Querido diário…
Hoje estou aqui para compartilhar algo muito íntimo do meu passado. Algo que pouquíssimas pessoas sabem e que, com o passar dos anos, até eu tinha me esquecido. Estava eu assistindo a “Sex Education” há alguns dias (uma série da Netflix que retrata, de maneira leve e descontraída, os problemas sexuais que os jovens podem ter quando estão se descobrindo sexualmente) e quando cheguei no último episódio da primeira temporada, me deparei com algo que me identifiquei na hora. Até me emocionei enquanto assistia e agora, dias depois, resolvi falar sobre. Quem sabe assim também ajudo outras mulheres ou casais que venham a passar por esse mesmo problema?
Por ser um tema muito complexo, a solução apresentada na série foi bastante superficial. Não foi daquela maneira que resolvi e não sei se alguma mulher conseguiria resolver daquele jeito. Mas, de qualquer forma, valeu a tentativa ao pincelarem por esse assunto.
Agora vou contar um pouco da minha experiência, mas, se prepare que o post ficou gigante! Rs.
Como tudo começou…
Tive o meu primeiro namorado aos dezenove anos. Claro que, antes dele, houveram algumas tentativas de perder a virgindade (apenas duas, para ser mais específica), tentativas essas sem sucesso em que atribuí o fracasso a inexperiência do outro – um deles também era virgem – ou a incompatibilidade do lugar escolhido – com outro não estávamos numa cama – .
No entanto, quando comecei a namorar, no decorrer dos meses tentamos de várias maneiras possíveis e eu não conseguia, de jeito nenhum, suportar aquela dor da primeira penetração. Eu sabia que a primeira vez poderia doer, mas era uma dor DESCOMUNAL. E o mais bizarro de tudo: numa dessas tentativas acabou rolando naturalmente o sexo anal. Estávamos deitados de ladinho, ambos no maior tesão, tentando mais uma vez. De repente, com jeitinho, foi entrando só na saliva. Ele não tinha percebido onde tinha entrado realmente e soltou essa: “Nossa, está tão apertado que parece um cu”. Bobinho… estava no cu rs. Ficamos tão felizes e ao mesmo tempo tão esperançosos depois desse episódio, acreditando que conseguiríamos na frente, uma vez que atrás, que é o mais difícil, deu certo, mas, longe disso. O sexo vaginal continuou sendo um desafio impossível.
Quando chegamos à conclusão que definitivamente não conseguiríamos sozinhos, decidi buscar ajuda médica. A primeira ginecologista que passei, disse que eu devia ter o hímen muito colado e que talvez fosse preciso fazer uma cirurgia para rompê-lo. Algo que não me agradou em nada. Que mulher quer perder a virgindade assim? Eu queria que fosse especial, com o meu namorado, algo romântico.
Mas, se eu achava isso ruim, ficaria ainda pior. Não contente, passei com diversos ginecologistas especializados para ter mais de uma opinião e infelizmente todos diziam a mesma coisa: Eu realmente teria que fazer a tal cirurgia para poder deixar de ser virgem. Eu só precisava ser examinada por um último especialista para que finalmente liberassem o procedimento. Entrei em sua sala e contei as recomendações que tive dos médicos anteriores até chegar ali. Assim que terminei de falar, me pediu para tirar a parte de baixo e deitar na maca que iria me examinar.
Assim que ele tocou na minha vagina, estremeci, com medo do quanto aquilo poderia doer. Ele tentou mais uma vez e novamente tremi, sobressaltada com o seu toque. Com apenas isso, num milésimo de segundo, ele diagnosticou o meu problema. Pediu que eu me levantasse, me vestisse e após me sentar de volta na cadeira à sua frente, sentenciou que não seria uma cirurgia que resolveria o meu problema. “Você viu como eu nem te toquei direito e você já travou? Você mesma que trava sua vagina. O nome disso é Vaginismo.”
Vaginismo
Eis aí uma palavra que nunca irei esquecer. Uma doença psicológica que até então eu nem sabia que existia. De repente, a ideia da cirurgia para romper o hímen não me parecia mais tão ruim assim. ?
Saí da sala aos prantos, sem ter entendido direito o que eu tinha. Liguei chorando para o meu namorado e juntos, mais tarde, através de pesquisas na internet, descobrimos o que era exatamente: Uma contração involuntária do músculo da vagina. Por que doença psicológica? Porque apesar da minha vontade de transar, o meu subconsciente não me permitia por algum trauma ou crença.
Por exemplo, se meus pais fossem extremamente religiosos, que tivessem me criado com a convicção de que eu teria que me casar virgem, meu subconsciente poderia adotar aquilo como regra e assim me impedir de transar. Ou também, se eu tivesse sofrido algum abuso ou estupro na infância, meu subconsciente novamente me impediria de transar, no intuito de me proteger.
Refleti bastante sobre essas duas possibilidades. Minha mãe sempre conversou comigo sobre sexo desde que eu era criança. Ela dizia: “Remédio serve para evitar filho e camisinha para evitar doença”, é o que ela sempre repetia, mesmo eu não sabendo o que era sexo exatamente. ? Então religião ou família muito conservadora não poderia ser a causa. Quanto ao estupro, bem eu nunca tinha sido estuprada, mas peraí… Lembrei de uma situação… ?
Trauma de infância?
Me forcei a pensar em qualquer situação sexual que eu pudesse ter vivenciado na infância. Daí me lembrei de algo…
Quando eu tinha cinco anos, moramos de aluguel por um tempo em determinada casa. Se tratavam de duas casas no mesmo quintal. A dos donos ficava nos fundos e a nossa na frente. Os donos eram um casal de idosos que tinham três filhos. Um deles era bastante amoroso comigo e consequentemente me afeiçoei muito a ele. Afinal, qual criança não gosta que um adulto lhe dê total atenção? Ele brincava que era meu “namorado” e ninguém (nem mesmo eu) via qualquer malícia nisso.
Ele deveria ter uns vinte e cinco, não era moleque, mas também não era velho, me lembro que tinha boa aparência e era jovem. Seu nome era Márcio. Eu também gostava dele, mas, às vezes me incomodava o seu grude e excesso de atenção. Numa outra memória, lembro de estar em pé em algum cômodo da minha casa, com ele atrás de mim. Eu estava sem a parte de baixo e ele tentava introduzir algo no meu corpo. Não lembro de ter visto seu pênis, sequer lembro de como fomos parar naquela situação. A única coisa que me recordo claramente é que senti uma dor atrás (tenho quase certeza que ele tentou um sexo anal), eu reclamei com ele que, seja lá o que ele estivesse fazendo, estava doendo. Ele então parou e não insistiu mais. Nos mudamos daquela casa em algum momento e nunca mais tive contato com ele.
O fato dele não ter tentado continuar a força, me fez pensar que talvez isso não fosse um estupro e assim fui vivendo a minha vida, mantendo essa confusa lembrança arquivada. Só voltei a pensar nisso quando o médico disse as possíveis causas de um vaginismo. Engraçado que, quando contei o ocorrido para a minha mãe, após passar com o médico, ela se chocou, obviamente, e então rebateu: “Mas você adorava ele! Ficava dizendo para todo mundo que ele era seu namorado!”
Eu dizia?
Seria essa a causa do meu vaginismo? Mas então como eu consegui fazer sexo anal primeiro, se pelo que me lembrava foi exatamente por trás que ele tentou me penetrar?!
Mistérios do subconsciente…
Tratamento
Meu namoro ficou bastante turbulento nesse período. Comecei a passar com psicólogas, mas em nada ajudou. Elas apontavam o meu namorado como um dos responsáveis pelo meu problema, por “não saber lidar com a situação”. O que o deixava furioso, fazendo com que buscasse tratamentos alternativos pela internet em fóruns sobre o assunto. Além do que, ele achava o cúmulo alguém jogar a culpa do MEU problema em cima dele.
Teimosamente resolvi passar com outro ginecologista, já sabendo do vaginismo, para ver se me indicava algum tratamento mais prático, além das sessões com um psicólogo. Ele então me pediu que tirasse a calcinha e deitasse na maca. Era um boliviano bonitão, que atendia num escritório próprio, na rede credenciada do meu convênio médico.
Ele então começou a enfiar seus dedos na minha vagina e os rodava, dizendo que aquilo serviria como dilatação da região para uma futura penetração. Santo pai, como aquilo doía!!! ??? Quando finalmente terminou, passou a mão no meu queixo e perguntou se eu estava bem. O achei atencioso demais, mas, com receio de ser apenas uma interpretação errada da minha parte, acabei repetindo o procedimento alguns dias depois, conforme sua orientação.
Na segunda vez a dor ainda era a mesma e novamente quando terminou, se comportou de forma bastante carinhosa, me abraçando! Eu sempre ia nessas consultas sozinha e desconfiei que numa terceira vez ele pudesse tentar beijar a minha boca. Não quis pagar para ver e nunca mais voltei lá.
Meu namorado sabia mais do meu problema do que eu mesma. Me explicou que após muita pesquisa pela internet em fóruns sobre o assunto, descobriu um tratamento com dilatadores vaginais. Mas, antes de comprarmos o tal kit, ele teve a ideia de, primeiramente, eu mesma começar a tocar no meu próprio corpo.
Fomos juntos numa farmácia e me comprou uma caixa de luvas descartáveis para que, todo dia, eu tentasse introduzir meu próprio dedo dentro de mim. Coisa que eu detestava fazer. Sua insistência diária me incomodava tanto, que uma vez lhe joguei na cara que só estava interessado em me comer e ele rebatia que se fosse por isso, teria me largado faz tempo, já que não estava conseguindo.
Comecei com um dedo e após conseguir enfiá-lo, recomeçava com dois. Eu fazia isso durante a semana e nos finais de semana, quando meu namorado vinha me visitar, tentávamos transar. Nosso relacionamento passava por uma situação bastante delicada, pois ele estava cada vez mais impaciente. Reclamava que eu não estava me empenhando nos exercícios o suficiente, pois, parecia que estava enfiando seu pau num muro de concreto, já que não entrava de jeito nenhum, só escorregava para os lados. O sexo anal também já não supria mais, pois eu só aguentava uma vez por fim de semana e ele não se satisfazia com apenas uma transa no dia.
Certa vez, após mais uma tentativa sem sucesso, ficou tão nervoso que se levantou da cama bruscamente e deu um soco violento na parede! Me assustei muito, nunca tinha o visto tão descontrolado. Resultado: quebrou o dedo mindinho. Corremos para o hospital mais próximo, ele teve que engessar a mão e eu tive que lidar com as suas reclamações. Ele dizia que a culpa de tudo aquilo era minha, por EU não funcionar. Como se eu fosse um eletrodoméstico com defeito. Não sei porque não terminei com ele ao ouvir isso. Cinco anos mais nova, primeiro namorado, me deixei ser manipulada de tal maneira que eu mesma me sentia culpada por toda aquela situação.
Então, quando finalmente deu certo, não senti nenhuma emoção com o evento. Só pensava: “Ufa, minhas enfiadas de dedo surtiram efeito”. Sequer guardei a data. A minha primeira vez acabou não sendo especial quanto eu queria que fosse de tão pressionada que me sentia em tempo integral para que aquilo desse certo. No dia seguinte, quando fomos transar de novo, não tivemos o mesmo sucesso da noite anterior e novamente tive que ouvir os resmungos dele, que não aceitava que àquela altura houvessem regressos.
Mas, claro que ele já não estava mais com tanta paciência. Ficávamos juntos somente aos finais de semana e eu não conseguia fazer sexo anal mais de uma vez. Ele era um homem cinco anos mais velho, que, ao contrário de mim, não era virgem e tinha as suas necessidades. Sem contar que, desde o princípio, ele não gostou nada de saber que eu era virgem, pois, segundo suas próprias palavras, sabia que “isso” lhe daria trabalho. – E eu achando que o homem se sentia honrado quando a moça era virgem. – Mal sabia ele, que o trabalho seria ainda maior do que o que ele imaginava. ?
Vencendo o Vaginismo
Aos poucos, nossas transas foram sendo mais bem-sucedidas. Mas, eu não conseguia sentir prazer nenhum durante as penetrações. Eu me masturbava, achava que estava gostando, quando, na verdade, eu estava enganando a mim mesma. Não era possível que aquilo era o prazer sexual que todos falavam. Quanto tempo mais demoraria para eu começar a achar aquilo incrível? Em tudo que eu lia a respeito, dizia que a partir da terceira transa as dores davam lugar ao prazer, mas, de maneira alguma isso acontecia comigo. Passaram-se meses, até que cheguei à conclusão que o problema deveria ser eu. Vai ver eu que não gostava de sexo afinal. ??♀️
Porém, antes de decretar o meu fracasso sexual, determinei que precisava fazer uma última tentativa para saber se o problema era eu ou o meu namorado. Eu precisava transar com outra pessoa. Mas, como poderia se eu namorava com ele? Nosso relacionamento tinha pouco tempo (em torno de um ano e pouquinho) e ainda não tínhamos definido que seria aberto.
A oportunidade surgiu! Brigamos e saí para a balada com uma amiga. Essa minha amiga era muito popular e tinha uns amigos gatos endinheirados. Dois deles tinham casa no condomínio Arujazinho (que pelo que soube se tratava de um condomínio caro) e nos convidaram para um churrasco no dia seguinte. Saímos da balada quando o dia já tinha amanhecido e passamos na casa dela – de carona com eles – , só para pegarmos algumas coisas.
Particularmente eu não estava muito afim de ir, por dois motivos: primeiro que estava cansada, não tinha o costume de virar a noite daquele jeito; segundo que eu sentia que a minha vida não era aquela, de baladas e churrascos. Tentei convencê-la a não ir, pois preferia que dormíssemos e depois assistíssemos um filme, mas, ela estava tão empolgada e irredutível que não quis deixá-la ir sozinha.
Chegando lá, o churrasco aconteceria só mais tarde e todos se ajeitaram para dormir. Minha amiga sumiu com um dos carinhas e eu fiquei sozinha com esse, que, por acaso, era o dono da casa em que estávamos (ele devia ter uns trinta e poucos anos). Nós havíamos trocado algumas palavras durante a balada e ele pareceu ter se interessado por mim. Conversamos a respeito de assuntos diversos e eu sabia que em algum momento ele tentaria me beijar, só me restava decidir se corresponderia ou não.
Durante esse curto espaço de tempo em que flertávamos, refleti rapidamente e vi nele a grande oportunidade que eu precisava para testar se eu gostava de sexo. E quando aconteceu de nos beijarmos, não freei suas passadas de mão, até que conforme foi esquentando, me pegou no colo e me levou para uma imensa sala de cinema. Pois é, ele tinha sala de cinema dentro da própria casa rs. ?
Continuamos com os amassos, ele colocou o pau pra fora e comecei a chupar, totalmente envolvida com o momento. Ele também me chupou, mas eu só estava interessada no evento final. Estava explodindo de tesão e não aguentava mais esperar! Não usamos camisinha e também não me recordo a posição exata da sua primeira entrada, só lembro que não senti uma dor sequer! Quando ele me colocou de joelhos na poltrona da primeira fileira e me pegou de quatro, senti uma sensação indecifrável de prazer! Me sentia uma vagabunda por estar transando com um estranho naquela posição, mas, ao mesmo tempo me sentia ótima por isso! Até então nunca tinha sentido nada daquilo transando com o meu namorado. Pude então concluir, com grande alívio, que o problema não era eu. Eu gostava de sexo, demais até!
Ele não chegou a gozar, pois, fomos interrompidos por um de seus amigos que apareceu sem aviso prévio na sala e nos pegou no flagra em pleno ato sexual. (Me senti super constrangida por isso.) Alguém estava o chamando no portão para avisar que o churrasco havia começado e como não tínhamos ouvido, esse amigo veio lhe avisar.
Após o pessoal ir na frente, percebi que ele queria voltar a transar, mas, sutilmente me esquivei, falando que também já queria ir para o tal churrasco. Eu já havia concluído o meu teste e apesar de ter sido muito bom, aquela interrupção me tirou do clima. Ele não insistiu e então fomos em seu carro para a casa desse outro amigo onde a minha amiga também já estava. Ele deve ter me achado uma qualquer por ter transado com ele na maior facilidade – ainda sem preservativo – , tendo o conhecido em menos de 24 horas. Mas, mal sabia ele que era nada mais, nada menos que o segundo homem que eu transara em toda a minha vida.
E o namoro?
Não terminei com o meu namorado (anos depois, somente). Ele acabou descobrindo a minha pulada de cerca, mas, relevou (até parece que ia largar o osso tão fácil depois de todo o sacrifício que foi para conseguirmos transar rs). Contudo, transar com ele nunca foi 100% gostoso para mim, pois, de fato, as características do dote do seu parceiro influenciam (e muito) no seu prazer.
O dele era grande demais para a minha menina. Grande tanto no tamanho quanto na grossura e só quando tive a oportunidade de fazer com outro, que pude comparar. Sem contar que, por conta de todo o estresse que passamos durante o processo do meu vaginismo, meu tesão por ele diminuiu consideravelmente. Como manter o tesão por alguém que só te pressiona e por vezes te trata mal?
Contudo, reconheço que ele aguentou bastante coisa ao meu lado. Estaria sendo injusta se dissesse que ele foi um péssimo namorado, pois, tudo que aconteceu também foi novidade para ele e na medida do possível deu o seu melhor. Ainda estávamos juntos quando entrei nessa profissão. Ele me apoiava inclusive, mas, estou falando demais… isso já é assunto para outro post… ?
Nossa! muito bom seu relato aconteceu comigo e minha ex esposa que era virgem casamos rápido e ficamos 7 anos juntos no início foi bem difícil mas depois que aconteceu e ela superou o vaginismo ficou maravilhoso bjs
Sara, em primeiro lugar, parabéns pela coragem em expor algo íntimo e forte
De sua vida. Pelo seu relato, a sua busca por ajuda e auto conhecimento revelou que uma menina com um trauma conseguiu supera-lo e tornou-se está mulher maravilhosa que tive a felicidade de conhecer! Muitas mulheres lendo do seu relato, podem ter a chance de ir buscar cura, e ter uma vida saudável (sim, sexo faz parte de uma vida saudável, e é relegado “às trevas” por doutrinação). Ótima iniciativa! Aproveitando a “Terapia em grupo”(rs) faço meu relato: Minha ex tem bloqueios sexuais, e incentivei que ela buscasse terapia. Aguardei o tempo dela, mas para você ter uma ideia de quão grave era o problema, mesmo depois de já convivendo em união estável, ela não se sentia a vontade nem para que eu olhasse a sua intimidade durante o sexo ou admirasse seu corpo, o que impediu que ela aproveitasse, por exemplo, o prazer que eu queria dar a ela em receber sexo oral(as poucas vezes que tentamos ela dizia que sentia ‘desespero’ então não insisti). Pelo temor de uma gravidez indesejada não fazíamos sexo sem preservativo, e buscavamos terminar rápido, pois ela logo perdia lubrificação, mesmo com auxílio de gel. Não brigávamos por causa da qualidade de relações, mas a vida sexual foi diminuindo, até o ponto em que, viramos ‘amiguinhos’. Foi o início do fim, infelizmente. Olha só, Sara: Se para as mulheres a insistência masculina causa desprazer, posso citar que no meu caso, fiz uma relação de custo X benefício, e deixei a cargo dela tomar a iniciativa, pois não queria brigar, e nisso o sexo foi rareando, pois fazia o meu papel de homem, sentindo um prazer mecânico por assim dizer, tendo cada vez menos desejo por minha parceira pois o sexo estava virando uma rotina de tensão, desprazer para ambos, tentativa e roteiro repetitivo, não de carinho, intimidade e prazer como deveria ser. Cada vez mais a ideia de buscar ‘na rua’ o que não tinha em casa foi aumentando. Não cheguei a fazê-lo, tanto que só fui te conhecer depois que terminamos. Gostava dela e não consegui. Pra quem acha que sexo não é tão importante, digo que mesmo que se tente “sublimar” este nosso instinto, o resultado vai ser uma convivência cada vez mais distante entre o casal(foi o nosso caso). Foi uma pena, porque se tivéssemos uma vida sexual ela me teria “na mão”, e estaríamos juntos. Sem o sexo, a rotina e as obrigações transformaram o “amor em bom dia” como diz a música. Quem sabe, com o que está sendo relatado aqui, os casais busquem ajuda, trabalhar juntos essa questão importantíssima e as histórias com final triste diminuam.
Tive um relacionamento semelhante. Moça, 22 anos, sem experiência sexual nenhuma (nem oral, nem toque em órgãos genitais, etc) e de família conservadora com influência religiosa. Foram várias etapas a ser vencidas, desde conseguir dar uma encochada pra valer, tocar as partes intimas dela por fora da roupa, até conseguir por dentro da roupa e ela gostava bastante, mas não evoluía para algo mais. Até que avencei para a parte do oral (nela), que quando consegui fazer, tive q fazer forçado, mas no primeiro toque da minha língua no clítoris dela, foi delírio imediato. Próximas etapas: ela fazer em mim e penetração. Vamos para penetração: em poucas tentativas, suspeita de vaginismo detectado! O ruim da história é que como ela vem de uma família conservadora, buscar tratamento sexual era um tabu para ela. Incrivelmente também ao acaso rolou anal com sucesso, mas devido a minha seca sexual e por ser um pouco dolorido (nela), na primeira vontade de gozar, eu gozava. Numa das tentativas de penetração vaginal, com a cabecinha porta, dei aquela forçada surpresa, bateu, voltou, sangrou e não resolveu nada.
Após aproximadamente 3 anos de namoro, diversos motivos me fez encerrar este namoro, mas por mais incrível que pareça, o quesito sexual foi o que menos pesou, pois tínhamos uma atividade sexual, sem penetração, mas tínhamos.