Sou aquela moça bonita que se passar do seu lado na rua, você nunca imaginará que é uma acompanhante de luxo. Com uma aparência recatada e um jeitinho inocente, prezo pela discrição e o sigilo. Admirada por alguns e odiada por outros, essa sou eu, prazer Sara Müller! (Sim, com trema no U.)
Eu não planejava postar sobre esse encontro, mas como escrever sempre funcionou como uma terapia para mim, decidi que se eu fosse realmente escrever, então também iria postar. Acho que de todos os atendimentos que eu tive, este com certeza foi o pior, psicologicamente falando. Duvido vocês acertarem de primeira o que aconteceu.
De antemão, enquanto ainda agendávamos pelo WhatsApp, ele me avisou que não fumava e não bebia. Na hora não compreendi muito bem o porquê dessa anunciação e apenas respondi: “sem problemas”. Ele me contratou por quatro horas, uma duração consideravelmente longa para um primeiro encontro, mas aceitei. Visto que nos encontraríamos num quarto de hotel e não um motel, que tivesse alguma hidro ou piscina para ajudar a passar o tempo, já fui preparada para longas quatros horas com uma pessoa que nem um vinhozinho rolaria.
Ele me encontrou na entrada do hotel e subimos para o quarto. Logo de cara notei que ele fazia o tipo introspectivo. Ele também tinha uma cara séria, o que até brinquei em determinado momento do encontro, dizendo que ele tinha cara de mau. Perguntei se já tinham dito isso a ele, ele deu um sorriso e disse que sim, até que lancei a pergunta: “e você é?” e ele mais uma vez riu e disse que não. Via-se que ele não era uma pessoa carismática, então sempre era eu que tentava puxar algum assunto.
Quando adentrei na suíte, sugeri colocarmos uma música – acabei colocando do meu celular mesmo – , e fazer uma alteração nas luzes – troquei aquela luz branca, que remetia a hospital e que mais parecia um holofote em cima da gente – por uma penumbra mais sexy, acendendo as luzes da cabeceira da cama. Feito tudo isso, começamos a nos beijar.
Como tínhamos quatro horas pela frente, não me preocupei em conduzir nada e ficamos um tempão nos beijando, ainda de pé. Já nos beijos começou a ficar gostoso, ele podia não ser muito de conversa, mas via-se que na intimidade não era bobo. Durante o nosso beijo rolaram algumas passadas de mão bem sensuais na minha parte íntima por cima da roupa e ele, como um bom macho alfa, no tempo certo me conduziu para a cama.
Ele sabia exatamente como tratar uma mulher. Fez todas as carícias em mim primeiro. Chupou os meus seios e sem muitas delongas já desceu para chupar a minha buceta. Não foi o melhor oral da minha vida, mas também não foi o pior, estava mais gostoso do que ruim, não cheguei a gozar.
Depois voltamos a nos beijar e a nos amassar, até que foi a minha vez de chupá-lo também. Fiquei lá me deliciando, até que ele, com delicadeza, me puxou para cima. Ele disse que queria me chupar e eu, deduzindo errado como seria esse ‘chupar’, fui me posicionando para sentar na cara dele, rs. Ele desviou e pediu que eu deitasse de costas, se referia a chupar meu cu. ? Achei delicioso. Me chupou por um tempão, de um jeito super gostoso. Depois me virou e chupou a minha buceta mais uma vez e notei que ele começou a se masturbar enquanto me chupava, assisti-lo me deixou ainda mais excitada! Depois voltamos a nos amassar e alguns minutos depois peguei a camisinha. Encampamos e ele veio por cima.
Como tínhamos dispensado bastante tempo nas preliminares, eu estava mega excitada e também me masturbei enquanto ele me penetrava. Ele metia de um jeito gostoso, começando bem devagar, curtindo as sensações, até que, depois que gozei, acelerou para gozar também. Foi uma transa muito gostosa.
Ele foi ao banheiro retirar o preservativo, se lavar e quando retornou me ofereceu água – que aceitei – , deitando-se ao meu lado na sequência. Me aninhei em seus braços e puxei assunto, diante daquele silêncio. Descobri que ele já era aposentado, aos 38 anos, o que achei bem estranho, mas que fará algum sentido mais para frente. Perguntei se ele era comprometido e disse que não, que fazia tempo que estava solteiro, mas sequer mencionou alguma namorada ou casamento no passado, o que novamente estranhei, ele era bom de cama, não era possível que nunca teve um relacionamento duradouro com alguém.
A outra coisa que achei estranha foi ele dizer que viajaria até quando conseguisse. Ahh, esqueci de mencionar que ele estava em São Paulo a passeio, mochilando pelo Brasil. Parecia papo de pessoa em estado terminal e perguntei se ele estava bem de saúde, respondeu que sim e nada mais disse. Conversar com ele não estava sendo a prosa mais animada, até porque ele não me fazia nenhuma pergunta de volta, o que evidenciava ser apenas eu a interessada em conversar.
Então, logo mais iniciamos as preliminares do segundo round. O chupei, ele também me chupou, mais algum tempo de beijos e amassos, até que novamente encampamos o menino. A segunda transa começou exatamente igual a primeira. Iniciamos com papai e mamãe, até que me colocou de bruços e meteu nessa posição até gozar. Mais uma vez não saiu de imediato, fazendo leves movimentos como se ainda estivesse penetrando, mesmo quando já tinha finalizado. Curti a sensação do seu pós gozo com ele, até que saiu e foi se lavar.
Quando retornou, me serviu mais água, perguntou se eu estava com fome e respondi que não, fui bem alimentada, uma vez que o encontro seria longo e ele não mencionou nada sobre jantarmos durante esse tempo. Novamente me aninhei em seus braços e tive a infeliz ideia de puxar assunto sobre algo que tem estado presente em todas as rodas de conversa hoje em dia: a pandemia. Comentei algo como:
-Poxa, novamente esse lockdown, igual no ano passado. E eu achando que um ano depois tudo estaria melhor.
E foi aqui que a conversa começou a desandar…
-As coisas não vão melhorar.
-Por que não?
-Muitas coisas ruins vão acontecer.
-Que tipo de coisas?
-Coisas ruins.
Todo enigmático nas suas falas, o que só me fazia querer arrancar mais. Continuei insistindo.
-É complexo pra explicar. – Ele relutava em me contar algo.
Eu devia ter encerrado o assunto ali, mas, ariana e jornalista, a curiosidade estava gritando.
-Me conta.
-Não sei como dizer.
-Essas coisas ruins que você fala são tipo tragédias naturais?
-Também.
-Tipo o que?
Continuei insistindo, até que ele soltou que aconteceria um terremoto.
-Onde?
-Na América do Norte.
-E aqui?
-Não sei como vai afetar aqui, mas irá afetar todo o planeta.
-Como você sabe disso?
-Sabendo.
Eu continuava insistindo, pois achava que ele fosse me dar alguma informação fundamentada.
-Mas como você sabe? Você é tipo um vidente?
-Não.
-Então como sabe?
-É complexo pra explicar.
-Eu quero entender.
Relembrando esse diálogo vejo que eu ‘cavei a minha própria cova’ ao me aprofundar nesse assunto, mas vocês não concordam que a própria conversa conduz para que façamos isso? Quem não quer desvendar um mistério? Rs. Ele ficou em silêncio.
-Todo misterioso ele. – Brinquei, tentando convencê-lo de que podia confiar em mim.
Foi quando ele começou com um papo bizarro. Teoria da conspiração, seguidores do satã na terra, futuro apocalíptico a caminho, visões, vozes, aos poucos fui ficando cada vez mais assustada. Continuei dando corda cada vez mais, fazendo questionamentos, buscando entender a mente dele, mas confesso que por dentro eu estava horrorizada. Já assisti muitos filmes de suspense para saber que ao se deparar com uma pessoa assim, você não deve nunca bater de frente com ela e sim entrar na brisa do sujeito, foi isso o que fiz.
Segundo ele, em determinado momento da sua vida, sem aviso prévio, a sua mente se expande. Uma chuva de pensamentos e lembranças vem à tona, lhe deixando na dúvida se aquilo que você lembrou realmente aconteceu. Disse que fizeram uma amarração com a gente e que nesse momento da revelação é muito perturbador, pois descobrimos que pessoas próximas a nós tramaram tudo isso.
-Mas por que essas pessoas fizeram isso? – Perguntei.
-Fizeram um acordo com o satã em troca de algo que não sei. São amarrações que levam anos para fazer efeito em nossas vidas.
-Mas essas visões que você teve só assustam ou machucam também?
-Elas não machucam, fazem com que você mesmo se machuque, querer se matar, por não estar dando conta das vozes e visões.
Fiquei muito assustada com tudo que ele estava me dizendo, pensando em como seria terrível se algum dia aquilo também acontecesse comigo. Ele disse que o diabo atua implantando pensamentos ruins na nossa mente (e eu que achava que dentro da nossa mente fosse um lugar protegido), fazendo um link com a frase de Jesus, ao ser pregado na cruz, quando pedia para que Deus os perdoassem, pois eles não sabiam o que estavam fazendo.
-Eles não sabiam o que estavam fazendo porque o pensamento não era deles, foi o satã que implantou pensamentos ruins nas cabeças daquelas pessoas.
Determinada hora pedi licença para fazer xixi e quando espiei no meu relógio de pulso ainda nos restava pouco mais de meia hora. Eu não podia ir embora de repente, precisava manter a boa relação até o final, fiquei com medo de que ele, contrariado, me atacasse. Sabemos que pessoas com esse distúrbio, se entrarem numa brisa ainda pior, podem atacar qualquer um.
Ele fez muitos links com coisas escritas na Bíblia, mesmo ressaltando que não seguia nenhuma religião. Disse até que conseguia ver a marca da besta na testa das pessoas (aquela numeração de três dígitos que todo mundo sabe) que eram seguidoras do satã. Perguntei se ele também via em mim e nesse momento ele baixou sua cabeça em direção ao seu travesseiro (estávamos deitados de bruços), ficou alguns segundos em silêncio, até que respondeu baixinho: “um pouco”. Gente… mas eu sou uma pessoa super do bem, de Deus! Pensei alarmada. ?
Em outro momento da conversa, do nada, novamente ele baixou sua cabeça daquele jeito no travesseiro, em silêncio, por alguns segundos, me causando uma forte sensação de que ele levantaria bruscamente e me atacaria, daí pedi que ele parasse de ficar daquele jeito, que estava me assustando. Felizmente ele voltou a si, saindo daquela introspecção sinistra.
Quando faltava meia hora, tentei mudar o foco do encontro, dizendo que o nosso tempo estava acabando e que se ele quisesse fazer mais alguma coisa, seria bom começarmos naquele momento. Até ofereci uma massagem, mesmo sabendo que não tinha mais clima para sexo. Ele disse que não precisava, então seguimos conversando.
Quando fui me banhar, fiquei com muito medo de dar algum surto nele durante esse tempo que eu estava ausente no quarto e me atacar no chuveiro. Me assustei quando ele entrou de repente no banheiro segurando o meu celular. Prestes a ele passar pela porta, ouvi um som diferente, parecendo uma sirene, e ele surgiu dizendo que a polícia militar estava me ligando. Oi? Eu continuava tão tensa que enquanto ele estendia o celular para que eu visse, num milésimo de segundo vislumbrei ele me atacando de supetão com meu próprio telefone, tomei da mão dele rapidamente e olhei que não tinha nenhuma chamada perdida. – Depois compreendi que o que deve ter acontecido foi que ele, tentando abaixar o volume da música, ativou a chamada de emergência, o Iphone tem dessas, rs. –
Até o último instante do encontro fiquei com medo, inclusive, dele não me pagar. De dar algum surto, me botar pra fora e não me acertar pelas quatro horas que passamos juntos. Mas não, felizmente deu tudo certo. Ele contou que estava com sono (também, depois de gozar duas, rs), mas que estava tendo muitos pesadelos. Segundo ele, ter essas revelações o faz um conhecedor da verdade do universo, enquanto nós, o resto das pessoas que ainda não tiveram essa clareza, fomos amarrados por preceitos, mas que em algum momento Jesus irá virar a chave da nossa mente para que vejamos tudo isso também.
Enquanto no quarto, eu me comportava como se tudo que ele estivesse me contando fosse uma grande descoberta, você jamais diria que eu estava com medo. Mas quando fui embora comecei a me sentir mal. Muito mal. Sentia como se todas as coisas horríveis que ele falou eu fosse começar a enxergar também muito em breve. No Uber de volta para casa já mandei mensagem para a minha vizinha de porta, perguntando se ela poderia me receber. Eu precisava conversar com alguém antes de ficar sozinha com os meus gatos.
De certa maneira ele conseguiu entrar na minha mente, de um jeito que eu não conseguia abstrair tão facilmente. Minha vizinha é tão amiga que me recomendou até uma meditação de limpeza de DNA. Quando entrei em casa, acendi um incenso, rezei, mas as lembranças de tudo que ele me contou não passava. Dormi com a tv e a luz da sacada ligada. Sempre adormeço ouvindo uma meditação, mas desta vez, enquanto eu tentava mentalizar as luzes que a meditação guiava, só vinha o preto. Parei a meditação, aumentei a tv e abracei o meu gato que dormia ao meu lado. Adormeci assim.
Não tive sonho, porém, acordei 4:19 da madrugada (duas horas depois) com sede e desconfortável. Foi quando cheguei a conclusão que botar tudo isso para fora, escrevendo, me ajudaria e duas horas depois, finalizava o rascunho dessa postagem. Terminei de escrever umas 6:43, voltei a dormir e agora sim tive pesadelo! O dia já estava claro e lá estava eu tendo pesadelos pela manhã, rs! Acordei uma hora depois, perturbada. Rezei o “Pai Nosso” umas três vezes e voltei a dormir. Ufa, agora sim consegui ter um sono tranquilo.
Engraçado que quando eu estava a caminho dele, recebi a mensagem de um outro cliente que eu já tinha saído, como se fosse um alerta para eu não ir:
No outro dia, conversando com um médico, que entende do assunto, tive a seguinte aula, que achei relevante anexar aqui. Eu achava que esse cliente fosse esquizofrênico, mas, segundo o médico, pode até ser maníaco. Só dar play abaixo:
Eu pretendia bloqueá-lo alguns dias depois, para não ficar muito na cara que não gostei, mas antes que eu o fizesse, ele me procurou de novo:
Quando resolvi responder, ele já tinha me bloqueado. Melhor assim. Espero que fique bem.
Já fazia três meses que eu não atendia casal. A proposta surgiu repentinamente para o mesmo dia. Casal de médicos, ambos vacinados, fui mais tranquila. Combinamos num hotel em Santo Amaro, consideravelmente longe do meu percurso, mas fui! Adoro esse tipo de aventura! Assim que cheguei, ele me buscou no hall, enquanto ela nos aguardava no quarto. Conversamos um pouco no trajeto até a suíte e ele disse que já me acompanhava há algum tempo, gosto quando tenho esse tipo de retorno. Assim que a porta da suíte se abriu, a avistei. Ela usava um vestido preto decotado e curto, com tecido brilhoso, estava bem sexy.
Surpreendentemente a sua esposa tinha o mesmo biotipo que o meu, loira, magra e cabelo curto, eu só era um pouco mais alta. Me serviram champagne, bebemos e conversamos um pouco em pé, até que ele me convidou a sentar. Sentamos eu e ela, lado a lado, enquanto ele continuava de pé. Quando ele resolveu se sentar, estranhei que não escolheu ficar no meio de nós duas e ofereci trocar, mas ele disse que não, eu que ficaria no meio dos dois! Hummm… já senti aquela maldade que adoro!
Conversa vai, conversa vem, ele tomou a iniciativa de me abraçar primeiro, até que grudamos os três, beijo triplo, beijo revezado, o negócio já começou quente! Em menos de meia hora de conversa fomos para o quarto. Sugeri colocarmos um sonzinho (definitivamente sou a louca das músicas, rs), o hotel era antigo e não tinha caixinha de som, então ofereci deixar tocando pelo meu celular (voltei para casa com 10% de bateria, com o carregador dentro da bolsa o tempo inteiro! Rs), eles aderiram e obviamente coloquei aquela minha playlist marota, Músicas Sensuais, que criei justamente para esses momentos.
Música tocando, The xx abrindo caminho, nos reunimos no centro do quarto, os três grudados, bebendo e se tocando em uníssono. Nesse momento os dois me fizeram de sanduíche e me senti sendo devorada de uma maneira muito gostosa! Beijava ela, enquanto ele me encoxava, mãos bobas passeando pelos corpos, parecia que éramos uma coisa só.
Enquanto ainda estávamos no sofá, ela tinha me avisado que não era ciumenta e que eu poderia interagir bastante com ele também, algo que, confesso a você, levei um certo tempo para aderir, pois primeiro preciso sentir se a mulher está sendo realmente sincera ou se está falando pelo parceiro. Quando a ouvi elogiar, mais de uma vez, que aquilo estava gostoso – a pegação entre nós três, comigo beijando seu pescoço e ele me encoxando – , acreditei que ela realmente devia ser uma mulher mais liberal. Me joguei!
Depois invertemos o sanduíche e a colocamos no meio. Ele me beijava, enquanto a encoxava, uma putaria só! Comecei a despir a roupa dela e em poucos minutos éramos duas usando apenas uma calcinha. A roupa dele demorou para sair, mas quando saiu me surpreendi com o tamanho do rapaz. Ele tinha comentado de antemão, no início do champagne, que o seu membro estava acima do que eu aceitava (isso quando eu tinha aquelas restrições com o tamanho do dote), ao que eu esclareci que estas regras estavam fora de validade, rs. Comecei a chupá-lo e a chamei para chupar comigo, fiquei nas bolas por um tempo, enquanto ela mandava ver no pau. Depois ela subiu para beijá-lo e foi a minha vez de abocanhá-lo. Em alguns minutos voltei a beijá-la e masturbei ambos, ao mesmo tempo, com cada uma de minhas mãos. (Me surpreendi em como eu estava multifuncionalidades neste dia! )
Depois ele nos conduziu para a cama, como um lobo pronto para atacar as suas presas. Enquanto ele trazia as nossas taças, eu a deitei de um jeito que eu pudesse chupá-la. Esse era o meu momento. Quando abri as pernas dela, me surpreendi em como sua xaninha se parecia com a minha! Era praticamente igual na verdade! Achei engraçado a coincidência e comentei com eles que éramos iguais, todos demos risada.
A chupei exatamente como gosto que me chupem. Com delicadeza e suavidade. Língua mole, deslizando com cuidado. Minha boca estava na xana dela e meus olhos estavam nos dois, que se beijavam excitantemente. Depois ele se posicionou, de joelhos, para que ela o chupasse e assisti tudo de camarote! Ao longo do processo, desconcentrei ela um pouco, conforme eu avançava na velocidade da chupada.
Chupar o outro é mesmo uma coisa muito sensorial. Ao perceber que seus gemidos ficaram mais intensos, comecei a acelerar os movimentos para acompanhá-la. Após um tempo senti um tremer quase imperceptível do seu corpo e achei que ela tivesse gozado, já estava desacelerando de novo, até que quis me certificar se ela tinha ido mesmo. Me respondeu que não, com um risinho maroto, retomei com toda a minha força lingual no mesmo momento. Ela veio e desta vez tive certeza!
Depois que a fiz gozar, eles voltaram as atenções novamente para mim e ele anunciou que era a minha vez de ser chupada! Achei que seria ele quem me chuparia, mas ela tomou a frente e foi primeiro. Hummm, gostei! Daí ele fez comigo o mesmo que fez com ela, minutos atrás, nos beijamos e depois ele se posicionou, de joelhos, para que eu também o chupasse. Chupar um pau com o pescoço de lado é uma tarefa injusta, ele não entra tão fluído como com a cabeça de frente, mas fiz o possível para dar o meu melhor.
Depois ele também me chupou, deliciosamente, mais habilidoso que ela. Ficamos nas preliminares por um tempão antes da primeira penetração. Nossa interação era mesmo como uma coreografia, só que livre, de improviso, mas tudo se movimentando com harmonia e fluidez. Depois que o chupei, chegou o momento de transarmos, obviamente que eu, sendo a novidade, fui a primeira e ser penetrada.
Ele cuidadosamente veio no papai e mamãe e ela se deitou ao meu lado. Nos beijamos no começo da penetração, enquanto ele estava mais devagar, até que quando ganhou um certo ritmo e velocidade, comecei a me masturbar. Fiquei algum tempo me masturbando enquanto ele entrava e saía bem gostoso, até que gozei maravilhosamente. Daí ele aproveitou o meu momento para dar uma pausa e não queimar largada.
Assim que me recuperei, fui por cima e enquanto eu sentava, eles se beijavam. Cavalguei por um tempo, até ele dizer que também queria pegar ela. Achei que ele só fosse tirar a camisinha, mas fez uma pausa completa e foi tomar banho. Nesse meio tempo eu e ela começamos a bater papo sobre o seu silicone. Ela era uma mulher mais madura, muito bonita, se cuidava muito bem, me contou o que a motivou turbinar os seios. Ele voltou, adentrou na conversa, mas dali a pouco voltamos as preliminares. Ajudei a reanimá-lo no sexo oral e quando ficou no ponto, a colocou de quatro.
Antes que ele a penetrasse, pedi licença para lubrificá-la e, com ela de bundinha arrebitada, dei uma bela lambida na sua buceta. Quando ele a penetrou, fiquei um pouco confusa do que fazer, não sabia se dava atenção para ela ou para ele, mas daí rapidamente ele resolveu essa minha questão interna e me puxou para beijá-lo, enquanto bombava nela. Depois ela foi por cima e nesse momento fizemos algo que eu nunca tinha experimentado!
Ela se deitou por cima dele e me conduziram a deitar por cima dela, que estava de costas para mim. A princípio não entendi muito bem qual era a ideia, mas conforme fui me deixando levar e comecei a fazer movimentos de vai e vem também, percebi que o meu movimento ajudava no dele, lhe dando maior intensidade na metida. Ficamos assim, nessa dança coreografada, com ela gemendo que aquilo estava delicioso. Após algum tempo, sem ninguém precisar falar, fomos diminuindo o ritmo até sairmos da posição naturalmente. Trocaram de posição novamente, desta vez ele a pegou no papai e mamãe.
Logo que a transa começou, enquanto eu os assistia, percebi que ela não se masturbava durante a penetração. Achei aquilo um grande desperdício e, ousadamente, comecei a masturbá-la com a minha mão direita, enquanto também me masturbava com a mão esquerda. (Felizmente, a masturbação é a única coisa que consigo fazer com as duas mãos!) Novamente multifuncionalidades! Tive que tomar bastante cuidado para não atrapalha-lo ou dar alguma unhada no seu pau.
Mais uma vez, fiz com ela o mesmo que gosto que façam comigo. Tomei o maior cuidado começando devagar, pois meus dedos estava secos e eu não sabia se ela já estaria lubrificada o suficiente. Não foi nada interno, a masturbei no clitóris. Após um tempo nessa delícia, senti ela ficando mais molhada e seus gemidos ficando mais intensos. O fato dela, notoriamente, estar quase gozando, me deixou muito perto de gozar também. No entanto, no decorrer da carruagem, percebi que, com o orgasmo se aproximando, eu não conseguiria focar nas duas e decidi então focar nela. Naquele momento, novamente eu entendi o porquê que um homem gosta de ver uma mulher gozando.
Ao notar que ela tinha gozado, ele também foi desacelerando. Ele ainda não tinha ido e fez uma nova pausa, indo tomar outro banho. Desta vez, o meu bate papo com ela foi sobre as outras vezes que eles fizeram ménage – são um casal muito safado, fazem sempre -. Quando ele retornou, novamente participou da nossa conversa, até que me puxou para mais um beijo e combinou com ela que iria gozar comigo.
Voltamos as preliminares, para logo depois ele me colocar de quatro. Ela estava deitada do outro lado da cama nos assistindo. Comecei a me masturbar, mas o que fez mesmo ficar ainda mais gostoso para mim, foi quando a vi se masturbando também, enquanto nos assistia. Foi uma soma de dois sensoriais maravilhosos juntos (clitoriano e vaginal) e um visual, estava tudo delicioso. Vê-la se masturbando, ao mesmo tempo em que ele me comia, me deu um tesão enorme e foi o que me fez gozar. De repente ele desacelerou antes da hora, achei que ele já tivesse gozado e pedi que continuasse. Ele, obedientemente atendeu o meu pedido, contribuindo para que eu tivesse um extasiante clímax!
Quando gozei, achei que fôssemos interromper a transa e só então entendi que o danadinho ainda não tinha gozado. Me levou para a frente de um espelho, fora do quarto, perto de um closet e comigo em pé toda empinadinha, gozou me olhando pelo reflexo enquanto bombava forte. Safado. Depois ele voltou para o quarto, ficar junto dela, e eu aproveitando que estava perto do banheiro, fui fazer xixi. Ainda tínhamos algum tempo, então tomei uma ducha rápida e voltei para a cama com eles.
Bebericamos um vinho e conversamos bastante, nesse tempo que restou não rolou mais sexo, estávamos exaustos. Ao final, lhes dei o meu livro autografado de presente e saí de lá me sentindo tão leve, que poderia até flutuar.
Sumi de novo, né? Eu sei. Estou bastante envolvida em alguns projetos pessoais, o que me faz ficar ausente aqui. Me perdoam? ❤️
Hoje, no Dia Internacional da Mulher, vim contar uma experiência que me aconteceu há exatamente um mês. Mas antes de contar deste encontro em questão, tenho que mencionar outro.
Um belo dia fui atender um médico no motel Lush. Bonitão, olhos claros, quarentão (ou era um cinquentão bem conservado? ?). Os beijos desenrolaram rápido e em pouco tempo ele já estava me chupando. Seu oral estava gostoso, mas eu não conseguia relaxar plenamente. Então, em determinado momento, pedi que me deixasse chupá-lo também, afinal, quem deveria ser mimado ali era ele.
Daí ele se deitou, porém, para a minha frustração, ele não estava duro. Tive que reanimá-lo na boca, o que deu um certo trabalhinho. Chupei de todas as maneiras possíveis, tentando descobrir qual jeito ele mais gostava, enfim, consegui deixá-lo ereto. Mais algum tempo de oral e quando pensei que ele fosse pedir pela camisinha, quis voltar a chupar a minha buceta. Curti. Voltamos a inverter os papéis e, desta vez, enquanto ele me chupava, introduziu seu dedo nela.
Introduzir o dedo em mim é uma coisa meio incerta. Tem dia que quero, tem dias que não. Esse foi um dos que não, mas deixei porque ele já estava difícil com a ereção, também não queria que me achasse fresca ou cheia de não me toque. Contudo, o jeito que ele dedava, me causava mais desconforto do que prazer, ele disse: “Sabia que consigo fazer você esguichar?” Eu não queria esguichar. Fiquei muda enquanto ele tentava me mostrar algo novo.
Daí conforme ele ia mexendo com seu dedo lá dentro, senti um desconforto duplo, seu dedo se mexia de maneira grosseira e a sensação que ele me causava era como se eu estivesse apertada para fazer xixi. Ele dizia:
-Relaxa, deixa vir.
-Mas e se for xixi? – Perguntei preocupada.
-Só relaxa. Não é xixi.
Não consegui relaxar. Seu dedo estava muito rude lá dentro e doía. Quando aquela vontade – que eu nem sabia o que era – se aproximava, eu segurava. Não embarquei na dele e dali a pouco ele desistiu. Reiniciamos as preliminares e sempre voltávamos ao mesmo ponto, com ele enfiando o dedo em mim, fazendo aqueles movimentos que me causavam uma sensação estranha.
Conseguimos transar algumas vezes – intercalado com essas preliminares – mas ele nunca gozava, perdia a ereção e voltávamos as preliminares. Percebi que ele estava muito insistente em enfiar o dedo em mim, vira e mexe lá vinha ele. Em determinado momento até me pediu que eu ficasse de cócoras, enquanto ele fazia. “Esse deve ser o lance dele”, pensei.
Foram as duas horas mais longas que já tive com um cliente. Quem também é acompanhante sabe o quanto dá trabalho quando o pau do cara não coopera. Ainda mais somado ao seu tesão peculiar em me dedar daquele jeito que estava longe de me excitar. Ossos do ofício, alguns serão incríveis, outros nem tanto assim.
O Cortejador
Passado poucos dias, conheci o “Cortejador”, é assim que vou chamá-lo. Ele me “contratou” para apenas um almoço de duas horas. Achei o máximo, bem diferente do que costuma aparecer. Nos encontramos em um restaurante X e conversamos tanto que até passamos do tempo (ele me acertou o tempo excedente, é claro). Almoçar mesmo não, ficamos só nós petiscos e dá-lhe vinho goela abaixo. Até fiquei alegrinha. ?
Alguns dias se passaram e ele me contatou para um encontro mais longo, tipo passar o dia. Nos encontrarmos no horário do almoço, almoçar e ficar até umas 19h. Novamente me surpreendeu, passar o dia, sem estar viajando com a pessoa, é outra coisa que há algum tempo também não tem aparecido. Combinamos o cachê, dia e horário. Ele reservou uma suíte no Hotel Unique e chegou uns vinte minutos atrasado.
Quando subimos para a suíte, ele já queria que fôssemos para a piscina – tinha me avisado para levar roupa de banho – e sugeri almoçarmos primeiro, afinal, eu tinha deixado de comer em casa, a seu pedido. Ele decidiu que pediríamos algo para comer na piscina mesmo e novamente fomos de petiscos.
Comecei a me despir na sua frente para vestir o maiô. Ele elogiou o meu corpo e nesse momento trocamos um beijo. Ao chegarmos na piscina, só tinha nós de hóspedes lá. Conversamos bastante, bebemos vinho branco, estava sendo uma experiência bem diferente para mim, sendo paga para realmente acompanhar e não apenas transar.
Lá pelas quatro horas da tarde, fomos para o quarto. Conversamos e bebemos mais e então ele se voltou para a minha menina. Lubrificou seu dedo com um gelzinho, que ele mesmo levou, e introduziu seu dedo em mim, com o mesmo propósito que o outro cliente que citei mais acima. Contudo, com este não estava desconfortável como com o outro, talvez por ele ter lubrificado bem os dedinhos ou por eu estar mais relaxada por conta da bebida ingerida. Daí fui entendendo o que era aquele “esguichar” que o outro queria ter provocado em mim.
Descobri que aquela sensação estranha que remetia a fazer xixi, na verdade não era urina e sim a tal da ejaculação feminina. Ele conseguiu me deixar mais relaxada para a situação, o que também poderia ser por eu já ter saído com ele antes, enfim, acredito que foi uma série de fatores. Ele também estava mais cuidadoso com o dedo. Senti vindo a ejaculação e relaxei. Ele me garantiu que não era xixi. Percebi que até o meu jeito de gemer mudou nesse momento. Foi uma experiência diferente, interessante e reveladora sobre mim mesma e o meu próprio corpo. Porém, aqui entre nós, confesso que ainda prefiro o gozo clitoriano. Mil vezes mais gostoso. ?
Ele me fez ejacular mais de uma vez. Depois de uma sessão voltávamos a conversar e mais tarde ele me estimulava novamente. Eu mal toquei nele, me disse que sentia mais prazer dando prazer do que recebendo e que só transaríamos num próximo encontro, por não gostar de pular etapas. Foi um encontro interessante. Ele me fez descobrir algo que nem eu mesma sabia que eu era capaz. Não “esguichei” de espirrar nele, não, apenas sua mão que ficava molhada conforme ele ia e voltava com os dedos.
Novamente acabamos passando do tempo e outra vez ele me acertou por isso. Voltei para casa super reflexiva sobre o que tinha acabado de experimentar. Ele disse que conforme eu fosse praticando, mais prazer eu sentiria daquele jeito. Fiquei pensando comigo: “Será?”, segundo ele, se eu relaxasse mais durante o ato, eu poderia sentir o orgasmo com o corpo inteiro. Com o corpo inteiro?? Intrigante… muito intrigante…
Porém, quando cheguei em casa e fui ao banheiro fazer xixi, gente, senti uma dor hor-ro-ro-sa!! Eu não consegui nem terminar de tanto que doía. Que relação aquilo poderia ter com a ejaculação? Estranhei muito tudo aquilo. No dia seguinte foi igual, tive até que cancelar meus compromissos, para poder entender melhor o que estava acontecendo com o meu corpo. Tentei passar com um Gineco, mas uma consulta para o mesmo dia não é uma tarefa fácil de conseguir.
Enfim, não foi algo que melhorou da noite para o dia, mas foi amenizando e conforme a dor se abrandava, consegui então identificar o que era. Infecção urinária, gente, é algo que, infelizmente, pode ocorrer após uma relação sexual. É causado por bactérias existentes entre o ânus e a vagina. Se essas bactérias migram para o lugar errado – ou seja, para a bexiga – resulta nisso. Por isso que os médicos sempre recomendam que nós, mulheres, façamos xixi após toda e qualquer transa.
Em suma, a forte dor e o problema que me causou depois, tirou todo o brilho da experiência que vivi. Já tive infecção urinária outras vezes, mas nunca tinha sido tão forte quanto desta. Levou mais de uma semana para eu me curar, tive que tomar antibiótico por dez dias e até o último dia de remédio, ainda sentia o desconforto. Ou seja, fiquei um bom tempo de molho, por conta de um atendimento. Claro que a culpa não é do cliente, pelo contrário, seu intuito foi me apresentar uma coisa nova que eu não conhecia. Mas confesso que dei uma leve traumatizada. Por hora não gostaria de repetir o squirting não! Rs.
Li algumas coisas a respeito do squirting na internet e fiquei um tanto curiosa em conhecer outros relatos de mulheres que também tenham vivenciado isso, então, direciono esse post a essas mulheres que, assim como eu, ainda estão descobrindo o seu corpo! E, claro, se alguém que estiver lendo já passou por uma experiência parecida (se tratando da ejaculação feminina) ou conhece alguma história interessante a respeito, compartilha aqui nos comentários! Vou adorar ler também! ?
Um beijo, até a próxima postagem e feliz Dia Internacional da Mulher para todas as mulheres! ❤️
P.S.: O videoclipe é estranho, mas a música é legal!
De repente ela acordou numa cama. Cheia de tesão e estava acompanhada. Começou as atividades sexuais com um cara que ela não conhecia. Preliminares, o colocou para chupá-la. Era um quarto vazio, sob uma luz amarela e só existia a cama e uma música de fundo que ela ouvia só na sua cabeça. Rihanna talvez? “Umbrella”? A melodia era tão nítida como se fosse real. Começou a transar com o cara e em pouco tempo ela já estava quase gozando, sem nem se masturbar, só podia ser um devaneio mesmo.
De repente a transa com ele ficou sem graça e ela saiu do quarto pelada, como se buscasse uma nova vítima. Andou por um corredor, encontrou uma escada que dava num portão. Sabe aqueles portões vazados? Do tipo que você consegue ver do outro lado dele? Usados em quintal? Ela avistou mais alguns homens do outro lado deste portão e conforme se aproximava, os rostos ganhavam nitidez ou não, aquele típico sonho em que ora está nítido, ora sem foco.
Conforme se aproximava de um deles, já se preparou para atacar, mas o cara não entrou na brincadeira, devia estar atrasado para ir trabalhar. Se foi, de repente não estava mais ali. Ela decidiu voltar para aqueles corredores, subiu novamente as escadas e se encontrou na mesma localização que estava até poucos minutos atrás. Um extenso corredor repleto de muitas portas, iluminado pela luz nublada do dia, que vazava pelas janelas.
Bateu numa porta qualquer e dela saiu um homem bem mais velho e não tão atraente. Ele estava pelado e ela, com muito tesão, decidiu ignorar a sua aparência e começou a seduzi-lo, mas ele estava tenso, pois sua mulher estava dentro de casa e poderia flagrá-los naquela indecência na porta. Ela não se importou e continuou seduzindo, beijando a sua boca, até que passou a mão pelo seu pau e notou que continuava mole e pequeno. Ele sequer conseguiu ficar ereto, de tão espantado. Ela abandonou o medroso e foi bater em outra porta.
Nessa encontrou um outro cara qualquer. Estava sozinho, quase pelado, assistindo televisão. Já foi entrando e aquela porta de entrada deu numa suíte super simples, não era um apartamento inteiro como ela pensava. Sem muita introdução já começaram as preliminares com o tal estranho, que estranhamente deu uma cambalhota e já caiu com o pau na direção da boca dela. Que ela interceptou, o segurando numa punheta. Como se fosse um 69, só que com ele por cima. De repente ele começou a chupar sua buceta, mas quando chegou o momento dela também chupar o pau dele, deu apenas uma bocada e já quis ir embora. O pau dele tinha um gosto esquisito.
Tentou se desvencilhar, mas o cara não deixou que ela partisse. A colocou de quatro e começou a meter sem pedir permissão. O que poderia ser visto como um estupro, de repente lhe deu o maior tesão. Ao mesmo tempo que aquilo parecia real, ela tinha consciência de que estava segura dentro de um sonho e quase, quase gozou dormindo.
Aquela pegada bruta, sedenta por prazer, deu um tesão enorme que os demais personagens do sonho não tinham alcançado. Ao mesmo tempo que ela estava prestes a gozar com aquela transa que só acontecia na sua cabeça enquanto dormia, a consciência de que era um sonho também a impedia. Foi muito louco.
Por um instante, enquanto aquele cara imaginário fincava com raiva e com força, ela sentiu o gozo chegando tão perto, que pela primeira vez se ouviu gemendo em seu imaginário. “Não acredito que vou gozar dormindo, sem estar me masturbando”, ela pensou aturdida, enquanto mesclava entre sonho e realidade. Chegou muito perto e regressou. Tentou se masturbar de verdade enquanto dormia, mas a sensação do real não era tão gostosa quanto do imaginário. Desistiu e continuou seguindo naquele sonho maluco.
De repente não estava mais no quarto dele, novamente andava atônita pelos corredores, em busca de mais sexo, num ciclo em que ela era a única mulher existente. Com qualquer homem que topasse já iniciava a sua sedução, como se fosse uma ninfomaníaca em extinção.
Desta vez a música que tocava nitidamente em sua cabeça era “The End” do JPLOND. O ciclo de transar com estranhos recomeçou, no entanto, quando despertou, ela só lembrava dessa primeira rodada. Acordou excitada e antes de pegar o seu massageador para finalizar o que não conseguiu dormindo, decidiu primeiro escrever sobre essa aventura noturna que tinha vivido.
Devaneios da mente de uma garota de programa
Aproveito para deixar aqui a minha playlist “Músicas Sensuais” disponível no Spotify. Só clicar aqui.
“Enquanto houver cumplicidade e confiança em um relacionamento, não existirão obstáculos capazes de impedir que vivam muitas aventuras juntos!” (Sara Müller)
Hoje vou contar sobre um casal cativante que conheci no final de 2020. Meu último do ano para fechar com chave de ouro! Quem me contatou foi a mulher, assumindo o controle da situação e tomando a iniciativa de toda a aventura que estava por vir.
Ela me contatou em outubro, para um encontro que ocorreria em dezembro, planejamento é tudo! Mas quase que não aconteceu, pois o date seria dois dias antes do Natal e talvez eu viajasse nesta data. O que, infelizmente e felizmente, não ocorreu! Fiquei em Sampa, viabilizando esse encontro pra lá de tesudo!
O encontro já estava confirmado, estávamos apenas acertando os detalhes do horário.
Como podem ver eu tinha uma prova de fogo pela frente. Ela ainda poderia desistir da experiência, mesmo depois que eu já estivesse lá. O que só aumentou a minha responsabilidade em agradar o casal e principalmente a ela.
*
Quando cheguei no motel, tive um pouco de dificuldade para entrar. Impressionante como esses estabelecimentos criam mil regrinhas para sempre saírem na vantagem. Lhes cobraram um outro quarto, por ter uma terceira pessoa na mesma suíte que eles. (What??) Isso vindo de um estabelecimento que tem justamente o propósito de viabilizar encontros sexuais entre as pessoas. Estamos falando de um motel!!! Achei um absurdo essa cobrança adicional! E olha que nem era eu que estava pagando, rs.
P.S.: Depois descobri que fizeram isso devido as restrições da pandemia, para camuflarem que havia três pessoas no mesmo quarto.
Já dentro do motel, o homem do casal precisou ir na portaria acertar essa questão, nos cruzamos e nos cumprimentamos rapidamente na garagem da suíte. Após subir as escadas do quarto, lá jazia a belíssima primeira dama, com seu vestido preto e cinza, salto alto e óculos de grau. Super simpática, perguntou o que eu gostaria de beber e abriu um champagne para gente.
Começamos a conversar e desde o princípio o papo fluiu facilmente. Depois ele voltou, se juntou a nós e parecíamos três amigos conversando. Me bombardearam de perguntas sobre mim e o meu trabalho, algo que, na maneira como foi perguntado e com a energia super bacana que estava rolando entre a gente, não considerei invasivo e me senti a vontade para responder.
Também achei muito interessante a história deles. Relacionamento de dez anos, iam casar dali a alguns dias e aquele encontro era o presente de casamento deles. Tentaram uma vez no passado – ele disse que me contatou, mas não me recordo dessa abordagem – , porém, ela deu para trás e desta vez estava mais preparada para se permitir vivenciar a experiência.
Curiosamente ele me descobriu pelo Curiouscat (quem diria, clientes oriundos de lá! Rs), disse que as minhas respostas engraçadas e atravessadas cativaram eles. ? E eu achando que somente o Twitter me trazia algum retorno, rs.
Na segunda tacinha comecei a me sentir alegrinha (sou muito fraca pra bebida, rs), o que tornava os risos mais fáceis. Eles também estavam ficando mais animadinhos e pude notar ele começando a alisá-la com mais frequência e intensidade, como se estivesse ansioso para que a interação entre nós desenrolasse.
Ela deu um pequeno alerta, dizendo que ainda não estava pronta e eu falei que estava só no aguardo de uma brecha ou sinal, pois, não queria levar um tapa na cara, rs. Ela riu do meu comentário e disse que isso não aconteceria, ou seja, acho que estava lhe conquistando e conseguindo deixá-la a mais vontade, apesar do sutil freio.
Dali a pouco ele a beijou. Um beijo daqueles! Quando terminaram, me surpreendi com ela vindo me beijar também! Hummmm. A partir daí foi um caminho sem volta. Ele a levantou e começou a elogiá-la em voz alta, o que achei bárbaro! Ela pediu que ele parasse, pois estava deixando-a sem jeito, mas concordei com os elogios e falei que realmente ela era tudo aquilo que ele estava dizendo mesmo.
Ela se despiu, revelando uma lingerie preta super sexy e fui seguindo o mesmo ritmo, me despindo também. Ficamos nos beijando por um tempão (eu e ela), com ele apenas assistindo de longe. Depois fomos todos para a cama e engatamos as preliminares a três.
Só o beijei quando ela conduziu para isso, sempre tomando o maior cuidado para não criar nenhuma situação de ciúmes ou coisa do tipo. Depois chupei os seios lindos e turbinados dela e sinalizei para que ele chupasse junto comigo, o direcionando para o outro mamilo que estava dando sopa. Fizemos isso por um tempo, até que voltaram a se beijar e eu fui descendo para pepeka dela.
Ao tirar sua calcinha, me deparei com uma xaninha linda, toda depilada e prontinha para ser chupada. Caí de boca, enquanto espiava os dois se beijando loucamente. Depois eles também se voltaram para mim e repetiram em mim o que fizemos nela. Um de cada lado chupando os meus seios, foi mesmo uma delícia também ser paparicada daquele jeito, surreal de gostoso!!
Pouco depois ela veio e cochichou algo no meu ouvido, dizendo que queria fazer uma coisa nele junto comigo. Adivinhem o que era? Aquilo que os homens realmente piram. É quando duas mulheres o chupam ao mesmo tempo!
Ela terminou de despi-lo, o deixando completamente nu e então passamos a língua, juntas, pela extensão do seu pau e nos beijando quando chegávamos na cabecinha. Fizemos isso umas três vezes, até que desci para as bolas, enquanto ela continuava chupando o pau. Revezamos esses movimentos algumas vezes, ora eu chupava, ora ela e então o chupei um pouco sozinha, enquanto eles se beijavam apaixonadamente outra vez. “Eu te amo” ouvi ambos se declararem em vários momentos. Ahh, o amor não é lindo?! ❤️
Depois ela veio até mim e novamente cochichou um pedido, que eu trocasse com ela e obedientemente subi para beijá-lo, enquanto ela o chuparia com o pau inteiro só para ela. A sinergia estava mesmo incrível entre a gente!
Ela também quis me chupar! O que me surpreendeu bastante, ela estava realmente se entregando, mesmo sendo hétero! ?? São poucas que conseguem ter essa entrega! Me deitei conforme ela pediu e nesse momento ele a pegou de quatro. A minha visão foi tão boa quanto a imaginação de vocês nesse momento. Pornô ao vivo e de camarote é tesão demais! ???
O oral dela estava muito bom, mas não gozei nesse momento. Depois eles trocaram de posição, ela cavalgou nele e nessa hora aproveitei para chupar o cuzinho dela enquanto transavam. Ele começou a gemer mais e pensei que estivesse chegando lá, mas não, sempre desacelerava quando a coisa estava ficando crítica, rs.
Fizeram uma pausa. Ela foi buscar uma camisinha e então foi a minha vez. Começamos comigo por cima, aproveitando a mesma posição que eles transaram, até que, após um bom tempo cavalgando, ele quis me pegar de quatro, enquanto eu a chupava, igual ela fez comigo alguns minutos antes.
Ficamos algum tempo assim, até que ele parou para poder segurar a gozada mais um pouco e eu continuei a chupando, mediante ao seu pedido para que eu não parasse. Eu sentia que ela estava prestes a gozar e dei o meu melhor, ainda que ficasse cada vez mais difícil manter o ritmo frenético da minha língua, não queria que ela perdesse o timing. Por fim consegui, a fiz chegar no clímax e a minha satisfação foi a mesma que os homens devem sentir quando me fazer gozar também. ?
Voltei a transar com ele, enquanto ela se recuperava, o que não precisou de muito tempo, ariana como eu, ela também era fogo puro na cama! ? Ficamos bastante tempo revezando nas transas, usamos, pelo menos três camisinhas, por todas as vezes que ele retomava as estocadas em mim.
Repetidas vezes, enquanto ele comia uma de nós, o ouvíamos dizer o quanto ele estava adorando aquela imagem de nós duas juntas. ? Naquele fragmento de um momento, eu tive a certeza de que a relação deles só se fortaleceria depois de uma experiência tão prazerosa como aquela que estavam vivenciando juntos. É o tipo de vivência que exige muito companheirismo, cumplicidade e confiança do casal, algo que, notava-se, eles tinham de sobra!
Ela queria muito que eu gozasse, me masturbei várias vezes durante a transa, mas estava difícil chegar lá. Ou eu trabalhava ou relaxava, não conseguia fazer os dois ao mesmo tempo, rs. Ela ainda sentou com aquela buceta deliciosa na minha cara, enquanto ele me pegava no papai e mamãe, aproveitei todas aquelas sensações deliciosas para me masturbar, mas ainda assim, não era o momento de eu chegar lá!
Ele também estava duro na queda, dizendo que só gozaria depois que eu fosse embora, quando estivessem a sós. Mas ela insistia para que gozasse com as duas juntas. Ele insistia de volta que não. Foi engraçado, rs.
Comecei a ajudá-la com o pedido, dizendo que também queria vê-lo gozando, até que nos atendeu! Ele estava a pegando de bruços, com ela deitada por cima de mim, nos beijávamos e gemíamos juntas. Ele perguntou se realmente ela queria que ele gozasse dentro – segundo me contaram, só finalizavam com camisinha, pois ela não toma contraceptivo e pretendiam fazer filhos somente após o casamento – e ela certa da decisão ordenou para que sim, ao que ele, inseguro, perguntava mais de uma vez para ter certeza da sua decisão. Nesse momento quase gozei, de verdade. É muito excitante ver alguém gozando e imaginar que ele estava a enchendo de leitinho, uma coisa atípica, que não era comum entre eles, só elevava ainda mais a importância do momento. Brinquei que se saísse uma criança dali, eu seria a madrinha!! Deram risada, rs. Já pensou?! ?
Depois ele foi se banhar e ela queria por que queria me ver gozar, estava determinada! Disse que me chuparia até eu gozar também. Que responsa! A chupada dela era realmente gostosa, mas para uma primeira vez chupando uma xana, fazer a outra gozar era um desafio um tanto ousado! Será que ela conseguiria??
Relaxei e me deixei levar. A sua chupada ganhou outra força quando ela começou a me dedar também. Comecei a sentir os primeiros indícios de que iria gozar, até que explodiu. Demorei, mas ela se dedicou bastante. A danadinha tinha conseguido retribuir o que fiz nela com maestria! Fiquei realmente impressionada.
Ele já tinha pulado na piscina e depois que gozei ela me convidou para pular na piscina junto com eles. Topei, mas não fiquei muito tempo, já tínhamos passado do horário – combinamos 2h e acabamos ficando 3h – e eu tinha compromissos pessoais depois dali. Me acertaram pelo tempo excedente e nos despedimos com total satisfação de ambos os lados. Que casal! Estou sem fôlego até agora!
Último dia do ano! 31 de dezembro de 2019. Estávamos eufóricas!! Tínhamos comprado uma festa de Réveillon e as expectativas estavam altas! Nem vou falar de como foi o nosso dia e pularei logo para a parte principal dos acontecimentos. Vou começar falando da nossa produção para a virada de ano.
Gabi passou com o tradicional branco. Um cropped e uma saia longa de cintura alta, um charme! Ela até fez um penteado com trança! Make não muito pesada, afinal, passaríamos na praia. Rasteirinha no pé.
Eu sou o tipo de pessoa que adora um brilho! Se tem glitter, paetê ou strass é 99,9999999…% de chances de eu adorar! Sendo assim, usei um vestido belissímo que comprei na Zara há não sei quantos meses e ainda não tinha tido a oportunidade de usar. Cor de rosa – porque sou a verdadeira Penélope Charmosa e AMO essa cor – , todo de paetê (os paetês que eram rosa, no caso) que me faziam brilhar até mesmo no escuro absoluto.
Dizem que a cor que você usa no réveillon representa o que você quer que o universo reserve para a sua vida no próximo ano – por exemplo: branco significa paz, amarelo: dinheiro, vermelho: paixão, verde: esperança e etc… – eu queria amor – aí entra a cor rosa – e os paetês brilhosos e reluzentes: o sucesso! Queria brilhar em 2020 tanto quanto eu brilhava naquela noite. Até a minha rasteirinha tinha pedrinhas brilhosas! A make foi aquela que eu não perderia tempo fazendo todo dia. Enfim, estávamos maravilhosas!!!
Fomos até a Marina da Glória, pois a tal festa era lá. Daí você pensa: “Poxa, que legal, deve ter sido o máximo”. Vocês não tem noção de como, rs. Eis o momento de eu revelar mais um pouco sobre o tal evento. Talvez o que eu diga a seguir já te dê um belo spoiler, ou talvez não, já que não deu para nós: Escuna. Essa é a palavra chave. Fez algum sentido pra vocês? Se não fez, terão que aguardar mais um pouquinho então.
Paramos na fila de uma das escunas e já de início sentimos uma leve frustração. As pessoas que estavam na fila eram tudo famílias. Pais, avós, crianças, nada de pessoas da nossa idade, com seus respectivos amigos e amigas, como era o nosso caso. Óbvio que chamamos a atenção de geral, foi como se tivéssemos sido convidadas para a festa errada.
Já estávamos aceitando a nossa iminente derrota, quando, após um tempo na fila, decidi confirmar se estávamos na fila certa. Não estávamos! Quase dei pulinhos de felicidade na frente de todas aquelas pessoas que nos fuzilavam, como se fôssemos duas intrusas.
A nossa escuna estava bem mais a frente e quase a perdemos. A mesma já tinha dado partida e voltaram só para nos buscar. Na hora achamos aquilo incrível, afinal, não queríamos perder a festa em alto mar pelo qual pagamos com tanto gosto. Contudo, horas depois, a nossa perspectiva mudou e compreendemos que o fato de quase termos ficado para trás, na verdade, foi um sinal divino que, não muito espertas, ignoramos. No começo o passeio estava legal, mas isso porque estávamos iludidas. A verdade daquela experiência ainda estava por vir.
Tocavam músicas brasileiras que eu gosto, artistas como Iza, Karol Conká, Ludmilla e Anitta. A festa era open bar e open food, mas não conseguimos usufruir. Quando fui tentar pegar algo para nós, a desorganização era tanta que até desisti. Quando voltei para onde a Gabi estava, até o meu lugar ao seu lado eu tinha perdido – faltou pulso firme dela em falar para a tal pessoa que ali tinha gente, mas ok – . Consegui um espaço na lateral, ao lado de um senhor, muito simpático, que se espremeu para que eu conseguisse me sentar ao seu lado. Começamos a conversar e dali a pouco recebo uma mensagem da Gabi, me zoando.
Muito abusada! Se eu estava ali, tendo que socializar com um estranho, agradecida por ter me cedido um assento, era tudo culpa dela!! Rs. Respondi com uma figurinha de mim mesma sorrindo meio sem graça, razão pela qual precisei ocultar no print acima a minha resposta para esse afronte.
*
Aos poucos o brilho do evento foi sumindo e fui me dando conta da real furada em que tínhamos nos metido. De repente as músicas mudaram, continuaram nacionais, mas umas completamente desconhecidas, aquele estilo de funk zero comercial, se é que vocês me entendem. Eu sou o tipo de pessoa que é apaixonada e fascinada por música, então, se a música é ruim, automaticamente o rolê também estraga. Parece que a energia fica meio estranha, sabe?
A cada música tocada, renovava a minha esperança de que aquela playlist, de péssimo gosto, fosse passageira, mas infelizmente ela tinha chegado para ficar. A minha segunda grande decepção foi quando o barco parou na posição em que ia ficar até a virada do ano. Olhei para os lados e não tinha nada, nem sinal das balsas. “Cadê as balsas??” Perguntei alarmada. Sem as balsas por perto, isso significava que a queima de fogos estaria longe, o que fugia completamente do meu propósito para aquela noite.
Em algum momento liberou espaço ao lado da Gabi e consegui voltar para o meu posto.
-O Moreno Gato e o Árabe Boss estão naquela festa do Sheraton que eles falaram para a gente. O Árabe Boss acabou de me mandar uma mensagem. – Noticiou-me a Gabi, logo que voltei a sentar do seu lado.
Aqui vou adicionar um pequeno adendo. Lá atrás, quando eles nos levaram na mureta da Urca para ver o pôr do sol, perguntaram o que faríamos na virada do ano. Enchemos a boca para falar desse evento que compramos com certa antecedência, quando ainda estávamos em São Paulo, como se fosse a festa mais incrível do mundo. “Virada em Alto Mar”, era esse o título da festa.
Eles tentaram nos alertar que não seria bom e até nos convidaram para ir na mesma festa que eles. Mas recusamos, pois eu realmente acreditava no potencial da nossa festa. Acreditei cegamente que o barco estacionaria ao lado das balsas – já que ambos ficavam no mar – e que a queima de fogos seria bem em cima das nossas cabeças. Muito leiga, eu sei. Mas é errando que se aprende.
*
De repente, em meio aquele barulho horroroso, que era tudo menos música, começou a contagem regressiva. Não era possível que nem durante a contagem eles não desligariam aquele som!!! Fiquei extremamente indignada. Para variar, a contagem deles estava atrasada, antes que chegassem no um, já começou a queima de fogos láááá longeee, há quilômetros de distância!
Eu tenho a crença de que para o ano ser incrível, a entrada tem que ser mais incrível ainda e quando me vi naquele barco, cercada de gente estranha e desinteressante, com aquela música, de péssimo gosto, comendo nos meus ouvidos e a tão sonhada queima de fogos so far away, lágrimas de desgosto escorreram pelos meus olhos. Por que eu não dei ouvidos a Gabi, quando sugeriu que fôssemos para Búzios ou Angra dos Reis? Por quê??! Defendi tanto a ideia de passar em Copa, por algo que sequer tive.
Quando ela percebeu que eu estava chorando, se compadeceu e me abraçou, pedindo que eu não ficasse daquele jeito. Eu só consegui dizer uma coisa:
-Se e a virada está sendo assim, imagine como será o ano!
Agora eu te pergunto: Como foi mesmo 2020??? Ah tá! Rs.
Imaginem passar por tudo isso sem nenhuma gota de álcool para ajudar. Observávamos uma menina toda feliz e saltitante dançando e invejei toda aquela animação. Especulei com a Gabi como era possível alguém se divertir tanto num evento mega caído daqueles e ela, no alto da sua sabedoria, respondeu:
-Ah amiga, ela tem cara de ter uns quatorze anos, nessa idade não somos exigentes. Isso aqui deve estar sendo O evento pra ela.
A festa duraria até quatro horas da manhã e fiquei pedindo à Deus mentalmente para que não fôssemos obrigadas a ficar ali até o seu término. Felizmente ele me ouviu e logo mais anunciaram que voltaríamos para a Marina da Glória, pois a festa continuaria com o barco estacionado lá. Seria a nossa chance de dar no pé.
Durante esse trajeto de volta, a estadia foi ficando cada vez mais desagradável. Estávamos sentadas de frente para as escadas que davam no banheiro e inevitavelmente assistimos a muitas pessoas vomitando toda a bebida que ingeriram ao longo da noite. E que noite! ?
Quando o barco finalmente encostou e liberaram a saída de quem quisesse ir embora (p.s.: não fomos as únicas a abandonar o barco) , sentimos uma sensação de alívio tão grande, como se estivéssemos sendo resgatadas do inferno.
Na própria Marina da Glória avistamos uma outra festa, bem mais potencial, rolando em terra firme e fomos até lá, numa tentativa desesperada de salvar a nossa noite. Infelizmente não estavam mais recebendo ninguém aquela altura e o jeito foi voltarmos para o hotel mesmo. ?
A fila para pegar táxi estava gigantesca e decidimos ir até a avenida para chamarmos algum pelo aplicativo. Mais uma escolha ruim. O sinal da internet estava péssimo, a localização não era muito favorável e ficamos ali por mais tempo do que se tivéssemos aguardado na fila anterior. O risco e o medo de sermos assaltadas era grande, até porque o vestido que eu usava era mega chamativo e luxuoso demais para o ambiente.
Quando finalmente conseguimos embarcar, o que foi mesmo um milagre dos céus – nosso anjo da guarda devia estar fazendo hora extra – , mais uma vez tivemos aquela deliciosa sensação de alívio, sensação essa que não durou muito tempo, pois, mais ou menos próximo do nosso destino final, o taxista anunciou que não poderia seguir com a viagem, visto que as ruas estavam fechadas. Teríamos que seguir a pé.
Ele disse isso sem a menor delicadeza, como se fôssemos um estorvo no seu carro. Gabi perguntou o que poderíamos fazer, explicando que não éramos dali, que não sabíamos por onde seguir e novamente ele foi grosseiro, do tipo: “Se virem queridas, isso não é problema meu”. Não com essas palavras, mas foi exatamente essa mensagem que quis nos passar.
Ainda por cima tentou dar um de esperto pra cima da gente, querendo que pagássemos a corrida no débito, alegando que o aplicativo estava com problema. Realmente deu um bug lá na hora de encerrar a corrida, porém foi cobrada normalmente depois. Ainda bem que fui firme e não cedi.
Descemos do carro e fomos pedindo informação para as pessoas na rua. Não estava propício ver o mapa no celular, além de estarmos quase sem bateria. Foi uma boa caminhada até chegarmos no hotel, ainda bem que tinha bastante gente na mesma situação que nós, geral voltando pra casa a pé.
As primeiras horas de 2020 foram tão ruins e desmotivadoras quanto como quando surgiu a pandemia. Acredito piamente que o nosso réveillon de merda foi mesmo um prelúdio do que seria o ano.
O lado bom de tudo isso é que a virada de 2020 para 2021 foi imensamente diferente e muuuuito melhor! Então, segundo a minha crença, prevejo um 2021 repleto de muitas alegrias e sucesso para todos nós!!
Agora, para fechar, respondo-lhes a pergunta que não quer calar: Será que o meu brinco foi encontrado?? – Minutos de suspense… –
Sim!! Mas até o seu regresso para as minhas mãos foi trabalhoso. O encontraram e deixaram na portaria para que eu enviasse um loggi retirá-lo. Antes disso, até surgiram convites para que encontrássemos os rapazes novamente, mas como os nossos dias no Rio estavam acabando, demos prioridade para outras coisas, programas entre amigas. Tais como bater perna no shopping – quase fomos à falência na Sephora, rs – almoçar uma lasanha deliciosa no Abbraccio, saborear o irresistível Grand Gateau do Paris 6, enfim, coisas comuns que poderíamos fazer em São Paulo, mas que queríamos fazer no Rio também, rs.
Então, continuando com a narração, enviei um loggi e quando o entregador chegou lá, o porteiro dificultou, pois se recusava a entregar o meu brinco para alguém que não fosse eu mesma. Ele não compreendia que o entregador estava lá me representando. Tivemos todo um desgaste de ligar para o Árabe Boss e pedir que ligasse na portaria e autorizasse o porteiro a entregar meu brinco para o motoboy que estava lá esperando.
-Amiga, o porteiro deve estar achando que o seu brinco é uma joia.
Era a única explicação plausível para tanta dificuldade. Mas não se tratava de nenhuma joia não. Não precisa ser algo tão caro para que eu valorize. Enfim, o loggi ficou o dobro do preço, só pelo tempo de espera do entregador em conseguir retirar o item. Ahh, ainda por cima veio sem a tarracha!!
Nessa reta final da viagem, já começou a bater aquela saudade de casa. Acho que a nossa alma, o nosso interior, em qualquer viagem, de fim de semana ou meses, sempre sabem a hora certa de voltar. E como é gostoso esse regresso! Voltar para a sua casa, sua rotina, suas coisas, seus gatos!! ?❤️?
Retornamos para São Paulo de avião, enquanto dois lugares no ônibus – previamente comprados – lamentariam a nossa ausência. Sabe aquela frase: “O barato sai caro”? É completamente verdade. Se tivéssemos fechado, desde o início, ida e volta de avião, teria ficado beeeem mais em conta do que pagamos somente para voltar, comprando em cima da hora. Mas o nosso conforto, desta vez, falava mais alto que o nosso bolso.
Voltamos com a bagagem cheia de lembranças e histórias. “Embarque para Congonhas, portão 8”.
Hello meus lindos! Olha eu aqui de novo!! Tudo bem com vocês??
Não queria lhes deixar na curiosidade da continuação por tanto tempo, mas final de ano, sabem como é, né? Viajei na última semana de dezembro, retornei esta segunda e precisei desses dias para reorganizar a minha vida.
Bom… sem mais delongas, vamos lá!
Mulheres Sofredoras
Mulher apaixonada e de coração partido é uma coisa muito triste e ao mesmo tempo engraçada. Fazemos coisas ridículas em busca daquela atenção masculina que tanto almejamos. Minha amiga estava tão desesperada para conseguir, de alguma maneira, reatar seu namoro, que ainda que estivéssemos no Rio, prospectando no Tinder e conhecendo rapazes promissores na praia, teve o empenho de pagar o Tinder Gold, colocar a localização do ex e ficar na investigação se ele também estava cadastrado no aplicativo.
Adivinhem só, ele estava! O intuito dela era lhe causar ciúmes, caso ele também a visse, porém, o tiro saiu pela culatra. Ele ligou para ela e a excomungou por ser tão fria de já estar na caça. – Sendo que ele também estava, né?! – Eu, como boa amiga que sou, filmei ela discutindo com ele no telefone, chorando, se exaltando – apenas para arquivo pessoal – e hoje, quando lhe mostro o vídeo, sente a maior vergonha de si mesma. Pra você ver ao que nos sujeitamos!
Já eu, ficava toda hora trocando a foto do WhatsApp, na tentativa frustrada de que alguma das que eu colocasse, despertasse a vontade de um certo alguém puxar assunto comigo. Não, não me refiro ao Moreno Gato que estava pendente de encontrar o meu brinco, mas ao outro que eu realmente nutria algum sentimento, aquele que citei na primeira postagem, o que precisou parar de sair comigo por motivo de força maior. Você tenta encontrar uma nova distração, mas quando vê que não vai adiante com o novo que apareceu, volta a sofrer pelo antigo.
Novamente a viagem não estava sendo tão promissora quanto merecíamos. A caça no Tinder permanecia, eu e a Gabi dávamos match com praticamente os mesmos caras, rs.
Teve um que estava hospedado no mesmo hotel que nós, um gringo que me secou de tal maneira no elevador ao ponto de me deixar constrangida. Poucos minutos depois lá estava ele me dando super like no Tinder – isso que dá usar as mesmas roupas das fotos – , pelo jeito não era só nós que estavámos tentando a sorte no aplicativo, rs, deslizei o dedo para a esquerda.
Ainda tive um pequeno estresse com outro meliante que se achava o Don Juan. Este aqui deu match primeiro comigo e começamos a combinar logo um encontro. Quando chegou no ponto de definirmos o horário e local, ele acabou dando match com a Gabi também.
Nesse momento, eu já previra que ele seria cafajeste com uma das duas e fomos dando corda para ver até onde ele iria. Falamos de marcar encontro para o mesmo dia e aguardamos ver como ele se sairia dessa. Daí o cretino simplesmente parou de me responder e passou a combinar com a Gabi o que antes estava combinando comigo. Arrrgh, não queiram conhecer a fúria de uma ariana!!!
Demos o troco que ele merecia. Mandei mensagem para ele dizendo que sabia que ele estava combinando algo com a minha amiga – surpreendentemente ele voltou a me dar atenção imediatamente – e que só para ele saber, não gostávamos de homens baixinhos, que só fomos dando corda para ver com qual das duas ele seria um cuzão. Ele respondeu algo entre risos, tentando se justificar, mas já era tarde demais. As duas desfizeram o match e ele ficou sem ninguém.
Gabi conseguiu marcar encontro com outro rapaz e ele levou um amigo também. Fomos numa lanchonete. Ambos eram bonitos, mas estava nítido que o tal amigo que ele levou para me conhecer tinha muito mais a ver com a Gabi, enquanto ele, por sua vez, tinha mais a ver comigo.
Concordávamos nos mesmos assuntos, enquanto a Gabi também tinha mais sintonia com os gostos e o jeito do amigo dele. Não haveria o menor problema invertermos os casais, porém, contudo, todavia, na hora de nos despedirmos – os rapazes sequer pagaram a conta, tudo foi dividido – faltou atitude.
Mesmo tendo ficado claro que rolou mais afinidade comigo, ele preferiu não trocar o que considerava certo pelo duvidoso – afinal, o match pelo aplicativo tinha sido com a Gabi – e pediu para ficar com ela, quando a mesma também se decepcionou pela falta de iniciativa do amigo dele em investir nela. Ficamos todos no zero a zero.
O jeito foi nos aventurarmos de outras maneiras…
Aventura de verdade
Agora vou lhes contar duas coisas sobre mim. Não sou o tipo de mulher que curte fazer trilhas. Já fiz algumas vezes, o bastante para saber que prefiro a tranquilidade de um sítio, campo ou fazenda. Quando estou em contato com a natureza, gosto de relaxar, apreciá-la bem quietinha enquanto leio um bom livro, ouvindo o canto dos pássaros.
Também detesto acordar cedo, ainda mais estando de férias. Sabe quando o Seu Madruga diz em algum dos episódios do Chaves: “Quem ousa me acordar às 10h da madrugada?”, então, essa frase me define, essa sou eu, rs. Gosto de acordar sem despertador, não há maneira melhor de começar o dia! No entanto, a Gabi insistiu muito para que fizéssemos esse passeio e o que os nossos amigos não nos pedem sorrindo que não fazemos chorando?
Lá estávamos nós, saindo de Copacabana super, hiper, mega cedo, pois tínhamos que estar na Barra da Tijuca às 7h. Durante os dates que tivemos no Rio, sempre que falávamos que faríamos essa trilha, os rapazes faziam uma careta e diziam que éramos corajosas. Não entendíamos muito bem o que aquilo significava. Depois a Gabi descobriu que fechou a trilha errada. Ela pensou se tratar da Pedra do Telégrafo, uma trilha muito mais rápida e tranquila, quando, na verdade, estava nos levando para a trilha do mal.
Esperávamos pelo guia num bar qualquer. Eu encostei minha cabeça na mesa e aproveitei para tirar um belo cochilo enquanto o cara não chegava. Logo mais ele chegou, um rapaz simpático, mas franzino, me deixando não muito segura quanto à sua força em nos amparar caso fosse preciso. Gabi estava toda animada e sua empolgação tomou forma quando saímos do bar. Ao sair do estabelecimento, sem mais nem menos, ela caiu de joelhos no chão, se ralando toda, já queimando a largada. Não tive como não rir! Não é todo dia que vemos uma beldade daquelas se estatelando no chão.
Eu já estava com preguiça da trilha antes mesmo de começar, mas em determinado momento dei aquele gás, com o pensamento de que quanto mais rápido andássemos, mas rápido terminaríamos. Doce ilusão. Quanto mais andávamos, mais distante o topo parecia. Não desejo a ninguém aquela trilha. O guia nos perguntou: “Vocês querem com emoção ou sem emoção?”, é injusto perguntar isso para alguém que não tem a menor noção do que está sendo perguntado. Ele pegou o caminho da emoção. Coitadas de nós!
Essa trilha só foi interessante por uma razão: Autoconhecimento. Eu, que detestava trilha, que preferia estar na cama do hotel dormindo, acabei me saindo melhor que a Gabi. Algo que surpreendeu a nós duas. Em muitos trechos ela precisou de ajuda e eu, querendo que aquilo acabasse logo, ia subindo sozinha antes que o guia voltasse para me ajudar a subir também, pois não queria perder tempo.
O rapel foi apavorante!!! Eu tenho medo de altura, então imaginem como foi. Gabi foi primeiro e lá de cima ficou tensa me assistindo subir. Ficava ainda mais chocada quando topávamos com pessoas fazendo aquela trilha sem um guia. Muito perigoso!!
Posso dizer que quase morri num trecho logo após o rapel da subida. Estávamos num penhasco muito, mas muito alto, só se via o verde da natureza e morros em volta. Estávamos escalando uma parte de terra pisando e segurando em apenas algumas pedras que estavam grudadas na terra. Teve uma hora, enquanto eu me segurava numa dessas pedras, que a mesma saiu na minha mão!! O que me salvou foi os meus pés estarem firmes em outra pedra mais abaixo. Fiquei apavorada quando isso aconteceu. Comecei a subir cada vez mais rápido para sair logo dali, ao passo que a minha amiga ficava para trás com o guia a ajudando.
Gabi sofreu ainda mais. Já estava ralada e com os joelhos ardendo do tombo inicial, fora os escorregões e tropeços que vieram depois. Ela também passou por sufocos naquele mesmo ponto que a pedra saiu na minha mão ao ponto de chorar de medo. Mesmo com guia a trilha é perigosíssima!
Enfim chegamos no topo, a primeira parte do desafio tinha sido concluída!
Depois de todo aquele sufoco, você me pergunta: “Valeu a pena, não valeu? Aquela vista não é mesmo maravilhosa?” Sim, a vista é perfeita, nos rendeu fotos incríveis, mas se me dissessem que seria aquele nível de dificuldade para chegar até lá, eu, com certeza, teria recusado. Minha vida vale muito mais que uma visão de cima do Rio e eu quase morri real naquela bendita pedrinha.
A descida foi um pouco, só um pouco mais tranquila, mas ainda assim teve seus desafios horrorosos. Se eu já tinha achado aterrorizante o rapel da subida, imagine o da descida em que você precisa descer de costas, sem saber direito onde está pisando??! Eu gritava desesperada, queria que um helicóptero estivesse ao meu dispor para me tirar dali. Depois daquilo ainda tiveram pedras gigantes extremamente inclinadas, dificílimas de descer.
Bom, meus caros, ficamos naquela trilha por pelo menos nove horas. Nove horas em atividade física direto, sem uma refeição decente, apenas a base de barras de cereais, água e frutas, que levamos. Às 7h00 tiramos uma foto na entrada da trilha, pleníssimas, e às 16h00 tirávamos outra foto, no mesmo ponto, completamente destruídas. – Fiz questão de deixar até mesmo a foto desfavorável no meu destaque do Instagram (pessoal), para que todos vissem, em nossas fisionomias e aparência, como foi difícil! –
Ao final de tudo, até mesmo a Gabi, que insistiu tanto por aquele passeio, reconheceu que não foi uma boa escolha. Só nos restou dar risada pelo apuro que tínhamos passado e darmos graças a Deus por ter acabado e termos sobrevivido.
A próxima parte da história será a última. O gran finale com o desfecho fantástico do nosso réveillon – que não foi tão fantástico assim, rs – . Prometo não demorar tanto para postar!
P.S. Comentários são sempre bem vindos, me motivam a continuar escrevendo e postando!
O terceiro dia no Rio foi bem light. Decidimos conhecer a piscina do hotel e nos surpreendemos positivamente. Tranquila, quentinha, pouquíssimas pessoas, era a paz que estávamos buscando, depois de uma experiência esquisita na praia de Copacabana, no dia anterior. Perto do sol se pôr demos um pulinho na praia de Ipanema, mas ficamos pouco tempo, sequer entramos no mar.
O babado mesmo foi no dia seguinte…
Quarto dia no Rio. Quando finalmente as coisas desenrolaram a nosso favor.
Localização: Praia do Leblon.
Sortudos: Dois homens atraentes, sentados na areia bem na nossa frente.
Codinomes: Árabe Boss e Moreno Gato. – Impressionante como o mais gato é sempre o menos simpático. –
Moreno Gato: era de longe o mais atraente. Corpo em forma (via-se que frequentava academia), pele bronzeada, menos falante que o Árabe Boss. Lhe daria uns 34 anos.
Árabe Boss: Bonito também, mas com uma leve pancinha. Bronzeadinho, olhos claros, todo conversador. Lhe daria uns 39.
A interação começou quando o mais simpático deles – que mais tarde descobrimos ser dono de um restaurante árabe, badalado no Rio, (por isso o “Boss”) – pediu para a Gabi cuidar dos pertences deles, enquanto davam um mergulho. Eu estava no mar nesse momento e quando voltei peguei a conversa no meio do caminho.
Quando voltaram, após agradecerem, já engatamos uma conversa. Papo vai, papo vem, nos convidaram para conhecer a mureta da Urca. Fizemos um pequeno charminho, mas, obviamente aceitamos. Estávamos em busca de aventura e a oportunidade se apresentou finalmente. ✨
O carro pertencia ao mais gato/menos simpático, nomeado como “Moreno Gato”, que estava ao volante. Eu e a Gabi fomos no banco de trás. Fizemos uma rápida parada na casa de um deles para que pegassem uma garrafa de vinho, mas não descemos do carro, aguardamos que retornassem com a birita. Conversamos bastante durante o trajeto e os rapazes pareciam ser super do bem, bancando os guias turísticos da gente.
Nesse primeiro momento pareceu que a Gabi ia dar match com o mais gato, mas o outro reverteu a situação, marcando presença com a Gabi, deixando o mais gato para mim, que aliás, gostei muito. ?
Quando chegamos na mureta da Urca, a vista era realmente linda. Avistamos até um restaurante flutuante no meio do mar! Uma lanchonete badaladíssima, logo em frente a mureta, estava lotada – saudade de quando podia aglomerar – , mas os rapazes conseguiram comprar uns petiscos deliciosos pra gente. Bolinho de bacalhau, talvez? Confesso que não me recordo o que comemos exatamente, só sei que era muito bom. ? Depois nos encostamos na mureta e passamos o finzinho de tarde ali, conversando e socializando, enquanto aguardávamos pelo pôr do sol.
Dali a pouco o Árabe Boss chamou a Gabi para ir com ele num restaurante próximo, de um amigo dele, buscar mais vinho para nós, já que nas lanchonetes próximas só vendiam cerveja. Fiquei sozinha com o Moreno Gato.
Conversa vai, conversa vem e nada de algo acontecer. Começou a me incomodar a falta de iniciativa dele. Ou ele realmente era lerdo ou simplesmente não estava interessado em mim.
Quando começou a anoitecer, Gabi e o Árabe Boss voltaram, já engalfinhados, super entrosados. Gabi, disfarçadamente, usando nossos códigos femininos, sondou se eu também já tinha beijado e revelei que não, frustradíssima. Ela também se espantou com a lerdeza do bonitão.
Não muito depois fomos embora. Precisávamos de um banho para nos preparar para a night e foi nesse momento que comecei a notar uma coisa estranha. O Árabe Boss, que estava ficando com a minha amiga, começou a ser muito atencioso comigo também. Sentou no meio de nós duas no carro (o banco da frente estava ocupado por um outro amigo deles que apareceu na mureta depois) e vez ou outra pegava na minha mão. Eu fiquei confusa, não queria que a Gabi pensasse que eu estava furando o seu olho, mas ele fazia tudo isso na frente dela também, me deixando na dúvida se o safadinho, vendo que o amigo não tomou nenhuma atitude, cogitava algo a três. ? Deve ser coisa de árabe, querer sempre um harém.
Nos deixaram no hotel e seguiram para suas casas. Tomamos nosso banho, nos arrumamos e, como era de se esperar, o Árabe Boss queria encontrar a Gabi ainda naquela noite. Entretanto, como estávamos em duas, é claro que ela não me deixaria sozinha para sair com ele. Daí nesse momento ela aproveitou para investigar:
-Seu amigo não curtiu a minha amiga?
-Curtiu sim!! É que ele já tem um esquema aqui no Rio. […] E então, vamos sair?
-Não vou deixar a minha amiga sozinha.
-Tem o DJ!
DJ era o tal amigo deles que chegou lá na mureta depois. Um homem super simpático e aparentemente gente boa, porém, zero atraente aos meus olhos.
-Bom, então tá. Se mudarem de ideia, manda mensagem! – Deixando a porta aberta, diante da nossa recusa.
Quando a noite cai…
Eu e Gabi fomos para uma balada. Chegamos super cedo e abrimos a pista de dança. Encontramos uns amigos nossos gays que também estavam passando o final de ano no Rio e foi tudo incrível. ✨
Mais tarde, quando íamos embora para o hotel, Gabi conferiu seu celular e o Árabe Boss não parava de mandar mensagem. Ele insistia para que fôssemos encontrá-lo, dizendo que estava com outro amigo para me apresentar. ? Acabamos indo mais pela insistência dele.
Quando chegamos no tal prédio, adivinhem quem era o outro amigo que ele queria que eu conhecesse? O mesmo que estava com ele na praia mais cedo. ? Ele tinha mentido para que fôssemos até eles. Broxei e fiquei com vontade de ir embora.
Lá dentro do apto, acabei ficando sozinha na presença do Moreno Gato, fumamos um e conversamos. Ele disse que assim como eu devia ter meus esquemas em São Paulo, ele também tinha os dele no Rio e, basicamente, naquele momento eu estava servindo de stand-by (não com essas palavras) por ele ter brigado com a tal garota. Não foi algo que gostei, mas era o que tinha para aquela noite. Era gato e serviria para satisfazer as minhas vontades.
A moradia era do Moreno Gato, mas, infelizmente, ficamos sem acesso a um cômodo mais privativo, porque a pistoleira da Gabi foi mais rápida e já escoltou o Árabe Boss para o quarto, nos deixando com um mísero sofá, sem a devida privacidade.
Ele me agarrou quando estávamos voltando da cozinha. Eu tinha pedido um copo de água (boca seca, devido ao beck) e no corredor ele fez toda uma cena sensual, me pressionando contra a parede e subindo os meus braços acima da minha cabeça. “Quero que seja especial”, ele disse, todo seduzente. Me beijou ardentemente e desceu com seus beijos pelo meu pescoço, até chegar no meu decote. Na sequência fomos para o sofá.
As preliminares foram de respeito. Na brisa que estávamos, as sensações foram ainda mais intensas e calorosas. ? Ele me chupou, eu o chupei, fizemos 69, até que chegou o momento da penetração.
-Você tem camisinha? – Perguntei.
-Está no quarto. – Ele respondeu depois de uma longa hesitação.
-Não consegue pegar?
-Eles estão no quarto. Não consigo entrar lá agora.
Xinguei muito a Gabi nesse momento.
-E agora? – Perguntei novamente.
-Você que sabe…
Eu que sei o quê? Ele queria transar sem preservativo?? Fiquei no maior dilema, minha gente. Hora H, morrendo de tesão, não tinha como buscar a camisinha e também não tinha a menor possibilidade de eu fazer com ele sem, por mais chapada que eu estivesse. No entanto, o tesão estava gritando dentro de mim e não conseguia me enxergar saindo de lá sem saciar a minha vontade. Em um milésimo de segundo pensei em várias possibilidades, até que me ocorreu olhar na minha bolsa. Eu sempre saio prevenida, afinal, vai que a balada resultasse em alguma coisa, rs, e lá estava ela! Uma camisinha solitária da minha marca preferida (Skyn)! Uhuuuu, alguém gozaria naquela noite! Minha última transa do ano! ?
Começamos comigo por cima, sentada no seu colo. Transamos em várias posições (não vou me aprofundar nos detalhes, pois a memória está comprometida), só lembro que ele bombou por um tempão comigo de quatro, ajoelhada no sofá, até finalmente gozar nessa última posição. Depois ficamos abraçados, no maior chamego, completamente nus, conversando sobre banalidades. Ele perguntou quando eu ia embora e me chamou para voltar lá depois. Estávamos absortos e aconchegados nos braços um do outro, até que fomos surpreendidos pelo Árabe Boss e a Gabi abrindo a porta do quarto. Me cobri rapidamente e Gabi, a estraga prazeres, soltou um:
–Vamos embora amiga? – Tesourando o meu momento.
-Claro amiga.
Me vesti e sem muitas delongas partimos. Chegamos no hotel e começamos a trocar figurinhas. Ela contou que o Árabe Boss não deu muito no couro e se surpreendeu quando contei que o Moreno Gato tinha um pau mais modesto, diferente do que imaginávamos por conta do seu porte físico.
-Você sabe que era pra EU ter transado no conforto do quarto, enquanto VOCÊ na simplicidade do sofá, né? – Acusei.
-Ai amiga, fui falando pra ele me mostrar o apto, até que chegamos no quarto. Sorry.
-Piranha.
Na manhã seguinte…
Eu já estava super in love pelo Moreno Gato! Não que tivesse sido a melhor transa da vida, mas eu estava carente e me apaixonando por qualquer transa bem sucedida. Ele não tinha pegado meu telefone, mas o Árabe Boss tinha o da Gabi e para solicitar o meu era dois palitos.
Porém, contudo, todavia, o Moreno Gato não fez a menor questão de descolar o número do meu telefone. ? E isso me incomodou MUITO! Afinal, ele não tinha falado para eu voltar lá depois??
Para variar, eu tinha perdido um dos meus melhores brincos enquanto estávamos transando. Movi céus e terras para recuperá-lo, mas essa minha determinação por um mísero acessório, passou a ideia errada de que eu estava inventando qualquer pretexto para contatá-lo.
-Gabi, fala com o Árabe Boss do meu brinco.
-Já falei amiga, ele não encontrou.
-Fala pra ele procurar direito!! ? Arrastar aquele sofá! Lembro muito bem do momento em que o meu brinco caiu. Eu ainda consegui recuperar a tarracha e a coloquei numa dobra do sofá! O brinco deve ter caído pelo chão.
-Tá amiga, vou falar pra ele procurar novamente.
Estava desagradável ter que terceirizar a busca, porque o comedor de meia tigela não me mandava uma mensagem! Seria muito mais prático falar com ele – que sabia muito bem como utilizamos aquele sofá – , para procurar o meu brinco nos pontos certos!
-Amiga, admite que você está usando o brinco como desculpa para se aproximar dele… – Gabi, viajando na maionese.
-Amiga… não é desculpa! Eu paguei caro naquele brinco e adoro ele! Faço questão de ter o meu brinco de volta!!
Qual a dificuldade de entenderem que eu sou uma mulher vaidosa, que preza pelos seus pertences?? Quando senti meu brinco caindo, enquanto ele bombava fortemente comigo de quatro, rapidamente salvei a tarracha, que ainda estava grudada na minha orelha, e mentalmente esquematizei: “Depois que terminarmos vou procurar o brinco”. Porém esqueci. Acontece. Juro pra vocês que a minha vontade de recuperar o brinco era genuína. Apenas isso.
Terceira vez que a Gabi falava com o Árabe Boss…
-Amiga e o meu brinco??
-Ele não encontrou amiga.
-Não é possível! Ele não procurou e está dizendo que não achou, sem sequer ter procurado! Impossível não estar naquele chão!
-Amiga, já está chato eu ficar cobrando isso dele.
-NÃO INTERESSA!! QUERO O MEU BRINCO!! ??? Se tiver ruim pra você, me passa o número dele que eu mesma mando a mensagem cobrando!!
[…]
-Meu, a minha amiga tá me irritando aqui com a história do brinco dela. Será que você poderia procurar mais uma vez?
Eu não voltaria para São Paulo sem a porra do meu b-r-i-n-c-o!
Primeiro dia de praia, ai que delícia! Aquele sol escaldante, somado ao calor abundante, era exatamente tudo o que a gente precisava! Compramos nossas canguinhas, alugamos um guarda sol com duas cadeiras e lá estávamos nós, lindas e belas, pleníssimas estendidas na areia. Estávamos tão maravilhadas por estar na praia num belíssimo dia de sol e calor como aquele, curtindo nossas férias maravilhosamente, em frente ao Copacabana Palace, tão absortas no nosso mundinho, dentro da nossa bolha, que, nesse primeiro momento, não percebemos a quantidade de pessoas estranhas e esquisitas que jaziam por todos os lados naquela areia.
A primeira ilusão visual foi quando chegou um casal e se instalaram a poucos metros da gente. Os apelidamos de “O falso jogador de futebol e sua mulher gringa”. Quando eles chegaram, foi uma entrada triunfal. Eles trouxeram uma caixa de som gigantesca e colocaram uma música eletrônica que ecoava por toda a praia. Chegaram no exato momento em que a Gabi tinha acabado de comprar, de um camelô, uma caixinha de som vagabunda, só para ouvirmos entre nós duas ali mesmo. Quando o casal vizinho chegou e colocou a caixa de som deles pra funcionar, a nossa ficou apagada e até brinquei com a tal gringa que o som deles tinha humilhado o nosso. Ela deu um sorriso amarelo, como se não tivesse entendido a piada, e atribuímos o seu não entendimento a sua possível origem estrangeira.
– Aposto que ele é jogador de futebol, que nem o Neymar! E essa namorada dele é gringa! – Análise prematura da Gabi.
A tal gringa usava uma canga branca de bolinhas pretas, algo que realmente parecia refinado. Com o passar do tempo, notamos uma constante movimentação no vizinho ao lado. Sempre ia alguém falar com ele e ele, o tal jogador de futebol, mostrava uma corrente dourada para a tal pessoa.
– Ele está vendendo correntes de ouro na praia! Que chique! – Novamente Gabi, a iludida.
Ficamos algumas horas curtindo o sol e cuidando da vida alheia, até que, com o passar do dia, o filtro da riqueza foi se esvaindo dos nossos olhos, principalmente dos da Gabi, que desde o princípio pintou uma imagem glamourosa deles.
Quando a tal gringa tirou a canga, revelando uma tatuagem de péssimo gosto na região do bumbum – era um tribal – , Gabi caiu em si que aquela mulher não era gringa coisa nenhuma! Dito isso, instantaneamente, a tal gringa já não parecia mais tão bonita e exótica, mas sim uma mulher comum e sem atitude, ao lado de um cara que dava mais atenção para as pessoas que vinham até ele, do que para ela que estava o tempo inteiro ali.
Mais tarde ainda, uns dois policiais rondaram onde estávamos e caímos em si que, na verdade, aquelas correntes douradas deveriam ser fachada para um esquema de venda de drogas. Ou seja, estava rolando o maior tráfico ali, bem debaixo dos nossos narizes e a Gabi achando que o possível traficante era jogador de futebol! ???
*
Paralelamente, observamos também uma mulher, alguns metros à frente, descolorindo seus pelos como se estivesse no quintal da sua casa. Uma visão horrorosa, minha gente! Ficamos abismadas com a coragem daquela mulher, não se importando com o ridículo.
– Vai ver, aqui isso é normal. – Ponderou Gabi, tão confusa quanto eu, diante dos hábitos cariocas.
*
Uma outra situação estranha foi quando, de repente, alguém jogou areia na gente. As duas espalhafatosas gritaram e quando olhamos para o lado, tinha sido uma criança que estava junto com a sua família. Todos os membros presentes nos encararam, com a maior cara de poucos amigos. Gabi, para disfarçar o climão que se instaurou, falou: “Me assustei, rs”, como se as erradas fôssemos nós, por termos gritado. Eles, no entanto, sequer pediram desculpas pela sapecagem da criança e continuaram nos fuzilando, como se fôssemos duas intrusas.
– É amiga, acho que as pessoas que moram em Copa já foram tudo viajar. Essas que estão aqui são pessoas que moram em bairros mais distantes. – Mais uma análise da Gabi, agora sim, mais certa do que nunca.
Voltamos para o hotel, levemente desapontadas. Esperávamos paquerar na praia, encontrar pessoas bonitas e interessantes, mas não foi bem isso que aconteceu.
Pelo menos ainda nos restava a noite…
Nos arrumamos lindamente e fomos num Pub chamado: “The Rock Bar”. Estava bastante promissor. Teve um show de música ao vivo, tínhamos reservado uma mesa, comemos, bebemos algumas bebidas – infelizmente não conseguimos ficar bêbadas – e até fui reconhecida por um cara que dei match no Tinder na noite anterior.
Contudo, nada significativo acontecia naquele pub. Éramos as gatas que não deram certo no rolê. Impressionante. Saímos de lá e fomos para outro lugar. Nesse outro – que sequer lembro o nome – , pagamos entrada para irmos embora em menos de uma hora. Tocava pagode, depois mudou para eletrônico, o que em outro momento teria nos animado, porém, como estávamos vindo de outro agito, à essa altura já não tínhamos mais tanto pique. Voltamos para o hotel, novamente frustradas.
– É amiga, a viagem não está sendo como imaginávamos. – Falei um pouco desanimada, enquanto estávamos no Uber, rumando de volta para o hotel.
– É amiga, não está mesmo não. – Respondeu Gabi, vencida pelo cansaço.
Mas a viagem estava apenas começando!! Dias melhores viriam!!
Essa é uma história baseada em fatos reais, cujos momentos ocorreram em meados de dezembro de 2019. Aquele tipo de experiência que depois que passa você ri, vira assunto em rodas de conversa, você verdadeiramente se diverte lembrando, mas, no tempo real dos acontecimentos não foi bem assim. Quem nunca passou por isso ainda não viveu nessa vida!
Final de ano chegando e você, que ainda não tem nada planejado, começa a pensar nas possibilidades para o seu réveillon. Eu queria ir para o Rio. Tinha uma lembrança antiga de um ano novo que passei com uns amigos em Copa (de 2015 para 2016) e queria muito vivenciar tudo de novo. A queima de fogos na praia tinha sido algo tão lindo, tão mágico e tão belo, que me fez sentir algo tão especial por dentro, como se tudo aquilo – toda a experiência visual e sensorial – fosse a confirmação de que o ano que entraríamos seria incrível.
Como realmente foi. Em 2016 realizei o meu tão sonhado objetivo de sair de casa e morar sozinha, escrevi meu primeiro livro, enfim, foi um ano de muitas conquistas e crescimento pessoal e atribui todas essas conquistas à mágica invisível presente na virada do ano. Como uma superstição. Se a virada de ano for incrível, então o ano que entrará será melhor ainda. Eu queria ter esse mesmo sucesso em 2020. Estava decidido. Eu iria para o Rio de Janeiro no réveillon outra vez!
Depois que você decide o que fazer, o próximo passo é pensar “com quem”. Com os amigos que fui anos atrás não seria mais possível, as rotinas mudaram, não éramos mais tão próximos.
Coincidentemente, uma grande amiga minha terminou seu namoro bem nessa época de festas de final de ano. Seu relacionamento de três anos tinha sido rompido abruptamente e ela estava inconsolável. Foram dias difíceis. A intimei passar uns dias na minha casa e quando eu achava que finalmente estava conseguindo distraí-la, dali a pouco a flagrava chorando de novo. Decidi então arrastá-la para o Rio comigo. Réveillon na praia, solteira e com uma amiga alto astral do meu lado (que naquele momento não estava tão alto astral assim, rs) tinha tudo para dar certo! Ninguém seguraria a gente!
Ela tentou me convencer a irmos para Búzios ou Angra dos Reis, algo mais glamouroso, mas eu, teimosa como sou, a convenci de que assistir a queima de fogos em Copacabana seria muuuuuito melhor! Partiu Rio!
… de ônibus.
Não que não tivéssemos dinheiro para ir de avião, mas eu estava num momento de reeducação financeira, levemente pão dura, lendo muito Nathalia Arcuri, optando sempre pelo mais em conta e não o mais confortável.
Péssima escolha.
Pegamos muito trânsito e a viagem que começou animada, se tornou cansativa e desgastante. E assim foi dada a largada!
*
O hotel que nos hospedamos, bem… também deixou a desejar. Para um quatro estrelas, ele estava mais para três, quase duas. Minha amiga – a partir daqui vou chamá-la de Gabi, para fluir melhor o texto – estava mais conformada, dizendo que, pelas fotos, sabia que não era grande coisa. Já eu era a cara da decepção. Com o valor que pagamos, para passar uma semana inteira, esperava algo muito melhor do que aquilo.
A boa notícia é que depois que arrumamos o quarto com as nossas coisas, instantaneamente mudou a energia do lugar, ficando bem mais aconchegante. “Mal vamos ficar no hotel, amiga”, relembrou Gabi, no alto de sua sabedoria.
Contudo, Gabi não estava plenamente certa de suas palavras. Afinal, tínhamos um plus nessa viagem: o coração partido. Levá-la para o Rio não curou as suas mágoas num passe de mágica e a fossa tem o poder maligno de tirar o brilho das coisas – só fico na dúvida se numa Nova York, Las Vegas ou Califórnia, o efeito ainda seria o mesmo, rs – .
Como se já não bastasse a Gabi estar na maior fossa, nível hard, eu também estava um pouquinho abalada amorosamente. Não tanto quanto ela, mas também não estava 100%. No meu caso, o que aconteceu foi o seguinte, o boy que eu saía na época teve uns problemas pessoais e tivemos que parar de sair. Saíamos por três meses, pouco tempo, mas com muita intensidade, se é que vocês me entendem. Para variar, coincidentemente ele morava no Rio – juro que não foi por esse motivo que eu quis ir para lá – o que me deixava ainda mais emotiva durante a viagem.
Então, sendo assim, eu e Gabi, Gabi e eu, após desfazermos as nossas malas e nos depararmos com os cinquenta tons de cinza das paredes do quarto, sem nenhum cronograma do que fazer naquela noite carioca, decidimos então baixar o Tinder! Isso mesmo, o Tinder! – Não nos orgulhamos disso. – Até mesmo um corretor de imóveis carioca, que eu conhecia de São Paulo, encontrei no abençoado aplicativo – devia ter ido passar o final de ano com a família, rs – .
Por fim, consideramos saudável ficar no hotel naquela primeira noite, por vários motivos. Primeiro: estávamos cansadas da viagem de ônibus; Segundo: além do cansaço do trajeto, ainda tivemos mais tarefas ao chegarmos, arrumando o quarto e o deixando do nosso jeitinho; E por último, mas não menos importante, não tínhamos A MENOR ideia do que fazer no Rio! Não pesquisamos nada com antecedência, não nos planejamos, simplesmente fomos! Então usamos esse tempo no quarto para descansar e ao mesmo pesquisar boys potenciais no Tinder para nos trazer um pouco de aventura nos próximos dias que viriam.