Entramos e o R encarnou o guia turístico, mostrando o lugar para as meninas. Andávamos todos juntos, exceto o nosso amigo T, que com seus dois amigos, se perderam da gente por um tempo.
A The Week é composta por três pistas – sendo que uma é privada para quem fica no camarote -. Das outras duas (as que tivemos acesso), temos a pista secundária (menor, mais sem graça); e a pista principal, que contém palco, iluminação mais moderna, e ainda nos privilegia com a visão do camarote acima; Todas as pistas possuem bar. Tem também a parte externa (essa da foto acima), que apesar de não ser pista de dança, é bastante frequentada, pelo maior espaço de locomoção (já que a maioria das pessoas estão nas pistas) e maior ventilação, devido ao céu aberto. Mas só um adendo, peço que não se prendam a imagem ilustrada, pois o local passou por algumas modificações, sendo uma delas a cobertura – mas ainda assim dá para ver a claridade do dia, quando amanhece -.
Atrás desse bar que estão vendo no canto esquerdo da foto, há dois banheiros unissex (enormes, mas que sempre estão lotados); do lado esquerdo, a entrada para a pista principal (através dela também temos acesso a outra pista); do lado direito do bar, mais no fundo, temos a entrada para o “Dark Room” (espaço reservado para os casais terem maior privacidade) e o “Fumódromo”, com alguns assentos, estilo bancos de praça, sabe? Também vive lotado.
Mas voltando ao bar, em cima do seu balcão, tem uma bandeja cheia de maçãs, fornecidas pelo estabelecimento como cortesia; e quando o R falou delas, indicando com as mãos, para que as meninas vissem, a B reagiu de um jeito engraçado, que nunca irei esquecer rsrs, ela riu e bateu palma, dizendo: “Hahaha maçãs!”, sem entender o real motivo delas estarem alí rs.
Quando levamos as meninas no banheiro para conhecerem, ao verem o grande espelho, elas já quiseram tirar fotos (foi nessa hora que me dei conta, de como tinha sido bom eu ter pintado as unhas, pois ficaram em destaque na pose rs). Durante esse momento, um rapaz gay que devia já estar muito louco, se entrosou com a gente, dizendo que éramos lindos e que queria aparecer na nossa foto rs. Não nos importamos com a sua intromissão alegre, e até postamos a foto com um estranho nela rs. Ele demorou um pouco para ir embora (mesmo depois da foto), pois estava todo festeiro, querendo fazer amizades e falando para o adicionarmos no facebook rs; até que seus amigos vieram buscá-lo.
Depois disso, a N disse que queria ir no banheiro (já estávamos ali mesmo, né?), e quando ela voltou, nos revelou a existência de uma cinta. Na verdade, a B que foi falar com o R, se não tinha como guardar a cinta com as nossas coisas na chapelaria. Eu peguei a conversa pela metade, daí quando perguntei o que estava havendo, a B explicou: “É que a N veio com uma cinta, só que está machucando a barriga dela, então ela tirou. Não tem como guardar com as coisas de vocês?” Na verdade não tinha, pois a moça da chapelaria enfatizou bem, que não deixaria pegar, nem colocar mais nada, uma vez que já estivesse lá. Mas como o R tem bastante lábia e já conseguiu dobrar a mulher outras vezes, tentou dessa vez também, e felizmente deu certo! Após resolvermos essa questão, fomos para o bar, pegarmos umas biritinhas! ?
O D foi o primeiro a pedir, e foi logo de “Sex On The Beach”. Eu nunca tinha bebido essas bebidas de nome chique, então esperei vir a dele, e após provar (e aprovar), pedi o mesmo, assim como o R. As meninas disseram que iam esperar mais um pouco, mas que depois iam querer tequila.
Daí foi nesse momento, em que já estávamos em posse das nossas bebidas, que eu, o R e o D (as minhas amigas não quiseram) entramos juntos na mesma cabine de um banheiro, para tomarmos uma balinha (ecstasy) cada um. Essa era a terceira vez que eu usava (as outras duas foram na The Week também), e peço que não me julguem, quem nunca?
Em mim, a bala demorou cerca de meia hora para bater, já estava dando até um medinho de não ser da boa, e termos gastado dinheiro atoa rs. Fomos para a pista principal depois de tomá-la, e ficamos dançando, ainda sóbrios.
Reparem nesses quadradinhos no chão, da foto ilustrada acima. Eu os chamo de mini palcos e são de livre acesso, para qualquer um que queira dançar em cima deles. Subimos nós cinco juntos em determinado momento, ao que eu reparava com espanto, a B e a N tirarem suas sandálias para subir, será que estavam com medo de cair? Rs. Diz o R que nessa hora deu selinho nas duas, mas eu nem percebi rs. Após um tempo ali em cima, nos sentindo as estrelas da noite (pois quem está embaixo sempre acaba olhando para quem está em cima), descemos e continuamos dançando com o resto do povo. Daí ressurgiu o T com seus dois amigos, e se juntaram a nós. Agora sim o grupo estava completo! ?
Toda hora, ficávamos perguntando um para o outro se a bala tinha batido, o que era hilário, pois quando bate, a pessoa do lado percebe rs, seu semblante fica mais alegre, você começa a dançar ainda mais animado, não tem como não saber rsrs. A do R bateu primeiro. Quando perguntei para o D se a dele também tinha batido e ele respondeu que sim, quase não acreditei, pois ele não mudou em nada! Hahaha (ele era mesmo uma exceção), continuava dançando sério e as vezes até cruzava os braços! Imagina que uó alguém dançando assim?! ?Eu ia lá, descruzava os braços dele e falava pra ele parar de dançar daquele jeito, onde já se viu?! Rs.
Quando finalmente a bala bateu em mim, estávamos em frente ao bar da parte externa, para as meninas pegarem a tequila delas. Não tem como explicar a sensação exata de quando bate, você simplesmente SABE que bateu rs. De repente você sente a batida da música de um jeito diferente, mais intenso, mais gostoso. Se você está entediado (que foi o meu caso na segunda vez que fomos para a The Week), quando a bala faz efeito, seu pé começa a formigar e você não consegue mais ficar parado; ou se você já estava animado (que foi o meu caso dessa e da primeira vez que usei) então você fica ainda mais disposto! Disposto a dançar, conversar, se divertir. Eu que já sou bastante comunicativa, sempre disparava a conversar com pessoas que eu nem conhecia, quando meus amigos não estavam por perto (igual aquele carinha do banheiro rs), e o legal é que ninguém ali te julga ou acha ruim, pois estão todos na mesma vibe.
Felizmente, dessa vez eu não precisei puxar papo com ninguém estranho rs, pois além de estarmos em um grupo maior, eu e o R também éramos meio que o centro das atenções, pois as minhas amigas se dirigiam mais a nós (já que não tinham tanta intimidade com o resto do grupo), assim como o D, que com aquele jeito quieto, não se entrosava com mais ninguém.
Quando bateu, coincidentemente começou a tocar “This Is What You Came For” (remixado) do Calvin Harris com a Rihanna! Não poderia ter sido mais perfeito! ? Eu queria muito voltar para a pista, mas o R queria fumar, então esperamos a música acabar e após as meninas pegaram suas bebidas, fomos para o fumódromo e ocupamos um banco inteiro. Coincidentemente, a B acabou sentando do meu lado, e aproveitei para colocarmos o papo em dia. Comecei perguntando sobre seu namoro de quatro anos, que tinha acabado há alguns dias (eu ainda não sabia o motivo do término, então aproveitei para perguntar). Como eu estava sob o efeito da bala, não lembro muito bem das coisas que ela falou, mas parece que o ex tinha pedido um tempo, e depois ela descobriu algo sobre outra menina. Ouvindo aquilo, parecia até que era mentira, pois a B é muitoo, muitoo linda, digo com sinceridade que até mais do que eu, então não conseguia imaginar uma mulher como ela, levando um pé na bunda de alguém. ? Não pude obter mais detalhes do ocorrido, pois o R já tinha terminado e fomos para a segunda pista, que as meninas ainda não tinham conhecido. Nós não ficávamos parados muito tempo no mesmo lugar, e como a segunda pista nem era tão legal, voltamos para a principal, onde agora sim, ficamos por um tempo.
Nesse momento, enquanto dançávamos, o R perguntou se podia me beijar. ? Não que ele estivesse afim de mim, que isso fique bem claro rs, pois todos os meus amigos ali eram gays (e bota gays nisso! Rs). O que aconteceu é que um dos efeitos da bala, aumenta a intensidade do toque com o outro; contudo, como também te dá sensação de desapego – ou seja, não queremos ficar nos pegando com ninguém, e sim nos sentir livres -, um beijo nosso naquela situação, seria algo neutro. Sabe a expressão “café com leite” utilizada em brincadeiras de criança, para dizer que qualquer comportamento errôneo de tal integrante, não teria grandes consequências devido a isso? Por exemplo: “Ahh ele não sai da brincadeira pois é café com leite”. Pois então, beijar amigo gay em balada, sob o efeito de substâncias, é uma atitude “café com leite”, que não dará em nada depois. Lhe respondi que sim e nos beijamos. ?? Era estranho beijar ele, pois parecia que estava beijando meu irmão hahaha, então procurei desfocar da pessoa e focar apenas na sensação do beijo.
Depois disso dançamos um pouco juntos, até que nos afastamos e retornamos para o nosso lugar na rodinha. O T também estava aproveitando bastante, pois beijou seus dois amigos, e dançaram em sanduíche (que no caso deles ainda iria render bastante rsrs). As minhas amigas pareciam felizes, mas eu não achava que estavam curtindo tanto quanto a gente, não tinha como comparar os efeitos de ecstasy x álcool. O D ficava dançando na dele, não chegava em ninguém, ninguém chegava nele, e apenas dançava sem falar quase nada. Tudo estava incrível, a noite estava ótima, as companhias também, não havia motivos para reclamar de nada.
Depois fomos ao bar outra vez, pegar mais bebidinhas e ficamos por ali, na parte externa, dançando. De repente, havíamos feito amizade com mais um carinha gay, acompanhado de sua amiga hétero (depois o R me lembrou que se conheceram através de um cigarro). O R perguntou se eles tinham, e a garota que estava em posse de uma caixa de cigarros, lhe deu um, e nisso ficaram com a gente pelo resto da noite rs.
Após um tempo, que não consigo mensurar quanto, minhas amigas vieram com um papo de que precisavam ir embora, pois tinham combinado de passar em outra festinha depois; e a partir daí ficaram mexendo no celular, falando com alguém dessa tal festa. ? Fiquei um pouco chateada no início, pois achei que elas tivessem reservado a noite toda só para nós, e que iríamos todos embora juntos. Daí o R, no intuito de me consolar, disse em off: “Melhor deixar elas irem, elas não estão na mesma vibe que a gente, devem estar se sentindo deslocadas”, o que não me consolou em nada rs, e procurei pensar que realmente elas tinham outra festa para ir. A cinta da N não poderia ser retirada naquele momento, então pegariam comigo depois. Perguntei a elas repetidas vezes, se tinham mesmo gostado da balada, ao que enfatizavam que sim, muito! Mas que haviam se esquecido dessa outra festinha, e não podiam faltar. Tentei encontrar algum resquício de mentira em seus olhos, mas não consegui encontrar nada (também, do jeito que eu estava não encontraria nem um cisco rsrs), só torci para que fosse verdade.
Surpreendentemente até que me senti um pouco leve, depois que elas foram, pois ao mesmo tempo em que as queria lá, também me sentia como se fosse responsável pela diversão delas. O grupo continuou sendo oito, já que conhecemos aquele outro rapazinho gay, com a rainha dos cigarros. Aliás, deixa eu apresentá-los, ele: M e ela: K. Era a primeira vez que iam para a The Week, e talvez por isso estavam somente em dois (exatamente como foi comigo e o R, quando ele me levou lá pela primeira vez). A K possuía um biotipo totalmente diferente do meu: pele morena, cabelos pretos e lisos na altura dos ombros, os olhos deviam ser castanhos, mais baixa e um pouquinho mais gordinha que a N; era bonita, mas não deslumbrante, uma beleza comum.
Fomos para o fumódromo outra vez. O D sentou do meu lado direito e estava todo carente, pegando na minha mão e alisando, alisei de volta pois parecia que meu amigo estava na bad; O R sentou do meu lado esquerdo, já de enrosco com o M, deixando que esse sentasse no seu colo (depois me contou que quase gozou com a bunda do menino roçando rs); O T estava sentado no banco do lado, com seus amigos; e eu, bem, após um tempo eu fazia a megera, falando mal da K para o D, ao mesmo tempo em que o R me cutucava para eu falar mais baixo, pois se ele estava ouvindo, o M, que era amigo dela, poderia ouvir também.
O fato é que não gostei das coisas vulgares que a K falava a todo momento, era como se ela achasse que falando putaria daquele jeito esculhambado, fosse se enturmar com os gays mais rápido, já que ninguém estava lhe dando exclusividade de atenção.
Encontramos um amigo nosso chamado C que nos conhecia (a mim, ao R e ao D) há anos, pois trabalhamos juntos na mesma empresa, em nosso primeiro emprego. Na época, ele era muito zoado (na verdade, todos nós éramos, nossa aparência evoluiu bastante com o tempo rs), e agora parecia outra pessoa. Para que vocês possam ter uma ideia da dimensão do que estou dizendo, irei descrever o C como ele era antes e como ele está agora. Em meados de 2009, ele parecia uma menina, era magrinho, deixava seu cabelo (liso e loiro natural) na altura dos ombros, usava aparelho fixo e suas unhas da mão eram gigantes. Atualmente, você olha para ele e nem imagina que é gay. Está com o cabelo aparado, padrão cabelo de homem, suas unhas idem, não usa mais aparelho, além de estar todo bombado. Eu já sabia como estava seu novo visual, pois o R me mostrou uma vez no facebook, dizendo com espanto: “Olha como o C está diferente!!”, mas não esperava que ele fosse se lembrar de mim, muito menos que continuasse sendo humilde, mesmo tendo se tornado uma pessoa tão bonita e popular nas baladas.
Daí ficamos conversando, eu, ele e a K (o D estava do meu lado mas não dizia nada). Conversávamos sobre vários assuntos, mas a K tentava sempre levar para o âmbito sexual, até que conseguiu; e em certa altura, ela disse bem alto e em bom som: “EU JÁ DEI PRA MAIS DE TRÊS! SIM, AO MESMO TEMPO! ADORO UM PAU!!”, e foi aí que comecei a falar mal dela para o D, falei: “Gente alguém segura essa menina, pra que ser vulgar desse jeito?” Só dava ela falando de sexo tão abertamente, no máximo os gays em volta falavam: “Ahh eu também gosto de um pau” e parava por aí. Teve uma hora que não me aguentei e perguntei se ela já tinha feito programa também?! Hahaha. Ela ficou ofendida. Disse que não gostava dessas coisas, falei: “Ué, você gosta de pau e dá pra vários, por que não ganhar dinheiro?!” Hahahahaha. Ela respondeu: “Não. Eu faço de graça mesmo!”, rebati: “Porque é boba, devia aproveitar!” mal sabia ela com quem estava falando! Hahaha. ?
Tentei agitar de voltarmos para a pista, mas não tive sucesso, então falei para o D que ia pegar outra bebida, e perguntei se queria vir junto – ouvir as baboseiras que aquela menina falava, já estava me enchendo o saco -, ele aceitou, e então fomos juntos. O garçom que nos atendeu estava sem camisa, e fiz uma brincadeira com isso (ele não era tanquinho e dos outros garçons, só ele estava sem). Falei: “Está com calor, hein? Sem camisa!” ele não deu muita bola, e quando voltou para trazer a bebida (mais um “Sex On The Beach”), falei: “As meninas devem cantar muito você, né?”, novamente ele não me respondeu, mas apertou meu braço, que estava apoiado no balcão, e sorriu, como se dissesse: “Vai se divertir menina” kkkkkk. Eu só queria conversar, sabe? O D apesar de ter me acompanhado não falava um A, parecia um vegetal ambulante rs.
Quando voltamos para o fumódromo, uma amiga do C que estava conversando com ele na hora, lhe perguntou se eu não era lésbica. Olhei para os dois, pois falavam como se eu não estivesse ali, daí ele respondeu: “É, ela é hétero sim”, a garota continuou me olhando, como se esperasse eu desmentir alguma coisa, mas fiz cara de paisagem rs.
Depois de um tempo, a K ficou se lamentando, dizendo que estava apertada, contudo, ninguém lhe dava a mínima, nem mesmo seu amigo que estava mais preocupado em ficar rebolando no colo do R. Daí resolvi ser solidária e falei que ia com ela no banheiro, se ela quisesse (na verdade eu estava era cansada de ficar naquele fumódromo), e mamada como ela estava, aceitou feliz. ?
No caminho, tentei lhe dar alguns toques comportamentais, falei: “Sabe, eu também dava muito vexame nas primeiras vezes que usei bala (não nesse sentido de falar putaria, mas como citei acima, eu chegava em quem eu nem conhecia puxando assunto), mas com o tempo, aprendi a me policiar mais.” E parei por aí. Um bom entendedor saberia o que eu estava dizendo, que era: “Querida você está dando vexame, se controle!”, mas ela não disse nada, talvez tenha entendido, me achado uma intrometida, e não falou nada para evitar confusão (o que eu acho que não foi o caso), ou talvez nem se tocou do que eu estava falando. Quem vai saber?
Enquanto ela usava o banheiro, uns três gays que estavam juntos, esperando na fila de uma outra porta, começaram a me elogiar, dizendo que eu estava muito linda, e que parecia uma paquita da Xuxa com aquela bota rs. Era muito legal quando os gays faziam isso, eles elogiavam qualquer pessoa sem nenhum pudor, mesmo sem conhecê-la, se a achasse realmente bonita, (o R mesmo fazia isso direto com as mulheres na balada), um jeito próprio de se socializarem.
Voltei com a K para o fumódromo, onde ainda estava o restante do pessoal. Daí ela começou a perguntar se alguém tinha visto sua caixa de cigarros, pois havia perdido. Não sei porque, mas não fiquei surpresa com aquilo. Com certeza ele devia ter perdido, enquanto falava para o fumódromo inteiro que fez orgia. ? Foi bastante cansativa na busca pelos cigarros, acho que a ouvi gritar: “ALGUÉM VIU MEU CIGARRO????” umas quatro ou cinco vezes. Não, ninguém tinha visto.
Tentei agitar outra vez de voltarmos para a pista, a maioria queria, mas o infeliz do R foi irredutível em sair dali, pois estava gostando do menino sentado no seu colo. Daí fui dar outra volta, dessa vez sozinha, com a desculpa de ir pegar uma maçã. No bar da parte externa (onde tinha o garçom sem camisa), não havia mais bandeja nenhuma, fui tentar no bar dentro da pista principal então. Também nada, mas dessa vez perguntei para uma atendente. Ela devia ter ido com a minha cara, pois pediu que eu aguardasse um momento e voltou com uma maçã avulsa para mim! ❤️ Agradeci e para prolongar ainda mais a volta, passei pela pista menor, onde coincidentemente encontrei um conhecido!
O B foi meu colega de trabalho, naquele emprego que eu estava e pedi para sair. Fiquei super contente de encontrá-lo ali e fomos conversando até o fumódromo (ele também conhecia o R pelo facebook). Enquanto conversávamos, mordi a maçã e percebi que não estava com tanta vontade assim, daí ofereci para a K. Ela aceitou e falei que podia ficar.
Nisso o B estava super engajado contando sobre um cara que ele estava gostando, de outro estado, que conheceu numa viagem, e tudo que ele dizia estava embaralhando na minha cabeça, eu não estava boa para conversas de assuntos extensos, preferia falar de algo mais leve, no entanto, fingi entender tudo, mexendo com a cabeça, nas partes que pareciam ser as principais.
De repente, a K começou a me chamar repetidamente, igual uma criança de cinco anos, reclamando que não queria mais a maçã! Meu Deus que menina chata! Senão queria mais que jogasse fora ué! Olhei pra ela bem séria e peguei a maçã sem falar nada.
Depois o B voltou para seus amigos, e reclamei com o pessoal que não aguentava mais ficar ali, falei decidida: “Senão vierem, vou sozinha pra pista” O único que ficou contestando, foi mesmo o R, mas insisti que não ficaria mais ali, só porque ele estava ficando com alguém. Ele então acabou cedendo, e finalmente voltamos para a pista principal!! ?
Quando a K e seu amigo M foram embora, que aconteceu cerca de uma hora depois, o T nos revelou na maior cara de pau, que tinha pegado o cigarro dela!!!!!! ? Eu não sabia se ria ou se o repreendia, era muito feio o que ele fez! Eu não tinha gostado dela, mas não sou a favor de roubo em nenhuma circunstância. No entanto, dei risada das suas justificativas, que eram: “Ahh mó menina chata, não parava de falar abobrinha, peguei mesmo!” Ri apenas por compartilhar do mesmo pensamento que ele, pois até então, achei que só eu tivesse me incomodado com ela. Daí quando o repreendi por isso, lá veio ele com suas justificativas de novo, tentando amenizar: “Não peguei dela, tinha caído no chão e ela não viu“. Uau! Que diferença! ?
Pelo menos umas cinco vezes, o R ia comprar pirulitos, e em três dessas vezes, me chamou para ir junto. O caixa que nos atendia era sempre o mesmo, e na segunda vez que fomos, assim como fiz com o garçom, puxei assunto com esse também, perguntando seu nome. Ele disse que era Wagner. Então perguntei: “Com V ou com W?” e era com W. Daí ele perguntou o meu também, falei, e ele me devolveu a pergunta: “Com C ou com K?” ? Foi engraçado! Hahaha. Na terceira vez que fomos comprar mais pirulitos, falei “Oi Wagner, você ainda está aí?”, e ele até se debruçou mais na mesa. Daí me aquietei um pouco, eu só queria brincar de flertar, mas não mais que isso rs.
Teve uma hora que estávamos dançando na pista, que senti uma mão áspera, pegando na minha mão direita. Eu estava dançando de olhos fechados, e achei que fosse as mãos ásperas do T, que estava dançando de frente para mim, também do lado direito. Demorei uns dois segundos para abrir os olhos e levei um susto, quando percebi que a mão vinha de trás de mim! ? Me virei para olhar e era um cara moreno, sem camisa, parecia hétero. Me soltei da sua mão, e me voltei para o T, falando que pensei que fosse a mão dele, ao mesmo tempo em que dava risada. Ignorei o rapaz, mas ele continuou dançando perto.
Cerca de mais uma hora depois, O T também foi embora, queria ficar para ir conosco, mas disse que suas coisas estavam com seus dois amigos, guardado lá na chapelaria, e que se fossem embora sem ele, ficaria ruim para pegar de volta depois.
E lá estavam os sobreviventes: eu, o R, o D (com aquela cara deprê), e muitas outras pessoas dançando junto. Como não sou de ferro, algumas horinhas depois, já estava cansadinha e me sentei naqueles mini palcos, mexendo só os pés e a cabeça. O R também estava chegando no seu limite, mas não queria sentar junto comigo ali, e ficou tentando nos convencer a irmos para a parte externa, onde havia alguns sofás. Eu não queria sair, pois estava bastante confortável sentada no meio do agito, e para minha satisfação, o D também não. Então como a maioria prevaleceu, continuamos ali, para a infelicidade do R, que após um tempo acabou se ausentando sozinho.
Lembram quando aqueles três gays me elogiaram no banheiro? Passei por isso de novo (mas não com os mesmos rs). Ainda quando estava sentada no mini palco, vi um menino vindo sorrindo lá da porta na minha direção, acenando para mim. Não entendi nada e continuei com a expressão impassível, pois eu podia estar bem louca, mas sabia que não conhecia ele! Rsrs. Quando chegou mais perto, enquanto abria os braços para me abraçar, começou a dizer: “Que linda vocêeee! Poxa, vim lá da ponta pra te dar um abraço, e você não dá nem um sorriso?!” ? Fiquei até sem graça pela sua simpatia, mas como iria sorrir antes, sem saber do que se tratava? Rsrsrs. Correspondi o seu abraço. e depois o vi voltando para seus amiguinhos rs.
O dia começou a amanhecer, e eu que ainda estava fritando, não queria ir embora. Mas não tinha como lutar contra o tempo, pois às 8h00 iriam desligar a música, obrigando a quem ainda estivesse ali, seguir seu rumo. Antes disso acontecer, fomos com o R para o sofá e ficamos lá nos lamentando, pelo pouco tempo que ainda nos restava. O DJ acabou estendendo até 8h30.
O R pediu ao D que já fosse buscar nossas coisas na chapelaria, e quando voltou, já troquei de óculos. Ficamos mais um tempo sentados, até que a fila da saída diminuísse. Depois fomos para o caixa, pagamos e quando fomos sair, adivinham quem estava pegando as comandas, já pagas, de volta na saída? O Wagner!! Hahahaha. Fiquei torcendo para que ele não pedisse o meu número de telefone, pois seria muito chato explicar que eu não poderia passar. Felizmente, ele não fez nada além de sorrir enquanto eu saía. Ufa, essa foi por pouco! ?Entramos em um dos táxis, que já estavam de prontidão, na porta da balada, e rumamos para a estação Barra Funda.
Ainda não acabou! Após descansarem suas vistas, depois de lerem esse texto enooorme (se é que chegaram até aqui rs), irei postar o pós-balada. ?
Rs, balada gay é ótima pra se divertir, nas vezes que fui tive que desapegar das beslicadas na bunda que levava (coisa que nunca acontece em baladas hétero rs) Tem que abstrair a coisa, acostumar a dizer não e aproveitar o resto…
Uma coisa curiosa que não vi aqui mas vi em uma balada fora do Brasil, as meninas lésbicas depois de ficarem bêbadas/ligadas acabam pegando os meninos, mas desde que sejam gays rs… Um amigo quase apanhou quando convidou ela para continuar a noite em outro lugar rs
Sobre sua amiga linda, ser linda, inteligente, etc etc etc Não quer dizer muita coisa… Já vi muito amigo lindo, com relacionamentos ótimos, se envolver com pessoas bem menos tudo (inteligência, beleza, etc) sem a menor necessidade, acabando se envolvendo e terminando o relacionamento… O ser humano é uma caixinha de surpresas. 😛
E qual será o item perdido? Espero que não tenha sido a carteira / dinheiro …. 😉
É, tem razão rs (em tudo que disse nas três primeiras estrofes kkkk).
Ahh, o item perdido foi algo que deu muita dor de cabeça, tanto que até rendeu mais história rsrs.
Oi Sarah, vc nao estah mais namorando?
Oi meu querido. Estou sim! Inclusive no post “The Week (Antes)” até cito isso rs.