“O Piloto Gringo”

Querido diário,

Essa postagem é dedicada especialmente àqueles que sentem falta dos relatos de encontros! 😏 Essa semana tive alguns dates diferenciados, deu vontade de relembrar os velhos tempos relalatando! 😛

Preparados?

Nossa conversa no whatsapp começou meio estranha…

– Olá. Meu nome é **** e encontrei sua página de perfil, Você está maravilhosa! Estarei em São Paulo nos próximos 2 dias e gostaria de saber se você está disponível.

Enviei o textinho com as minhas informações.

– kkk, gosto da sua confiança!! Do you speak english?

– Não entendi. – Respondi para a sua primeira frase, ignorei a pergunta do idioma.

– Eu gosto da sua confiança, então não há necessidade de se desculpar.

– Continuo sem entender porque eu me desculparia por algo. 🤔

– Acredito que estamos tendo um problema de tradução. Eu estava tentando elogiá-la sobre sua confiança.

Que elogio mais estranho Kkkkk, elogiar minha confiança? Não tinha muito sentido naquele contexto. 😅

– Provavelmente. – respondi referente a tradução equivocada.

Enfim agendamos um encontro e fui ciente de que a comunicação seria toda em inglês quando eu chegasse. Combinamos uma duração de 2h para o dia seguinte. Fui encontrá-lo no Hotel Pullman do Ibirapuera.

Eu acho engraçado quando os clientes utilizam fotos antigas e quando chegamos, constatamos que o mesmo está um pouco mais velho. 😆 O que não necessariamente seja ruim, apenas uma observação engraçada, rs.

Ele era um senhor interessante, apesar da idade, todo bem cuidado, magrinho, mas malhado, com peitoral saltado e barriga chapadinha, valorizei. Simpático, energia leve, estava preocupado que fosse bom para mim também. Elogiou bastante o meu blog, disse que a tradução era perfeita e até perguntou se foi eu mesma que tinha escrito em inglês e colocado no site. Já pensou eu ter todo esse trabalho?? Kkkk. Respondi que a tradução era automática pela própria plataforma, mas que agradeceria ao meu amigo de TI, que cuidou de toda essa parte pra mim! 😁

Conversamos um pouco antes de nos beijarmos, ele contou que era piloto de uma companhia aérea americana, estava no Brasil, inclusive, a trabalho, voaria de volta naquele mesmo dia, mais tarde. Ele tinha um espírito jovem, colocou Tame Impala para tocar e o beijo fluiu naturalmente. Como era um encontro de duas horas, foi desenrolando sem a menor pressa. Após muitos beijos e alisamentos, minhas roupas foram saindo primeiro, até o momento em que as dele também foram para o chão. Ao me deixar só de calcinha, sentou na cama, pegou um travesseiro, colocou na sua frente e indicou para que eu usasse. Entendi que queria que eu me ajoelhasse para chupá-lo. Na hora achei um pouco precipitado, pois ele ainda estava de cueca, mas bora lá, obedeci. 👅

Comecei delicadamente pelas bolas, um tempo de atenção em cada uma delas. Depois passei a língua contornando todo o pau, voltei para as bolas novamente, repeti todo o processo e só então o abocanhei por completo. 😛 Tentei dar aquela sensualizada, olhando para ele com cara de safada enquanto chupava, mas a sua reação em resposta não foi nada sexy kkkk, ele levantava as sobrancelhas e quase sorria, como se estivesse sem graça com a minha encarada kkkk. Algum tempo me deliciando, até que ele me puxou para mais beijos e então indicou para que eu me deitasse.

Daí ele falou algo sobre o tantra, chakras, confesso que não entendi tudo claramente, meu inglês está um pouco enferrujado kkk, mas captei o contexto. Pegou dois pinceis grandes, utilizados em body paint, desligou a música para que ficasse um ambiente mais sereno e começou a passar o pincel menor nos meus seios. Fechei os olhos e relaxei com a maciez das cerdas. Depois de um bom tempo ele trocou para o pincel maior e repetiu todo o processo. O percurso do pincel era rodear os meus seios, uma atenção extra nos mamilos e depois seguiu descendo pela minha barriga. Ele se posicionou entre as minhas pernas, de um jeito que parecia mesmo estar pintando o meu corpo!!

Explicou que aquilo servia para limpar as energias, que todas as nossas tensões ficam retidas na região pélvica e depois seguiu com os pincéis para lá. Alisou a minha pepeka com eles. Olha… foi muito gostosinho sentir aquilo! Aquela região estava bem mais suscetível que os seios. Depois de se dedicar um bom tempo nessa tarefa toda, me conduziu para a beirada da cama, pois iria me chupar.

Ele teve o cuidado de me mostrar, antes de usar em mim, um lubrificante com sabor que tinha trazido, me lubrificou com aquele gostinho e também seus dedos para introduzi-los em mim ao mesmo tempo. Dedada na xana, para mim, é uma roleta russa, tem dias que gosto, tem dias que não quero. Nesse dia eu não queria, tinha tido uma transa intensa no dia anterior e a pepeka ainda não estava plenamente recuperada. Ele percebeu que eu não estava muito confortável, mas atribuiu às minhas “tensões pélvicas”e continuou com os dedinhos. Deixei que continuasse, ele tava todo empenhado, não queria parecer a chata, cheia de não me toque.

Depois ele já quis encapar para me comer naquela posição mesmo, mas achei a camisinha gringa dele mega estranha. Toda enrugada, com um cheiro característico forte, tinha até uma bolinha branca solta nela. Perguntei o que era aquela bolinha, ele respondeu se tratar do lubrificante do próprio preservativo, mas era uma bolinha sólida, lubrificante não é líquido? Rs. Enfim, com esse pequeno contratempo logístico, ele perdeu um pouco da ereção e precisou inutilizar a camisinha que já estava encapada. Achei ótimo, preferia usar as minhas.

Ele se deitou na cama e voltei a chupá-lo, tentando reanimar o garoto. Deu um certo trabalhinho, depois fui correndo pegar o meu preservativo. Encapamos e ele veio por cima. Bem disposto! Mandou ver sem perder o fôlego em nenhum momento. Cardio tá em dia! Acendeu meu tesão enquanto ele metia! 🔥 Foi eu começar a me masturbar, com ele entrando e saindo de mim, que o danadinho se encaminhou para o orgasmo.  💦 💦 💦

Quando eu estava prestes a gozar, ele foi primeiro, mas continuou até que eu também chegasse lá. ❤️ Gente, juro, eu tive uma gozada muito intensa!! Acho que foi por conta de todo aquele ritual com os pincéis antes! Surreal! 🤩

Depois ficamos o restante do tempo na cama conversando. Ele é uma pessoa muito interessante. Mora na Flórida e compartilhou um pouco da sua vida, me mostrando algumas fotos em seu celular. Quando era jovem, fez parte de uma banda e quando vi essa fotografia, pedi que cantasse para mim. Achei que ele fosse recusar, ficar com vergonha, mas que nada, colocou uma música acústica do Foo Fighters e cantou junto com o vocalista! Cantou a música inteira, e cantava bem, viu?! Achei aquela cena fantástica!! Ele se interessou em saber que tenho visto para os Estados Unidos, internamente também me interessei por um possível job afora, rs. 😏

Depois fui tomar banho para ir embora e ele me convidou para almoçar. Eu não costumo aceitar convites fora do tempo contratado, mas como eu precisaria procurar um lugar para comer de qualquer jeito saindo dali, acabei aceitando. O almoço foi breve, o restaurante do hotel estava fechado, então pedimos um petisco no bar. O curioso foi que, durante o nosso papo, enquanto comíamos, ele pediu uma análise minha sobre uma situação dele com outra acompanhante, que ele estava envolvido. Ele me contextualizou todo o envolvimento deles e depois me mostrou as conversas de whatsapp. Achei o máximo estar sendo requisitada como coach de relacionamento entre clientes e acompanhantes. 😛

Bom, para você que ficou curioso pelo meu veredicto, resumidamente, o que concluí, após uma rica análise, era de que a acompanhante que ele dizia ambos estarem envolvidos, na verdade estava interessada nele para ser seu sugar daddy. O que não é ruim, se os objetivos de ambos estivessem alinhados, mas ele queria um romance sem envolvimento financeiro, rs.

O mais curioso ainda, é que no dia seguinte a esse encontro, tive um atendimento sem sexo, em que fui contratada justamente para analisar uma outra situação de envolvimento entre cliente e acompanhante! 👀 Será o universo me falando para explorar outras vertentes?!! Já sou coach para novas acompanhantes, imagina se eu lanço a modalidade coach para clientes também?! 😁

Comentem aqui o que acham da ideia!!

Gostariam que eu voltasse a relatar mais os encontros também? 😏       

A Coach

Querido diário…

Que saudade dessas páginas…! Essa semana naveguei por você, relendo postagens antigas e senti um falta daquela satisfação em alimentá-lo. Aliás, passamos tantos momentos bons, engraçados, tensos e até melancólico juntos. Assim como ciclos se renovam, acredito que esteja na hora de te trazer novidades também! Mas claro, sem perder a sua essência das publicações. 

Desde o princípio, sempre quis ser mais do que uma acompanhante comum, sabe? Quando adentrei nesse ramo, me deparei com uma profissão completamente marginalizada pela sociedade e isso me incomodava bastante, porque no fundo eu sabia que não era sujo e indigno como muitos viam. Eu não podia falar para ninguém o que eu fazia, mesmo que fosse algo que além de pagar as minhas contas, me privilegiasse conquistar meus objetivos, porque eu sabia que a partir do momento que eu revelasse, poderiam me tratar diferente, me olhar diferente e eu não queria esse tipo de julgamento. Optei pela privacidade muito mais por uma questão de evitar polêmicas, do que por preconceito de minha parte. 

Estudei jornalismo na faculdade e para o TCC escrevi um livro reportagem sobre “O Preconceito Com A Prostituição” – ainda convidei para a minha banca uma professora que, sem nunca ter dito abertamente, eu tinha consciência de que a mesma sabia o que eu fazia, a convidando justamente para mostrar que eu era uma puta com propósito! Rs. – Acho que eu nunca contei nessas páginas sobre esse meu processo durante a faculdade, né? Pois irei contar agora! 

Trabalho de Conclusão de Curso

No meu último ano da faculdade (2018) a minha cabeça estava uma bagunça. Envolvida por um cliente casado, cujo envolvimento me atrapalhava muito como profissional e também como estudante, ele tinha muito ciúmes dos meus clientes e eu matava muitas aulas para encontrá-lo a noite. 

Quando brigávamos (o que acontecia com muita frequência) eu chegava aos prantos e atrasada em muitas aulas importantes, o que fazia com que eu estivesse ali, mas sem estar presente. Não me dediquei as aulas que mais precisava e quando começou o trabalho de preparação do TCC me vi num trio com mais duas amigas, sendo completamente levada pela correnteza. Eu não me identificava com o tema definido por uma delas (“Casamentos Inter-religiosos”), mas também não tinha a menor ideia do que eu poderia fazer. 

Quantas vezes entrei em conflito comigo mesma, pensando: “Após quatro anos de faculdade, é sobre isso que será o meu TCC?”. Eu me sentia uma inútil. Não conseguia dar um rumo para a minha vida acadêmica, não me conectava com o tema definido e ao mesmo tempo não fazia a menor ideia do que eu poderia fazer de diferente. 

Até que, numa noite, após sair de um encontro, ir para a aula e continuar refletindo sobre tal encontro, me dei conta do óbvio: O tema que eu tinha maior afinidade era o sexo! Na hora me deu um start e pensei: “É isso! Preciso falar sobre sexo!” Mas o que sobre sexo eu poderia falar, que fosse relevante para a sociedade?? Fiquei pensando, pensando, até que me ocorreu: “Eu poderia falar sobre o preconceito que a sociedade tem com a Prostituição!” Imediatamente foi como se tudo ganhasse um novo significado. Faltava apenas uma semana para a entrega do pré-projeto do TCC, no meu grupo já estava tudo encaminhado e eu me vi empolgada em começar tudo do zero. 

Cheia de dedos falei com a professora no final da aula, receosa que ela fizesse qualquer associação por eu ter tanto interesse no assunto. A nossa conversa foi melhor do que eu imaginava. Ela achou o tema relevante, polêmico e super diferente, mas não me incentivou a trocar, àquela altura do campeonato, visto que o pré projeto do meu grupo estava quase finalizado. Ela disse: “O pré-projeto de vocês já está quase pronto e tá ficando muito bom! Resta muito pouco tempo pra você recomeçar sozinha agora”. Acreditem, eu saí da mesa dela mega empolgada pela aprovação do tema, do que desestimulada pelo tempo escasso que eu tinha.  

De repente o TCC ganhou um brilho pra mim! Eu me empolguei de refazer todo o processo, ainda que até ali eu mal tivesse contribuído. Assim que cheguei em casa, toda engajada e animada por ter encontrado o meu propósito, já comecei a reescrever a justificativa, os objetivos e etc. Avisei as minhas amigas que trocaria de tema e me diverti com as suas reações espantadas, rs. O que eu tive seis meses para fazer, fiz em uma semana. Perfeito não ficou, mas ruim também não. Meu pré-projeto foi aprovado e eu estava em êxtase! 

Para o projeto final entrevistei quatro perfis específicos de clientes, de acompanhantes e estudei sobre a origem da prostituição. Tretei com a minha orientadora (nem tudo são flores), mas no dia da banca, apesar de algumas sugestões de melhorias advindas da péssima orientação que tive, consegui tirar dez! Foi muito incrível aquela sensação maravilhosa de objetivo alcançado! ?? 

Tive a minha glória com o TCC, mas não levei o projeto adiante. Quando termina você só quer curtir o fechamento daquele ciclo. Quantas e quantas vezes não iniciei a edição do meu livro reportagem, alterando para as sugestões que foram feitas e abandonei? (Quem sabe agora retomo?)

Tudo isso para dizer que desde o início eu sempre fui muito insatisfeita com a maneira como essa atividade é tratada. Não tem treinamento, preparo, você aprende tudo na raça e se tiver sorte não sairá traumatizada. A própria palavra que define a atividade é pesada, pejorativa e feia. Então cá estou eu para mudar esses conceitos e ajudar essas mulheres que querem trabalhar como acompanhante, querem ter a sua independência financeira e não sabem por onde começar.

Coaching

Como já venho falando disso há algum tempo, meu próximo livro (que está quase saindo do forno) será direcionado a essas mulheres, que querem adentrar na profissão, ou simplesmente conhecer mais sobre, agregando maior tempero as suas relações íntimas.   

Dias atrás recebi um contato pelo Instagram de um ex cliente, me solicitando uma mentoria para uma jovem que quer começar na atividade. Fui remunerada por isso, então já posso dizer que tive a minha primeira pupila! ? Conversamos por duas horas via WhatsApp e foi uma conversa muito interativa e produtiva. É uma delícia essa sensação de poder agregar conhecimento na vida de alguém. 

A minha mentoria consiste em um bate papo de pelo menos duas horas, para discutirmos tudo que é necessário para começar, desde o seu preparo psicológico até o dia a dia da profissão. 

Em nenhum momento pretendo incentivar essas meninas a entrarem nessa atividade. Quando chegarem até mim, essa decisão já terá sido tomada por elas mesmas. O meu papel é apenas instruí-las para que tenham as melhores experiências possíveis nesse meio. Mais do que apenas passar o caminho das pedras, eu quero acompanhar a evolução delas de perto. Quero que vejam em mim alguém que realmente possam contar. 

Quem sabe esse blog volte a ser mais movimentado com postagens desse tipo sobre essas novas vertentes? 

Saudades de escrever aqui…

Um beijo! ?