fora do restaurante. Perguntou se ele precisava acertar a minha corrida do Uber, respondi que não, que tava tudo certo e então pegou no meu braço para entrarmos no restaurante. Quando digo que pegou no meu braço, é literalmente isso que quero dizer, segurou em mim, como se quisesse me puxar para andar com ele, achei um pouco estranho, mas deduzi que fosse sua falta de jeito mesmo. 

Enquanto nos encaminhávamos para a mesa, ele parou no meio do caminho, como se quisesse me falar algo muito importante que não pudesse esperar chegarmos na mesa.

– Você é linda, maravilhosa! Meus olhos não erram! Não é mesmo? 

Eu já tinha sacado o quanto ele tinha me adorado, mas aquilo achei exagero, qual a necessidade de me interromper no meio do trajeto para continuar me elogiando? Kkkk. Na mesa não foi diferente. Sempre se debulhando em elogios, como se quisesse me deixar sem graça, ao ponto de eu aceitar qualquer coisa que ele propusesse. 

Lembra que ele disse que me faria o pix antes de pedir o jantar? Pois então, voltou no assunto, dizia que ia me pagar a todo momento – sendo que eu nem estava cobrando – , mas não fazia de imediato. Eu, que nem estava preocupada com o pagamento, comecei a ficar, diante de tanta enrolação. Era como se ele quisesse me ouvir dizer: “Imagina querido, mais tarde você me acerta”, como se na cabeça dele, eu gostando muito do encontro, acabaria deixando por conta da casa. Eu só sorria e concordava, até que, finalmente, após tanta cena, ele fez. 

Geralmente, quando janto com um cliente que está muito empolgado comigo, o cara faz perguntas sobre mim e a minha vida, no intuito de me conhecer mais, esse não, só sabia elogiar, uma falta de assunto tremenda, daí eu que lhe fazia algumas perguntas, a fim de conduzir para uma conversa mais sólida. 

– Qual seu signo? – Perguntei em algum momento.

– Você não vai acreditar, mas meu aniversário é amanhã!! Verdade, vou até te mostrar meu documento.

– Sério? Olha só! Quero ver. 

Daí ele pegou seu RG e ficou demorando para me entregar, quase tomei da mão dele.

– Me dá logo, rs. 

– Calma, deixa eu tampar o ano que eu nasci. 

Kkkkkkk.

Realmente seu aniversário era no dia seguinte, revelando ser do signo de gêmeos. 

– E aí, o que vai fazer de bom no seu aniversário? – Perguntei. 

– Vou amanhã no Iguatemi comprar um presente pra você!! – Visivelmente querendo me impressionar. 

– Pra mim? Mas o aniversário é seu!

– Mas meu presente é você! – clichezão rs.

Daí começou com uns papos muito amorosos, até me apelidou de “Habib”, dizendo que eu seria o amor da vida dele. 

– O que você precisar, Habib, pode contar comigo! 190 é o número da polícia, o resto sou eu!

Perguntei o que ele fazia da vida, disse que tinha uns comércios na Santa Efigênia. Depois chegou um amigo dele (um daqueles que estavam no jantar do outro dia), se sentou a mesa conosco e jantamos todos juntos. Achei um pouco estranho que uma terceira pessoa participasse, mas agi normalmente, parecia que ele queria me inserir no seu universo. O amigo dele foi simpático e respeitoso, descobri até que trabalhava no tribunal da justiça. 

Depois subimos, só nós dois, para o seu apartamento, que era um flat, dentro do hotel. Ele parecia ter a maior pinta de rico, mas achei um pouco estranho que morasse num flat, que apesar de bonito, era pequeno, dentro de um hotel. A intimidade desenrolou normalmente, mas não vou me ater a esses detalhes, visto que tenho muito ainda para contar e o sexo foi o menos importante. 

No pós sexo, deitados na cama, continuamos conversando e aí ele compartilhou que dia 18 iria num casamento. 

– Eu até te convidaria para ir, mas acho que você não ia querer…

– Ué, podemos combinar. 

– Combinar o que? Grana?

Obviamente. 

– Sim. 

Daí ele pareceu um pouco incomodado, como se eu devesse aceitar ir de graça, só pela companhia dele. Fiquei empolgada com a possibilidade de receber para acompanhá-lo num evento e até comentei que já tinha um vestido de festa lindo que poderia usar.

Depois fui no banheiro, ele também, e quando retornou, se espantou que eu já tivesse vestida. Ofereceu de me dar carona até em casa, o que acabei aceitando, pois economizaria com o Uber. Não sou muito expert com carros, mas o dele parecia ser um Jeep Renegade. 

Dois dias depois me convidou para irmos no Iguatemi comprar meu presente. Acabei aceitando, era um dia que eu estava mais tranquila, pensei: “Por que não?”. Ele me buscou em casa, mas me engabelou no caminho, fazendo duas longas paradas antes. Primeiro parou no 78º DP da polícia, mas nem desceu do carro, uma pessoa lá de dentro veio conversar com ele, parecia que ele tentava resolver uma questão sobre um Porsche e no final ainda disse para o cara: 

– Tá vendo essa mulher bonita aqui? Minha futura noiva! O que ela precisar, vai falar com você! Ok?

Fiquei super sem graça, o outro rapaz deu um sorriso extremamente servil, concordando. Qual a necessidade disso, gente? O Velho Rico até me fez pegar o contato do tal oficial, para deixar salvo na minha agenda. 

Você pode estar pensando: “Poxa, bacana Sara, o cara é cheio dos contatos e tá te incluindo nas coisas”, bacana seria se eu realmente fosse alguém que estivesse se envolvendo com ele, o que não era o caso, eu não era a futura noiva de ninguém, e não me sentia confortável com aquela situação forçada. 

No trajeto até a próxima parada fomos em silêncio, até que ele perguntou:

– Você está tensa? Tô te achando meio tensa.

Eu não estava tensa, apenas não rolava nenhum assunto no carro, então fiquei quieta na minha. 

A próxima parada foi na Offner, ele tinha marcado um rápido café com um outro homem, para tratar sobre o assunto do Porsche também, daí, ao chegarmos lá, ele encontrou, por acaso, outro conhecido, que estava tendo uma reunião de negócios com duas mulheres. Fui apresentada a todos e nos sentamos ao lado. O Velho Rico queria ficar trocando selinhos comigo em público, o que me incomodou bastante, não estávamos num encontro propriamente dito e ainda que estivéssemos, não troco carícias em público, vai que eu encontrasse alguém conhecido? 

Em determinado momento comecei a papear com uma das mulheres, o povo já estava falando até de fazer viagens, e daí ela pediu meu Instagram. Fiquei super constrangida na hora, sem saber como escapar, não passaria o meu pessoal (ele já tinha me apresentado como Sara) e não queria passar o meu de trabalho, para que ela não visse que eu era acompanhante. Dei umas gaguejadas e então passei o meu de trabalho mesmo, lembrei que é trancado e simplesmente não a aceitaria depois. 

Enfim, ele finalizou a reuniãozinha com o outro homem e então seguimos para o Iguatemi. Achei péssimo o cara querer pagar de namoradinho do meu lado, sendo que eu nem estava recebendo por isso. 😒 Ele ainda queria andar de mãos dadas pelo shopping. Recusei, dizendo que poderia acabar encontrando algum conhecido e ele ficou visivelmente incomodado, como se eu tivesse o ofendido. Quem devia se sentir ofendida era eu, nada daquilo foi combinado. 

Após darmos uma pequena explorada pelo shopping, me conduziu para a Arezzo (nem para ser uma Louboutin 👠). Me comprou uma linda bota de R$ 500 e então quis fazer uma outra parada, dentro do shopping mesmo, na casa Lotérica, para conferir alguns jogos que ele tinha feito e fazer mais alguns. 

Depois disse estar começando a ficar com falta de ar, retornamos ao endereço da Offner e lá me colocou dentro de um táxi para que eu fosse embora. Disse que não me levaria em casa por conta do trânsito que pegaria, enquanto um táxi poderia ir pelo corredor de ônibus. Achei ótimo. Todo esse tempo juntos totalizou 2h. 

No dia seguinte ele me mandou mensagem, me convidando para jantar. Percebi se tratar de um convite não remunerado e recusei. Vira e mexe ele me fazia convites assim, não aceitei nenhum e me vi diante da necessidade de conversar com ele sobre. Afinal, não é porque estava me convidando só para comer que eu não deveria cobrar por isso, não estou passando fome para um jantar, num restaurante chique, ser o bastante para me deixar feliz, eu sou uma acompanhante, oras, a pessoa que quer a minha companhia precisa pagar o meu cachê para isso. Me sugeriram sair para jantar com ele uma única vez, para conversar pessoalmente sobre essa questão, mas me deu muita preguiça, queria tratar pelo WhatsApp mesmo e fiquei postergando.

Quando voltei de viagem da Itália, ele me mandou mensagem, perguntando se eu já tinha voltado. Levei um dia para respondê-lo, pois estava ocupada organizando minhas coisas pós viagem e como já sabia o que ele queria, deixei para responder quando eu tivesse disposta a conversar sobre o assunto. Daí, não satisfeito com a minha demora em lhe dar a devida atenção, ele teve a audácia de me enviar uma mensagem no meu número pessoal!! Como ele conseguiu? Não sei te dizer. 

O bloqueei sem dizer uma palavra e no outro dia, o respondi pelo meu número profissional:

– Oi, voltei sim. Vi sua mensagem no meu número pessoal e achei bastante invasivo. Eu não te passei nenhuma forma de contato, além desse número que estamos falando.

– Desculpe, não acontecerá novamente! Nunca mais receberá qualquer msg ou tel naquele n⁰. 

Óbvio que não, pois já te bloqueei. Pensei comigo. 

– E se precisar de algo, estarei aqui! – Ele finalizou, querendo deixar a conversa leve, mas nem respondi.

Três dias depois me contatou novamente. 

– Oiiii boa tarde. Tudo bem? Me chama quando puder! Saudades! 

– Oie, boa noite. Tudo bem e com você?

– Sim, tudo bem e com você? – Eu já não tinha respondido que estava bem? 🙄

– Tudo bem. 

– Blz. Foi bem de viagem?

– Qual delas? Estou em Bogotá agora. 

– Nossa, não imaginei! Volta quando?

– Amanhã. 

– Vai comigo no casamento sábado? 

Olha aí o assunto do casamento voltando! 👀

– Precisamos combinar ref a isso. Acompanhamento para eventos, preciso saber o horário de partida e horário de retorno, com isso consigo te passar o valor desse serviço. E se você busca apenas a companhia ou com sexo incluído.

– Sei lá! Sua cia é agradável e muito!!! Estou entrando no avião! Voltando do Rio! Falamos amanhã? – Reparem como ele fugiu do assunto. 

– Falamos quando quiser, só mandar as informações por aqui, quanto antes melhor para eu me planejar também.

– Ok. Excelente noite. Bjo. 

– 😘 

Ele chamou no dia seguinte? Não. Como eu já tinha percebido, era só falar de valores que ele recuava. Dois dias depois te mandei um “?”, respondendo da mensagem que ele falava “falamos amanhã?”.

– Oi, boa noite. Estou na estrada chegando em São Paulo. Fui até a praia na casa do meu irmão. Te chamo mais tarde! Pode ser?

Ele chamou mais tarde? Também não. Cogitei deixar pra lá, estava nítido o que ele queria e claramente não era o mesmo que eu, contudo, decidi fazer uma última tentativa, pois queria reverter para que se tornasse um cliente pagante.

– Oie, bom dia! Poxa que contraditório o seu interesse em querer que eu te acompanhe no casamento. Demonstrou a maior empolgação inicialmente, no entanto, foi eu trazer a questão financeira, que de repente começou a fugir do assunto. 🤔 É importante lembrar que nos conhecemos dessa maneira Fulano, nesse contexto, trabalho com isso e dependo disso. Um homem que gostou tanto de me conhecer, como você enfatizou várias vezes, não se incomodaria com as minhas condições, desde que pudesse ter a minha companhia, sem preocupações, em troca.

Daí ele mandou áudio:

– Oi, não é justo você me dar uma dura dessa, eu estava com uns pepinos aí, por isso não te liguei. Eu quero que você vá comigo sim! Eu vou te ligar a tarde, a gente conversa, ou toma um café, não pensa que eu vou fugir de qualquer compromisso, não sou homem disso. Tua companhia eu gostei realmente, não precisa me dar essa dura, não tô acostumado a tomar dura de ninguém, só de Deus. A tarde te chamo.

“Não tô acostumado a tomar dura de ninguém”, mimado ele. 

– Imagina, não dei nenhuma dura, estou apenas esclarecendo que meu trabalho envolve o ‘meu tempo’ e não necessariamente o sexo em si. Ser acompanhante é acompanhar a pessoa no que ela quiser fazer na minha presença, seja uma noite de sexo, uma viagem, um jantar ou até mesmo um café. – Já trazendo aqui a questão dos convites para jantar ou café, que não é do meu interesse fazer sem ser remunerado. 

Enfim, combinamos um horário e ele me ligou, ainda que eu não seja adepta a atender ligações. 

Ele disse que sairíamos de São Paulo umas 17h no sábado, que a festa de casamento seria às 19h, em Americana, e que voltaríamos, mais ou menos, umas 4h da manhã. Sugeri então que combinássemos o período de um pernoite, que abrangeria 12h juntos. 

Novamente percebi seu incômodo por eu tratar as coisas de maneira tão profissional, mas segui adiante e falei o valor. Após eu falar (ainda concedi um desconto de R$ 500 por não ter a parte sexual envolvida), ele ficou um segundo em silêncio, até que recuou, dizendo não estar confortável com a situação. 

Eu teria que estar confortável em acompanhá-lo de graça, mas ele não estava confortável de pagar pela minha companhia, ridículo, né?!

Ele disse que se um dia eu precisasse de ajuda, me adiantaria ou emprestaria o valor que eu estava pedindo no pernoite (e a parte do “o que você precisar pode contar comigo”? A ajuda dele então seria me emprestar dinheiro? Rs. Que eu saiba ajuda deveria se enquadrar como doação, ainda mais vindo de uma pessoa na posição dele), querendo me mostrar que a questão não era o montante financeiro, mas que não se sentia confortável em ter que pagar para estar comigo. 

Achei todo aquele papo patético. O cara me conheceu assim e queria forçar um sentimento que só vinha do lado dele. Ou ele esperava que eu me portasse como muitas novinhas interesseiras, que ficam adulando o cara, na expectativa do que ele pode vir a oferecer um dia. 

Eu não funciono dessa maneira. Já tive um sugar daddy no passado e detestei a experiência. Sou muito independente para isso. Prefiro muito mais que as coisas sejam claramente combinadas, nem mais, nem menos. Ele paga e eu entrego. Sem cobranças afetivas, sem encheção de saco, sem melodrama e carência. 

– Semana que vem eu te ligo para jantarmos e saímos naqueles termos. Você é uma querida, gosto muito de você.

– Tá bom Fulano, boa noite. – Eu só queria finalizar logo a ligação e parar de ouvir ele falando. Me subiu o sangue aquele papo furado.

Assim que finalmente desliguei, gritei de raiva, xingando ele a distância. Que Velho abusado! Queria pagar de namoradinho do meu lado, publicamente, numa festa chique de casamento, sem ter que desembolsar nenhum centavo por isso! É muita prepotência achar que eu, linda, jovem e bela, me sujeitaria sem qualquer contrapartida! Deve se achar muito o Rei da cocada preta. 

Francamente, viu. 😒

10 comentários em “Cuidado Ao Abordar Uma GP

  1. Acho engraçado que alguns golpes não mudam nunca, tipo, a pessoa achar que é a última bolacha do pacote e que o poder de sedução dela fará qualquer pessoa deslizar aos pés dela.

    Essa série como abordar que você escreve podia virar uma serie de streaming, teria capítulo para vários anos. rsrs

  2. Eu acho incrível que as pessoas não sabem respeitar o trabalho do outro. Claro que nesse caso tem todo o ego inflado de um senhor que como ele mesmo disse, não ouve verdades de ninguém. Mas como um empresário? O mínimo era respeitar a sua profissão. Eu até entendo que por envolver sexo e carinhos, as vezes pessoas mais carentes podem acabar se apaixonando, mas se tiver o mínimo de respeito por ti, com certeza vai se manter em seu devido lugar.
    Eu já tive um relacionamento com uma acompanhante, mas partiu totalmente dela, eu jamais teria coragem de ficar mendigando encontros gratuitos, querendo criar situações, isso pq sou pobre, o cara é rico e tem essa cara de pau?!?
    Te contar, isso é mais que Ego, é falta de educação e respeito. deve ter subido na vida passando por cima dos outros.
    Mas enfim cara Sara, o bom que vc já sabe lidar com essas pessoas e deixa-las em seu devido lugar, mais um ótimo relato educativo e envolvente.
    Só fiquei com uma duvida, você estava com outro cliente quando ele te viu? como ele se sentiu no direito de te enquadrar na saída do banheiro para te abordar? Já demostrou que não respeita ninguém primeiro nesse momento pra mim.

  3. “velho rico” não, no máximo “velho bem de vida”
    Primeiro que ele abordou uma mulher acompanhada, já mostra um pouco sobre o caráter dele, provável que você cuidou para que o outro não visse, mas me colocando no lugar do cliente eu não teria gostado nada, pagar uma acompanhante e ela flertar com outro durante o horário contratado? Pode ser maluquice minha mas me incomodaria. Olha o karma aí Sarinha rsrsrs na próxima diz “já estou acompanhada”.

    Mas cara, que situação de merda, você ainda tomou um golpe nessa historia de presentinho, até onde eu sei 500 reais não dá nem uma hora sua, você ficou duas e ele ainda te fez de namoradinha pra terceiros.

    E o pior, alguém te aconselhou a ir jantar com ele só para se explicar, HAHAHA isso soa como “diga que você não vai trabalhar de graça, enquanto trabalha de graça”, que bom que você tem bom senso ao ouvir opiniões. Nesse jantar ele iria criar situações para te apresentar para outras pessoas, como se você fosse o troféu dele, igual fez nas duas vezes em que vocês saíram, e fará mais uma vez nesta que vocês estão combinando, já te adianto.

    E sobre teu número pessoal, ele tem contatos, meia informação sobre você já basta pra puxar sua ficha. Isso significa que ele tem pensado em você mais do que deveria. Eu hein.

    1. Não vejo como um flerte com outro cliente. Vamos imaginar uma situação em que você é engenheiro e está a serviço numa obra. Daí alguém vem até você e pede o seu contato para fechar trabalhos posteriores, pois pelo que viu, gostou do seu trabalho, vi dessa maneira, como proposta de trabalho futuro, se eu tivesse um cartão de visita para entregar funcionaria da mesma maneira.

      Realmente o lance do presente foi um pequeno golpe, pois a princípio a proposta era me buscar para irmos direto ao shopping e somente na hora soube que ele iria querer desfilar comigo do lado.😒 Eu, toda educada, não falei nada, pois achei que ele teria algum senso em ser rápido.

      Vivendo e aprendendo.

  4. Como sempre, mais um belo conto escrito pela Sara…..

    E claramente, belo no sentido literario….rs..rs…

    Ninguem merece passar por isso, o lado positivo, como voce ja comentou, é que fazia tempo que o tema não voltava para o blog, e como voce sabe usar os limões para fazer uma bela limonada, fica o conto para educar alguns leitores sobre o que não fazer quando estiver com uma acompahante….

    Vou por um pouco do meu “achismo” sobre a situação, no fim acho que o velho rico, ficou acostumado com a vida que leva a ter este tipo de relacionamento com acompanhantes ou garotas que ele consegue impressionar com o status dele, e que pela idade, infelizmente, não vai perceber esses erros e não deve mudar o jeito…. Cest la Vie….

    Triste e chata a historia por voce ter de aguentar esse mala, mas fica para nos o entretenimento do seu cono e sua maneira de nos mostrar um pouco do seu mundo…

    Beijos e otimo FDS pra vc Sarinha

  5. Quanta ousadia, tanto para o bem (no início) como para o mau (todo o resto 😅). Seu relato é tão bom e detalhado que até deu raiva desse cidadão hahah
    E admiro sua paciência e tolerância!

  6. “Calma, deixa eu tampar o ano que eu nasci.” Não tankei essa parte. 🤣
    Senti vergonha alheia das cafonices e da pão-durice desse cidadão. Pagar para ser acompanhado, para ele, é como se isso diminuísse o (ilusório) sentimento de conquista dele. Como ficou bem nítido, este senhor é uma pessoa tóxica e mimada.
    Sara, parabéns pela escrita primorosa e envolvente! 👏👏
    Abraço, sucesso! ✨

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