Quarto 127. Havíamos conversado bastante antes do encontro, e me contou sobre a sua formação em ginecologia. Bem humorado, assim que abriu a porta, fez uma piada dizendo que havia um tarado no corredor, me incentivando a entrar logo rs. Não parava de me elogiar, me deixando contente por ter gostado tanto assim de mim. Fomos para a cama e ficamos de namorico. O encontro não teve muitas novidades no seu decorrer. Foram 1:30 de muitos amassos, carícias e sexo oral. Estava tudo indo muito bem, como seguia o protocolo, até que fomos transar. Encapei o menino e fui por cima.
Cavalguei por um tempo e determinada hora resolvi fazer aquela checagem básica na camisinha. Peguei no seu pau e nada dela, fui subindo a mão e nada ainda, daí saí de cima dele alarmada, constatando que a bendita tinha ficado dentro de mim!! ? Eu enfiava o dedo e ainda assim não conseguia senti-la!! Ele se prontificou em me ajudar, lubrificou seus dedos e enquanto tentava tirá-la, disse que se não conseguisse, eu teria que ir para o hospital!! Entrei em pânico mais ainda! Mas felizmente ele conseguiu tirar!
Imediatamente já começou a passar mil coisas pela minha cabeça. Tive relação sexual com um estranho sem proteção nenhuma!! Que merda!! Ele surpreendentemente estava muito tranquilo, como se não tivesse acontecido nada demais. Como o encontro já estava perto do fim e ele estava extremamente calmo, prosseguimos com o programa, mas por dentro eu já não estava mais ali. Fiquei de quatro para ele se masturbar e gozar nas minhas costas. Me masturbei para lhe incentivar a gozar logo, e talvez eu até tenha gozado também, mentalizando outras coisas.
Ele foi embora antes de mim, me tranquilizando que não tinha nada, e que eu podia ficar despreocupada. Mas como eu poderia confiar na palavra de um cara que eu estava saindo pela primeira vez, e que ainda por cima não tinha sido consentido?! Enquanto tomava banho e me arrumava, pedi a refeição e enquanto comia, pensava no que eu iria fazer. Na verdade não tinha muito o que eu pensar, não tinha escolha. Saindo de lá, peguei um táxi e fui direto para o hospital Emílio Ribas.
Demorou para eu ser atendida – não por estar cheio, mas por ser troca de turno -, precisei faltar na faculdade, e expus a minha vida profissional para a médica. Ela me receitou a PEP (Profilaxia Pós-Exposição Sexual) que já peguei na mesma hora, na farmácia deles. Desde então estou tendo que tomar 3 medicações juntas por 30 dias (que encerram amanhã) por conta desse miserável incidente. Como efeito colateral meus olhos estão amarelos, sem contar os terríveis enjoos que tive nos três primeiros dias, até que resolvi tomar Pantoprazol antes dos antibióticos, para que meu estômago não fosse tão prejudicado.
Olha, não desejo isso a ninguém. Com certeza toda essa dor de cabeça não me valeu os R$ 350. Fico agradecida que pelo menos exista essa opção de tratamento preventivo, pois senão estaria ferrada!
Ele continuou me mandando várias mensagens depois do encontro, e precisei voltar no assunto. Fiquei muito, mas muito decepcionada com a sua resposta despreocupada, banalizando a gravidade do que aconteceu.
Eu não estava acreditando que ele havia sugerido de corrermos esse risco toda vez!! Somente uma pessoa muito irresponsável e desleixada com a sua própria saúde, para dizer uma merda dessas! Como sou muito educada, fiz questão de lhe explicar o meu ponto de vista, quem sabe assim colocava um pouco de juízo na cabeça de uma pessoa que pela idade já deveria ter faz tempo.
Felizmente conseguimos superar essa questão e já tivemos dois repetecos.