Sou aquela moça bonita que se passar do seu lado na rua, você nunca imaginará que é uma acompanhante de luxo. Com uma aparência recatada e um jeitinho inocente, prezo pela discrição e o sigilo. Admirada por alguns e odiada por outros, essa sou eu, prazer Sara Müller! (Sim, com trema no U.)
De repente surge uma mão dentro daquela cabine com porta de vidro, rodando o registro daquele objeto cheio de buraquinhos minúsculos no topo, fazendo cair aquela água fria diretamente no chão, uma vez que o corpo nu só se deixará molhar quando enfim tiver aquecida.
Nesse meio tempo, uma música em volume consideravelmente alto preenche o ambiente, pois ela gosta de se arrumar com trilha sonora de fundo. A água cai, a primeira música, que dará sequência as demais, é escolhida, e então, completamente despida, adentra na cabine e se deixa entregar àquele momento de renovação. Ahhh que delícia… Até fecha seus olhos enquanto aquela água deliciosamente quente recaí sobre seus cabelos. Pode-se dizer que é um dos melhores momentos do dia.
Primeiramente lava suas mãos, depois os cabelos e antes de passar o condicionador, lava também o seu rosto, com um sabonete líquido específico para isso. Depois, enquanto deixa o condicionador agindo, direciona sua atenção para seu corpo, ensaboando cada pedacinho com o maior esmero, deixando-o ainda mais interessante para si mesma e para o próximo que terá contato com ele. Renova a depilação das axilas e pernas, até que chega o momento de enxaguar os cabelos. Sua menina e rosinha são deixados por último, sendo o gran finale daquele banho maravilhoso.
Após abandonar a toalha, é o momento em que começa a cantar, dependendo da música que estiver tocando. Fica indecisa entre óleo corporal ou creme, na maioria das vezes optando pelo óleo, por esse ter o aroma mais marcante, além de deixar a sua pele ainda mais sedosa e macia.
Chega então o momento de decidir o que irá vestir. ? Na verdade, este pensamento já lhe ocorre desde durante o banho, sendo agora o último instante para indecisões. Se a temperatura não estiver óbvia ou incerta, recorre aos universitários, sendo o aplicativo “Tempo” do celular ou a sacada do apartamento, pois, saber dessa informação te ajudará a decidir melhor essa parada. Se estiver frio: meia e bota, se estiver calor: sandália. Vestido? Calça? Short? Saia? Como é difícil ser mulher… tantas opções que as vezes até atrapalha.
É necessário decidir primeiro o que vestir por fora para então definir o que será por dentro. Não é curioso que o que será vestido por último tenha que ser definido primeiro? E quando as vontades não batem? Ela quer usar determinada roupa que requer determinada lingerie que naquele momento não é a que gostaria de usar. A combinação entre lingerie e roupa muitas vezes se faz necessária. É… ser mulher não é mesmo fácil não…
Decidido isso, até o processo do desodorante tem um protocolo para ser executado. Sempre depois do sutiã, antes da roupa se tiver manga fechada, após a roupa se as axilas continuarem livres. Enfim finalizada a vestimenta, vamos para a frente do espelho. Este é o momento que ela mais gosta. Produção da make e cabelo. Começando pelas madeixas. Não perde nem cinco minutos na verdade. Um pouco de creme nas mãos para ser espalhado nos fios, o pente é usado logo em seguida e pronto. Processo finalizado. Deixa secar ao natural, por vezes chegando ao encontro ainda úmidos.
Depois de passar creme facial, se pergunta qual será a maquiagem do dia. ? Muito fácil de responder, já que só alterna na sombra, raramente no batom. Gosta do nude levemente rosado, deixando toda aquela produção o mais natural possível, além de favorecer na hora do beijo. Por último, mas não menos importante, escolhe o perfume que irá compor a sua essência hoje. Seguindo com o processo, creme nos pés, chegou o momento de colocar a última peça: seu calçado. Dando um toque final àquela composição especial.
Sua bolsa. Companheira fiel de trabalho. Escolhe aquela que mais combina com o seu look e a abastece com os apetrechos que serão utilizados naquele encontro. E se for a primeira vez com aquele cliente, lhe envia uma mensagem perguntando se pode levar de presente o seu livro para dar-lhe. Algo que poderia ser considerado como um brinde, mas que prefere chamar de souvenir.
Celulares em mãos, de um chama o carro e no outro conecta o fone para uma continuidade sonora que agora só será ouvida única e exclusivamente dentro do seu ouvido. Chama pelo elevador que estiver mais próximo, enquanto o motorista, que estava há 5 minutos, também se aproxima. Às vezes ele para do lado certo, às vezes não, fazendo com que ela desfile enquanto atravessa a rua.
Adentra naquele carro que raramente está do jeito que ela gosta. Se o ar condicionado não estiver extremamente gelado, então será o vidro do banco do passageiro, completamente aberto, que a incomodará, ao permitir que o vento furioso entre, bagunçando os seus cabelos, deixando-a descabelada após tanto capricho na produção. Ao final da corrida, ainda receberá uma avaliação baixa do motorista, por sempre chamar para motéis. Enquanto ela avalia que precisa ter o seu próprio carro logo.
Enfim desce do veículo rumo ao desconhecido… ou repetido. O que será que a espera por detrás daquela porta? Alguém agradável? Alguém interessante? Instigante? Excitante? Estimulante? Bom… só entrando para descobrir… E lá está ele… recebendo-a com um sorriso no rosto que se já não estava ali, surge de repente quando seus olhares se cruzam.
Esse post poderia ser mais um de desabafo, mas será de aprendizado. Aprendizado para todos que estiverem lendo e que, por acaso, gostariam ou tem curiosidade de fazer ménage à trois em algum momento das suas vidas.
Posso dizer que sou bastante experiente no assunto. Já fiz muitos ménages ao longo da minha vida, sendo o meu primeiro antes mesmo de ser acompanhante, com uma amiga e seu namorado. ?
Ménages masculinos (que são ainda melhores), infelizmente só tive duas experiências. Uma no civil (que você pode ler clicando aqui) e uma no profissional (que ainda não escrevi). Agora ménage com duas mulheres e um homem é bem mais frequente. Seja atendendo em dupla ou atendendo casais.
E se tem uma coisa muito importante que todo mundo deveria saber antes de fazer um ménage com qualquer pessoa é que, Ménage à trois, como a própria palavra já diz, é sexo a três. A três e não a dois. E é de extrema importância que todos os integrantes estejam interligados, em sintonia, não podendo, em momento algum, deixar alguém de fora.
Quando atendo casais, eu sempre tenho muito cuidado com isso inclusive, pois é muito comum o cara se empolgar com quem é novidade naquele quarto, fazendo com que, sem querer, a sua companheira se sinta excluída. Então, sempre dou a maior atenção para a mulher (mais até que ao próprio homem, como uma legítima mulher bi que não sou, mas que nesses momentos desperta esse lado em mim). Afinal, também sou mulher e é da natureza feminina termos a sensibilidade mais aflorada. Às vezes, o cara nem percebe que sua empolgação com uma, está deixando de lado a outra. Por isso esse post. Espero poder abrir a mente de vocês.
Agora, falando de atendimentos em dupla e não casais, se você é um homem que está contratando duas acompanhantes para satisfazer o seu fetiche de transar com duas mulheres ao mesmo tempo, lembre-se de que será muito gentil da sua parte e tornará o momento ainda mais prazeroso se, além de tudo que já citei acima, o que você fizer com uma, também fizer com a outra. ?
Por exemplo, se chupou uma, retribua chupando a outra depois. Deixará as duas no mesmo nível de tesão e evitará que alguma delas se sinta desinteressante. “Ué, sou obrigado a chupar as duas, se quero chupar só uma?” Obrigado, você não é, ninguém é obrigado a nada, estou apenas dando dicas de como o seu ménage pode ser ainda mais gostoso, sem que role nenhum mal estar para nenhum dos lados. ?
Você que está lendo isso deve estar pensando: “Hummmm, para ela estar dizendo tudo isso, deve ter passado por alguma situação que não gostou.” Sim, já me conhecem tão bem assim?? ?
Vivenciei um ménage que acredito ter sido o pior de todos. Como o cliente já tinha saído comigo duas vezes e com a outra acompanhante convidada não, deixou se levar pela empolgação da novidade em alguns momentos, fazendo com que eu me sentisse excluída e mal por estar ali.
Daí você me pergunta: “por que não virou o jogo Sara? Chamando a atenção pra você também?” Eu sou uma pessoa muito tranquila e respeito o momento de cada uma. Só começo a me incomodar se aquele momento deixa de ser apenas um momento e se torna minutos. E se a outra pessoa (no caso ele) não está se importando com a minha presença, por que eu vou me esforçar para agradar alguém que está me ignorando? Comigo não funciona assim. Não cabe a mim implorar por atenção, quando o homem não sabe o real propósito de um ménage. A arte do sexo exige reciprocidade. ☝?
O verdadeiro ménage é aquele em que a troca não é desigual. É aquele em que não há egoísmo, independente de quem estiver pagando. É aquele em que no final todos conversam relaxados, embalados na mesma energia.Se multiplica o prazer e não se divide.
Enfim… o verdadeiro ménage, em toda a sua essência e magnitude, de fato, não é para qualquer um não.
Lidar com pessoas. Está aí uma coisa que nem todo mundo sabe como fazer. Seja no trabalho, na vida, onde for, sempre terão aquelas pessoas que não sabem se comunicar, respeitar ou até mesmo se colocar no lugar do outro. Hoje estou aqui para fazer um post de desabafo.
Nas últimas semanas pude conhecer homens incríveis, gentis e excitantes, que, sem querer, tornaram o meu trabalho ainda mais interessante do que já costuma ser. Também pude repetir encontros com clientes maravilhosos e selecionados, aqueles que tenho muito tesão em atender, que rola a maior química e uma troca de energia fantástica.
Contudo, sabemos que nem sempre as coisas acontecem como planejamos ou gostaríamos e estou aqui para falar dessas experiências que me chateiam e que preciso colocar para fora de alguma maneira.
Se você que estiver lendo for um homem que costuma ou quer sair com acompanhantes, quem sabe esse post te ajude a ter mais empatia por nós?
Case 1
Há vinte dias tive um encontro que, a princípio, tinha tudo para dar certo. Rapaz casado, filho recém nascido, estava apreensivo em sair com uma acompanhante, pois, não queria “trair” a sua esposa. No entanto, estava há meses sem transar e subindo pelas paredes.
O meu blog, a maneira como escrevo e me posiciono sobre certas coisas, foram os diferenciais que o fizeram querer sair comigo. “Por que achei você completamente fora da curva”, foram exatamente estas as suas palavras. “Sorte a minha que achei você. Confesso que fiquei impressionado com os vídeos e fotos. Nenhuma mulher se mostra dessa maneira. Pensei que se eu tivesse a oportunidade de sair com uma mulher igual você, não poderia deixar de aproveitar”. Muito lindo, não é mesmo? Elogios desse tipo acarícia o ego de qualquer um.
Acabei lhe dando uma atenção maior na noite anterior ao nosso encontro, conversamos bastante pelo whatsapp, pois, senti a necessidade de ajudá-lo a quebrar o gelo, visto que ele não estava tão a vontade de sair com outra mulher nessas circunstâncias.
Ele não queria ir em motel ou hotel. Tinha medo de que alguém visse o seu carro entrando em qualquer estabelecimento “suspeito” e sugeriu que eu fosse atendê-lo na sua casa. O que, confesso, me soou mil vezes pior do que ser pego saindo de um motel.
Se já é difícil para uma mulher perdoar uma traição, imagine se o cara leva a outra para dentro da própria casa e transar com ela na mesma cama que dorme com a esposa, tendo o berço do filho recém nascido ao lado?! ? Eu sinceramente não entendo a cabeça dos homens. Para algumas coisas tem tanto medo e para outras – mais absurdas – não.
Sugeri que fôssemos para um hotel e que ele fosse de Uber. Se acaso alguém o visse – o que seria MUITA coincidência – poderia inventar que estava ali para uma reunião (o que, de certo modo, seria mesmo rs). Eu também não queria que nenhuma interferência externa atrapalhasse o nosso encontro e suspeitava que se eu o atendesse em sua própria casa, poderia lhe bater a culpa a qualquer momento, tornando o nosso encontro em algo desastroso. Ele topou e então marcamos de nos encontrarmos num hotel X, tal hora, para um atendimento de 1h com probabilidades de se estender para 1:30.
Confesso que nem sempre sou pontual e que é comum eu me atrasar em alguns encontros. No entanto, quando isso acontece, sempre procuro não lesar o cliente de nenhuma maneira. Seja ficando pelo tempo total, ainda que isso me atrase para outros compromissos (afinal, a culpa foi minha) ou ficando menos tempo e recebendo menos (quando são encontros superiores a 1h), se o cliente não tiver flexibilidade de tempo para que eu cumpra a duração inicialmente combinada.
Agora quando é o inverso e o cliente que se atrasa, temos duas opções:
Se eu estiver tranquila de horário, o espero e deixo para contabilizar o tempo somente quando ele chegar (válido para pequenos atrasos) ou;
Simplesmente vou embora quando o tempo acabar e ele me acerta pelo tempo combinado, ainda que ele tenha chegado atrasado, já que a culpa foi dele e não minha.
Este aqui chegou quarenta minutos atrasado e, considerando o tempo que demorou na fila da recepção fazendo o check-in, até o momento que de fato adentramos na suíte, já estava dando quase uma hora do horário inicialmente combinado. Tentei abstrair esse ocorrido, mas, não consegui me entregar completamente ao encontro, pois, não parava de pensar que isso me atrasaria – e muito – para outro compromisso, correndo o risco ainda de eu receber menos neste atendimento, já que, não ficaríamos juntos pela 1:30 que tanto almejávamos, pois, o tempo do quarto também estava contado. (Ele alugou a suíte por seis horas e quis deixar para irmos nas últimas duas horas de uso.)
Fiquei incomodada com a falta de comprometimento dele. O quarto estava a nossa disposição muitas horas antes, no entanto, ele deixou para ir no último momento e ainda se atrasou quarenta minutos. Atrasando também a minha vida fora dali e provavelmente me pagaria menos, pois, como inicialmente combinamos 1h com probabilidades de estender para 1:30, diante das circunstâncias, ele iria ficar apenas 1h, com a desculpa do tempo do quarto não poder ser prorrogado.
Eu aceitava ficar menos tempo caso fosse uma decisão dele, por não rolar a química necessária entre a gente. E não porque ele foi um banana de se atrasar tanto, prejudicando a duração do nosso tempo juntos.
Por sorte (ou não), no final do encontro, quando foi me acertar, teve o bom senso de perguntar quanto me devia, ao invés de simplesmente me acertar por 1h sem falar nada. Visto que ele teve essa honrosa postura, respondi o que achava ser o justo, que considerando o seu atraso, o correto seria me acertar pela 1h30, afinal, eu estava desde o horário combinado à sua disposição.
Talvez ele tenha pensado que por eu morar perto do hotel e ter deixado para ir para lá somente quando ele também tivesse chegado não fosse motivo para eu cobrar o cachê total, mas, não faria sentido isso, pois, esperar para sair da minha casa somente quando ele tivesse perto, foi a maneira que encontrei de amenizar o meu desconforto na espera, ao invés de ficar plantada no hall de um hotel por quarenta minutos.
“Você vai me cobrar pelo meu atraso?” Ele rebateu enquanto pegava meu cachê, como se fosse exagero da minha parte ‘puni-lo’ por isso. Apenas dei uma risadinha para não criar um clima ruim, que se instauraria se eu respondesse o que realmente pensava a respeito da sua pergunta descabida.
Fui embora do encontro com o meu cachê completo, mas, nem por isso saí de lá me sentindo bem. Ganhei o dinheiro, mas perdi o cliente. Sei que ele não gostou disso. Deve ter me achado mercenária por cobrá-lo por algo que, ao seu ver, não foi culpa sua (e nem minha). Ainda precisei sair do quarto às pressas, – pois, seu atraso fodeu comigo – deixando-o lá ajeitando as suas coisas sozinho, antes que também deixasse o quarto, lhe causando, talvez, a impressão que eu fosse mais uma dessas acompanhantes que só estão preocupadas com o dinheiro e nada mais. Tenho certeza que a minha saída repentina também pegou mal.
Eu não preciso agradar a todo mundo, é uma coisa que ouvi de consolo de algumas pessoas que compartilhei a situação. O fato dele não ter mandado uma mensagem sequer depois do encontro – não que eu espere por isso após os atendimentos, mas, visto que dispensei um bom tempo conversando com ele na noite anterior e que me enalteceu tanto antes mesmo de me conhecer, era o mínimo esperado, caso tivesse gostado – me mostrou que, no final das contas, ele não deve ter curtido sair comigo mesmo com todas as referências que teve.
Situações como essas me chateiam. Encontros promissores que vão por água abaixo. Eu sou uma pessoa muito sensível e não gosto que fiquem com a impressão errada de mim. Gosto de voltar de um encontro sorridente, alegre, com uma energia boa, por ter alegrado a manhã/tarde ou noite de alguém e não preocupada, irritada ou atrasada. Precisava desabafar sobre isso, pois é uma situação chata que vira e mexe eu lembro.
Case 2
Outra situação desagradável é quando o cliente NÃO RESPEITA as minhas regras. Atendi um gringo que teve o disparate de gozar na minha boca!! ? Como esse tipo de situação me enfurece!! ??? Nem é pela porra em si, mas, pela falta de respeito comigo! É como se o cara estivesse me dizendo: “Olha aqui sua puta, estou cagando para as suas restrições, estou pagando e vou fazer o que eu quiser com você”.
A sua péssima atitude ainda teve um adicional, gozou num momento em que pressionou minha cabeça com sua mão, de modo que seu pau entrasse mais fundo. Por acaso queria que eu engolisse também?! ? Minha raiva foi tanta que esqueci que ele era gringo e comecei a xingá-lo em português, estava nervosa demais para processar a tradução das ofensas. Gringo de merda. ??
Daí você me pergunta: foi embora depois disto? Quase. Enquanto enxaguava a minha boca, só pensava em me vestir e ir embora, mas, me contive quando ele começou a pedir desculpas. Não por acreditar no seu arrependimento. Fiquei apenas em consideração ao meu dinheiro e ao meu tempo que gastei indo até ali. Se já estava desagradável toda aquela situação, seria ainda pior sair dali sem receber nada pelo atendimento.
Não fui mais carinhosa, nem amigável após o ocorrido. Ativei o modo mecânica e profissional que os clientes tanto reclamam e felizmente ele me liberou logo após o primeiro round, me livrando da sua pessoa desagradável e medíocre, antes mesmo do tempo acabar, sem descontar um centavo sequer do meu cachê por isso – deveria até ter te pedido um belo adicional de periculosidade -.
Se for para atender este tipo de gente, prefiro mil vezes nem sair de casa. Sugiro que ele pegue seus quinhentos reais e vá torrar na porcaria de um vintão, que será bem mais proveitoso.
Case 3
Por último, mas, não menos importante, meu último desabafo – e puxão de orelha – vai para os homens que não sabem se comunicar com uma acompanhante. Não importa se você é inexperiente, se não fala português, whatever! Nada justifica uma comunicação idiota como esta dos prints abaixo…:
Tenho PREGUIÇA de falar com pessoas que se comunicam desse jeito. Parece que estou falando com alguém desprovido de intelecto. Colocando em cheque até mesmo a credibilidade de uma pessoa dessa pagar o meu cachê no término do encontro.
Enfim…
… Tudo isso foi apenas um desabafo, de alguém que gosta muito de escrever e que encontrou na escrita, uma maneira mais gostosa de compartilhar coisas boas e ruins do seu dia-a-dia como acompanhante.
O que eu gosto? Eu gosto de sexo. Mas, não é qualquer sexo, muito menos com qualquer pessoa. Talvez eu até goste de sexo mais do que a maioria das mulheres, afinal, não é à toa que escolhi trabalhar com isso. Mas, não me considero uma ninfomaníaca não, apenas uma mulher bem resolvida que sabe usufruir dos prazeres da profissão.
Gosto de sexo com homens carinhosos. Aquele tipo de homem que sutilmente apalpa os meus seios por cima da roupa, enquanto ainda estamos nos beijando. Se ele perceber, verá que ficarei levemente ofegante quando ele fizer isso, pois, surpreendentemente, tenho muito tesão nos meus seios. Adoro quando as minhas roupas vão sendo despidas calmamente, como se ele estivesse desembrulhando um presente. E confesso que sim, fico um pouco frustrada quando ele desabotoa meu sutiã antes mesmo de tirar a minha blusa, pois, caprichei na lingerie e ele sequer verá como aquele sutiã, escolhido a dedo, acomoda os meus seios. Agora, quando ele tira a minha blusa e se afasta ligeiramente para apreciar a visão dos meus seios decotados naquela lingerie, fico ainda mais excitada só por sentir sobre a minha pele o seu olhar lascivo carregado de desejo, louco pelo que está por vir.
Gosto de sexo com homens que valorizam uma boa preliminar. E confesso que fico ainda mais louca de tesão se ele me chupar primeiro. Sou puta, mas, também sou mulher e qual mulher não gosta de ser tratada como uma princesa, até mesmo na cama? Entendo que alguns tem nojinho, por achar que uma buceta que recebe muitos paus não é digna de ser tocada pela sua língua, mas, meu rapaz… a buceta de uma puta é muito mais bem cuidada que a de uma mulher comum. Pode ter certeza disso. Justamente por ela receber muitos paus, grandes, pequenos, grossos, finos, retos e tortos que precisa estar sempre impecável, é o nosso ganha pão.
Gosto de sexo com homens que não ficam igual estátuas quando estão sendo chupados. Se já é gostoso ouvi-lo gemer ou de vez em quando soltar algum elogio ao carinho que estou fazendo nele, é ainda mais delicioso quando ele acaricia meus cabelos enquanto eu faço. É como se ele dissesse: “Boa menina, continue assim”. Me sinto ainda mais motivada a continuar com aquele boquete maravilhoso.
Gosto de sexo com homens que me viram de bruços e me chupam tanto na frente quanto atrás, mas, que o faça sem segundas intenções de ser presenteado com um sexo anal. Gosto de ser virada do avesso de uma maneira carinhosa, não violenta. E por falar em violência… confesso que também gosto de sexo com pegada. Pegada no pescoço então, me alucina. Se em algum momento ele começar a meter forte e combinar essa velocidade com uma apertada sutil no meu pescoço, minha buceta encharcará ainda mais. Gosto de todas as instâncias sexuais, porém devidamente dosadas e não exageradas.
Também gosto de sexo com porra jorrando. Na boca, na cara e principalmente lá dentro. Ainda que eu não possa fazer isso com qualquer pessoa, não quer dizer que eu não aprecie o contato com aquele líquido quente, grudento e branquinho. Aliás, toda mulher merece ter um pau amigo confiável para fazer isso de vez em quando. Senti-lo gozar no seu clitóris quando estão apenas roçando também é de levar qualquer uma ao céu. Aproveite que ele ainda está duro e deixe escorregar para dentro todo melado mesmo. A transa deve durar aí pelo menos uns trinta segundos antes dele precisar se recompor.
Sexo é mesmo muito bom. E é uma pena que ainda seja um tabu. Como também é uma pena que nem todos o vejam com olhos de prazer, como de fato ele é. É uma pena que muitas mulheres ainda não saibam o que é gozar. É uma pena que ainda existam homens na casa dos vinte ou trinta virgens. É uma pena que nem todo mundo tenha tido a oportunidade de ter a melhor transa da sua vida. É uma pena que algumas pessoas tenham se acomodado com o que conhecem sobre o sexo, ainda que não considerem tal conhecimento satisfatório, ao invés de saírem transando mais por aí. E para todas aquelas outras pessoas que querem descobrir o quão gostoso e transformador o sexo pode ser, estarei aqui, disposta e honrada em fazer parte do seu prazer.
Hoje estou aqui para compartilhar algo muito íntimo do meu passado. Algo que pouquíssimas pessoas sabem e que, com o passar dos anos, até eu tinha me esquecido. Estava eu assistindo a “Sex Education” há alguns dias (uma série da Netflix que retrata, de maneira leve e descontraída, os problemas sexuais que os jovens podem ter quando estão se descobrindo sexualmente) e quando cheguei no último episódio da primeira temporada, me deparei com algo que me identifiquei na hora. Até me emocionei enquanto assistia e agora, dias depois, resolvi falar sobre. Quem sabe assim também ajudo outras mulheres ou casais que venham a passar por esse mesmo problema?
Por ser um tema muito complexo, a solução apresentada na série foi bastante superficial. Não foi daquela maneira que resolvi e não sei se alguma mulher conseguiria resolver daquele jeito. Mas, de qualquer forma, valeu a tentativa ao pincelarem por esse assunto.
Agora vou contar um pouco da minha experiência, mas, se prepare que o post ficou gigante! Rs.
Como tudo começou…
Tive o meu primeiro namorado aos dezenove anos. Claro que, antes dele, houveram algumas tentativas de perder a virgindade (apenas duas, para ser mais específica), tentativas essas sem sucesso em que atribuí o fracasso a inexperiência do outro – um deles também era virgem – ou a incompatibilidade do lugar escolhido – com outro não estávamos numa cama – .
No entanto, quando comecei a namorar, no decorrer dos meses tentamos de várias maneiras possíveis e eu não conseguia, de jeito nenhum, suportar aquela dor da primeira penetração. Eu sabia que a primeira vez poderia doer, mas era uma dor DESCOMUNAL. E o mais bizarro de tudo: numa dessas tentativas acabou rolando naturalmente o sexo anal. Estávamos deitados de ladinho, ambos no maior tesão, tentando mais uma vez. De repente, com jeitinho, foi entrando só na saliva. Ele não tinha percebido onde tinha entrado realmente e soltou essa: “Nossa, está tão apertado que parece um cu”. Bobinho… estava no cu rs. Ficamos tão felizes e ao mesmo tempo tão esperançosos depois desse episódio, acreditando que conseguiríamos na frente, uma vez que atrás, que é o mais difícil, deu certo, mas, longe disso. O sexo vaginal continuou sendo um desafio impossível.
Quando chegamos à conclusão que definitivamente não conseguiríamos sozinhos, decidi buscar ajuda médica. A primeira ginecologista que passei, disse que eu devia ter o hímen muito colado e que talvez fosse preciso fazer uma cirurgia para rompê-lo. Algo que não me agradou em nada. Que mulher quer perder a virgindade assim? Eu queria que fosse especial, com o meu namorado, algo romântico.
Mas, se eu achava isso ruim, ficaria ainda pior. Não contente, passei com diversos ginecologistas especializados para ter mais de uma opinião e infelizmente todos diziam a mesma coisa: Eu realmente teria que fazer a tal cirurgia para poder deixar de ser virgem. Eu só precisava ser examinada por um último especialista para que finalmente liberassem o procedimento. Entrei em sua sala e contei as recomendações que tive dos médicos anteriores até chegar ali. Assim que terminei de falar, me pediu para tirar a parte de baixo e deitar na maca que iria me examinar.
Assim que ele tocou na minha vagina, estremeci, com medo do quanto aquilo poderia doer. Ele tentou mais uma vez e novamente tremi, sobressaltada com o seu toque. Com apenas isso, num milésimo de segundo, ele diagnosticou o meu problema. Pediu que eu me levantasse, me vestisse e após me sentar de volta na cadeira à sua frente, sentenciou que não seria uma cirurgia que resolveria o meu problema. “Você viu como eu nem te toquei direito e você já travou? Você mesma que trava sua vagina. O nome disso é Vaginismo.”
Vaginismo
Eis aí uma palavra que nunca irei esquecer. Uma doença psicológica que até então eu nem sabia que existia. De repente, a ideia da cirurgia para romper o hímen não me parecia mais tão ruim assim. ?
Saí da sala aos prantos, sem ter entendido direito o que eu tinha. Liguei chorando para o meu namorado e juntos, mais tarde, através de pesquisas na internet, descobrimos o que era exatamente: Uma contração involuntária do músculo da vagina. Por que doença psicológica? Porque apesar da minha vontade de transar, o meu subconsciente não me permitia por algum trauma ou crença.
Por exemplo, se meus pais fossem extremamente religiosos, que tivessem me criado com a convicção de que eu teria que me casar virgem, meu subconsciente poderia adotar aquilo como regra e assim me impedir de transar. Ou também, se eu tivesse sofrido algum abuso ou estupro na infância, meu subconsciente novamente me impediria de transar, no intuito de me proteger.
Refleti bastante sobre essas duas possibilidades. Minha mãe sempre conversou comigo sobre sexo desde que eu era criança. Ela dizia: “Remédio serve para evitar filho e camisinha para evitar doença”, é o que ela sempre repetia, mesmo eu não sabendo o que era sexo exatamente. ? Então religião ou família muito conservadora não poderia ser a causa. Quanto ao estupro, bem eu nunca tinha sido estuprada, mas peraí… Lembrei de uma situação… ?
Trauma de infância?
Me forcei a pensar em qualquer situação sexual que eu pudesse ter vivenciado na infância. Daí me lembrei de algo…
Quando eu tinha cinco anos, moramos de aluguel por um tempo em determinada casa. Se tratavam de duas casas no mesmo quintal. A dos donos ficava nos fundos e a nossa na frente. Os donos eram um casal de idosos que tinham três filhos. Um deles era bastante amoroso comigo e consequentemente me afeiçoei muito a ele. Afinal, qual criança não gosta que um adulto lhe dê total atenção? Ele brincava que era meu “namorado” e ninguém (nem mesmo eu) via qualquer malícia nisso.
Ele deveria ter uns vinte e cinco, não era moleque, mas também não era velho, me lembro que tinha boa aparência e era jovem. Seu nome era Márcio. Eu também gostava dele, mas, às vezes me incomodava o seu grude e excesso de atenção. Numa outra memória, lembro de estar em pé em algum cômodo da minha casa, com ele atrás de mim. Eu estava sem a parte de baixo e ele tentava introduzir algo no meu corpo. Não lembro de ter visto seu pênis, sequer lembro de como fomos parar naquela situação. A única coisa que me recordo claramente é que senti uma dor atrás (tenho quase certeza que ele tentou um sexo anal), eu reclamei com ele que, seja lá o que ele estivesse fazendo, estava doendo. Ele então parou e não insistiu mais. Nos mudamos daquela casa em algum momento e nunca mais tive contato com ele.
O fato dele não ter tentado continuar a força, me fez pensar que talvez isso não fosse um estupro e assim fui vivendo a minha vida, mantendo essa confusa lembrança arquivada. Só voltei a pensar nisso quando o médico disse as possíveis causas de um vaginismo. Engraçado que, quando contei o ocorrido para a minha mãe, após passar com o médico, ela se chocou, obviamente, e então rebateu: “Mas você adorava ele! Ficava dizendo para todo mundo que ele era seu namorado!”
Eu dizia?
Seria essa a causa do meu vaginismo? Mas então como eu consegui fazer sexo anal primeiro, se pelo que me lembrava foi exatamente por trás que ele tentou me penetrar?!
Mistérios do subconsciente…
Tratamento
Meu namoro ficou bastante turbulento nesse período. Comecei a passar com psicólogas, mas em nada ajudou. Elas apontavam o meu namorado como um dos responsáveis pelo meu problema, por “não saber lidar com a situação”. O que o deixava furioso, fazendo com que buscasse tratamentos alternativos pela internet em fóruns sobre o assunto. Além do que, ele achava o cúmulo alguém jogar a culpa do MEU problema em cima dele.
Teimosamente resolvi passar com outro ginecologista, já sabendo do vaginismo, para ver se me indicava algum tratamento mais prático, além das sessões com um psicólogo. Ele então me pediu que tirasse a calcinha e deitasse na maca. Era um boliviano bonitão, que atendia num escritório próprio, na rede credenciada do meu convênio médico.
Ele então começou a enfiar seus dedos na minha vagina e os rodava, dizendo que aquilo serviria como dilatação da região para uma futura penetração. Santo pai, como aquilo doía!!! ??? Quando finalmente terminou, passou a mão no meu queixo e perguntou se eu estava bem. O achei atencioso demais, mas, com receio de ser apenas uma interpretação errada da minha parte, acabei repetindo o procedimento alguns dias depois, conforme sua orientação.
Na segunda vez a dor ainda era a mesma e novamente quando terminou, se comportou de forma bastante carinhosa, me abraçando! Eu sempre ia nessas consultas sozinha e desconfiei que numa terceira vez ele pudesse tentar beijar a minha boca. Não quis pagar para ver e nunca mais voltei lá.
Meu namorado sabia mais do meu problema do que eu mesma. Me explicou que após muita pesquisa pela internet em fóruns sobre o assunto, descobriu um tratamento com dilatadores vaginais. Mas, antes de comprarmos o tal kit, ele teve a ideia de, primeiramente, eu mesma começar a tocar no meu próprio corpo.
Fomos juntos numa farmácia e me comprou uma caixa de luvas descartáveis para que, todo dia, eu tentasse introduzir meu próprio dedo dentro de mim. Coisa que eu detestava fazer. Sua insistência diária me incomodava tanto, que uma vez lhe joguei na cara que só estava interessado em me comer e ele rebatia que se fosse por isso, teria me largado faz tempo, já que não estava conseguindo.
Comecei com um dedo e após conseguir enfiá-lo, recomeçava com dois. Eu fazia isso durante a semana e nos finais de semana, quando meu namorado vinha me visitar, tentávamos transar. Nosso relacionamento passava por uma situação bastante delicada, pois ele estava cada vez mais impaciente. Reclamava que eu não estava me empenhando nos exercícios o suficiente, pois, parecia que estava enfiando seu pau num muro de concreto, já que não entrava de jeito nenhum, só escorregava para os lados. O sexo anal também já não supria mais, pois eu só aguentava uma vez por fim de semana e ele não se satisfazia com apenas uma transa no dia.
Certa vez, após mais uma tentativa sem sucesso, ficou tão nervoso que se levantou da cama bruscamente e deu um soco violento na parede! Me assustei muito, nunca tinha o visto tão descontrolado. Resultado: quebrou o dedo mindinho. Corremos para o hospital mais próximo, ele teve que engessar a mão e eu tive que lidar com as suas reclamações. Ele dizia que a culpa de tudo aquilo era minha, por EU não funcionar. Como se eu fosse um eletrodoméstico com defeito. Não sei porque não terminei com ele ao ouvir isso. Cinco anos mais nova, primeiro namorado, me deixei ser manipulada de tal maneira que eu mesma me sentia culpada por toda aquela situação.
Então, quando finalmente deu certo, não senti nenhuma emoção com o evento. Só pensava: “Ufa, minhas enfiadas de dedo surtiram efeito”. Sequer guardei a data. A minha primeira vez acabou não sendo especial quanto eu queria que fosse de tão pressionada que me sentia em tempo integral para que aquilo desse certo. No dia seguinte, quando fomos transar de novo, não tivemos o mesmo sucesso da noite anterior e novamente tive que ouvir os resmungos dele, que não aceitava que àquela altura houvessem regressos.
Mas, claro que ele já não estava mais com tanta paciência. Ficávamos juntos somente aos finais de semana e eu não conseguia fazer sexo anal mais de uma vez. Ele era um homem cinco anos mais velho, que, ao contrário de mim, não era virgem e tinha as suas necessidades. Sem contar que, desde o princípio, ele não gostou nada de saber que eu era virgem, pois, segundo suas próprias palavras, sabia que “isso” lhe daria trabalho. – E eu achando que o homem se sentia honrado quando a moça era virgem. – Mal sabia ele, que o trabalho seria ainda maior do que o que ele imaginava. ?
Vencendo o Vaginismo
Aos poucos, nossas transas foram sendo mais bem-sucedidas. Mas, eu não conseguia sentir prazer nenhum durante as penetrações. Eu me masturbava, achava que estava gostando, quando, na verdade, eu estava enganando a mim mesma. Não era possível que aquilo era o prazer sexual que todos falavam. Quanto tempo mais demoraria para eu começar a achar aquilo incrível? Em tudo que eu lia a respeito, dizia que a partir da terceira transa as dores davam lugar ao prazer, mas, de maneira alguma isso acontecia comigo. Passaram-se meses, até que cheguei à conclusão que o problema deveria ser eu. Vai ver eu que não gostava de sexo afinal. ??♀️
Porém, antes de decretar o meu fracasso sexual, determinei que precisava fazer uma última tentativa para saber se o problema era eu ou o meu namorado. Eu precisava transar com outra pessoa. Mas, como poderia se eu namorava com ele? Nosso relacionamento tinha pouco tempo (em torno de um ano e pouquinho) e ainda não tínhamos definido que seria aberto.
A oportunidade surgiu! Brigamos e saí para a balada com uma amiga. Essa minha amiga era muito popular e tinha uns amigos gatos endinheirados. Dois deles tinham casa no condomínio Arujazinho (que pelo que soube se tratava de um condomínio caro) e nos convidaram para um churrasco no dia seguinte. Saímos da balada quando o dia já tinha amanhecido e passamos na casa dela – de carona com eles – , só para pegarmos algumas coisas.
Particularmente eu não estava muito afim de ir, por dois motivos: primeiro que estava cansada, não tinha o costume de virar a noite daquele jeito; segundo que eu sentia que a minha vida não era aquela, de baladas e churrascos. Tentei convencê-la a não ir, pois preferia que dormíssemos e depois assistíssemos um filme, mas, ela estava tão empolgada e irredutível que não quis deixá-la ir sozinha.
Chegando lá, o churrasco aconteceria só mais tarde e todos se ajeitaram para dormir. Minha amiga sumiu com um dos carinhas e eu fiquei sozinha com esse, que, por acaso, era o dono da casa em que estávamos (ele devia ter uns trinta e poucos anos). Nós havíamos trocado algumas palavras durante a balada e ele pareceu ter se interessado por mim. Conversamos a respeito de assuntos diversos e eu sabia que em algum momento ele tentaria me beijar, só me restava decidir se corresponderia ou não.
Durante esse curto espaço de tempo em que flertávamos, refleti rapidamente e vi nele a grande oportunidade que eu precisava para testar se eu gostava de sexo. E quando aconteceu de nos beijarmos, não freei suas passadas de mão, até que conforme foi esquentando, me pegou no colo e me levou para uma imensa sala de cinema. Pois é, ele tinha sala de cinema dentro da própria casa rs. ?
Continuamos com os amassos, ele colocou o pau pra fora e comecei a chupar, totalmente envolvida com o momento. Ele também me chupou, mas eu só estava interessada no evento final. Estava explodindo de tesão e não aguentava mais esperar! Não usamos camisinha e também não me recordo a posição exata da sua primeira entrada, só lembro que não senti uma dor sequer! Quando ele me colocou de joelhos na poltrona da primeira fileira e me pegou de quatro, senti uma sensação indecifrável de prazer! Me sentia uma vagabunda por estar transando com um estranho naquela posição, mas, ao mesmo tempo me sentia ótima por isso! Até então nunca tinha sentido nada daquilo transando com o meu namorado. Pude então concluir, com grande alívio, que o problema não era eu. Eu gostava de sexo, demais até!
Ele não chegou a gozar, pois, fomos interrompidos por um de seus amigos que apareceu sem aviso prévio na sala e nos pegou no flagra em pleno ato sexual. (Me senti super constrangida por isso.) Alguém estava o chamando no portão para avisar que o churrasco havia começado e como não tínhamos ouvido, esse amigo veio lhe avisar.
Após o pessoal ir na frente, percebi que ele queria voltar a transar, mas, sutilmente me esquivei, falando que também já queria ir para o tal churrasco. Eu já havia concluído o meu teste e apesar de ter sido muito bom, aquela interrupção me tirou do clima. Ele não insistiu e então fomos em seu carro para a casa desse outro amigo onde a minha amiga também já estava. Ele deve ter me achado uma qualquer por ter transado com ele na maior facilidade – ainda sem preservativo – , tendo o conhecido em menos de 24 horas. Mas, mal sabia ele que era nada mais, nada menos que o segundo homem que eu transara em toda a minha vida.
E o namoro?
Não terminei com o meu namorado (anos depois, somente). Ele acabou descobrindo a minha pulada de cerca, mas, relevou (até parece que ia largar o osso tão fácil depois de todo o sacrifício que foi para conseguirmos transar rs). Contudo, transar com ele nunca foi 100% gostoso para mim, pois, de fato, as características do dote do seu parceiro influenciam (e muito) no seu prazer.
O dele era grande demais para a minha menina. Grande tanto no tamanho quanto na grossura e só quando tive a oportunidade de fazer com outro, que pude comparar. Sem contar que, por conta de todo o estresse que passamos durante o processo do meu vaginismo, meu tesão por ele diminuiu consideravelmente. Como manter o tesão por alguém que só te pressiona e por vezes te trata mal?
Contudo, reconheço que ele aguentou bastante coisa ao meu lado. Estaria sendo injusta se dissesse que ele foi um péssimo namorado, pois, tudo que aconteceu também foi novidade para ele e na medida do possível deu o seu melhor. Ainda estávamos juntos quando entrei nessa profissão. Ele me apoiava inclusive, mas, estou falando demais… isso já é assunto para outro post… ?
Ahhh… essa foi a primeira vez que me vi do outro lado. Não o lado da acompanhante, mas, sim, o da “acompanhada”. O lado da que divide o seu homem com outra. A que cede a curiosidade interior e se permite experimentar. E agora? Será que vai funcionar? Será que vou me frustrar? É o tipo de experiência que só vivendo para saber. Estaria mentindo se dissesse que não gostei. Gostei sim, é claro. No entanto, é praticamente impossível, nessas situações, não surgir o menor átomo de ciúme. E o meu surgiu quando eu menos esperava.
O primeiro round foi incrível. A garota era linda, também me excitava e era muito safada. Eu e ele sempre nos demos muito bem na cama e ela embarcou na nossa energia. Perseguida com perseguida, rolou aquele encontro das flores. Sequer me enciumei ao vê-lo penetrando outra, pelo contrário, aquela visão foi plano de fundo das minhas siriricas solitárias. O segundo round que foi punk, me arrependi de ter fechado duas horas, pois, naquele momento, o queria só para mim.
Sabe quando você sente que a brincadeira foi boa, mas que já basta? Então, eu não queria continuar. Mas, infelizmente, a continuidade foi algo inevitável e segui com o script, ainda que eu quisesse rasgá-lo e jogá-lo fora. Mais do que isso, queria que o meu homem adivinhasse os meus pensamentos por telepatia. No entanto, está para existir um hétero capaz dessa proeza ainda rs. Será que dos casais que já atendi, também rolou esse conflito interno com as mulheres? ?
É… ménage à tróis não é para qualquer um não. Contudo, de fato ajuda os casais, porque o ciúme apimenta. Vê-lo com outra foi gostoso e estranho. Gostoso até certo tempo e estranho como um todo. Me fez ver o quanto gosto dele e o quanto quero aquele brinquedo só para mim. Gozando só comigo, beijando somente a minha boca, tocando só o meu corpo. Será que sou possessiva? Ou apenas uma grande egoísta, por não querer dividir o meu doce com mais ninguém? E que doce… me lambuzo toda nele. ?
Se eu repetiria? Quem sabe daqui um zilhão de anos, quando o romance estiver desgastado? Quando ambos nos esquecermos do quão sensacional éramos juntos ou quando a paixão entre nós for apenas uma lembrança turva em nossos pensamentos? Só sei que, no atual momento, prefiro apenas compartilhar o que é dos outros a dividir o que é meu outra vez.
Se alguma mulher que já fez ménage à tróis – com outra mulher junto – , estiver lendo isso, por favor, me deixe saber o que sentiu também? Para o homem sei que é maravilhoso estar com duas mulheres, mas, e para a mulher? Como é dividi-lo? Tirou de letra?
Nota da autora: Ménage à tróis é uma experiência única na vida de um casal. A perspectiva que tive com a minha própria vivência, não quer dizer que seja essa a minha visão em relação aos outros casais que já fizeram ou que me procuram para isso.
Pessoas com muito dinheiro são mesmo um tanto estranhas. Como se escondessem algum segredo em suas entranhas. Esse atendimento foi a domicílio, o que poderia ter sido um perigo. Me surpreendi com a aparência do lugar, muito incrível as coisas que o dinheiro pode comprar. A porta de entrada para o seu apartamento era o próprio elevador, muito chique, me senti na casa de um imperador. E que vista era aquela lá de cima? Via-se São Paulo inteira, a coisa mais linda. Claro que, por fora não me deixei impressionar, ainda que por dentro eu estivesse a admirar.
Ele serviu vinho seco para nós e estranhamente eu mal ouvia a sua voz. Fomos para o sofá a fim de conversar, mas ele era muito quieto, só queria escutar. De repente as taças foram pousadas na mesa e então começamos a nos beijar. Mas como era o seu beijo? Isso já não consigo me lembrar. Após um tempo desci para lhe chupar e enquanto eu fazia, ele pareceu não se impressionar. Ficou igual uma estátua enquanto eu chupava, como se eu ali ajoelhada, não significasse absolutamente nada.
Depois nos encaminhamos para o quarto e mais uma vez ele ficou parado. Não tocou nos meus seios, nem na minha vagina, como se o meu corpo fosse uma espécie de alienígena. Vez ou outra me apertava com seus dedos, seria essa uma demonstração estranha de desejo? Após encapá-lo, comecei a cavalgar e rapidamente fiz aquele homem gozar. Foi a transa mais rápida que se pode imaginar, eu sequer pude aproveitar.
Se levantou para tirar a camisinha e se lavar, depois voltou a se deitar. Te fiz alguns carinhos para agradar, até que ele começou a cochilar. Enquanto um cafuné eu te fazia, ele se virou de costas e adormecia. Fiquei mais algum tempo nessas carícias e então anunciei que me vestiria. Chamei o Uber para ir embora e ele me acompanhou até a porta. Confesso que o achei um pouco estranho, mas talvez isso seja um engano. Apenas um encontro não dá para decifrar, como se fosse uma preliminar. Se sairei de novo não saberei, mas provavelmente não haverá uma segunda vez.