Querido diário,
Três meses se passaram desde a última postagem deste quadro. Como o tempo passa rápido! 😱 Enfim, eis que retorno com mais uma nova experiência desses boys de aplicativo (Bumble). Decepcionante para mim e divertido para vocês! Incrível como os caras de hoje em dia não estão servindo nem pra sexo! 🥴
“O Folgado”
Demos match num domingo e rapidamente ele conduziu para que eu lhe passasse o meu WhatsApp. Fui na onda, afinal, perder tempo pra que?
No dia seguinte, ele chamou no meu número. Novamente sendo rápido na condução das coisas, propondo de irmos beber alguma coisa e trocar ideia, naquele mesmo dia. Eu tinha acabado de chegar em casa de um atendimento de casal, ainda estava um pouco alegrinha das taças que tomei no encontro e achei que seria legal outra aventurinha, em plena segunda-feira. Aceitei. Por volta das 17h ele passou para me buscar em casa (adorei que tinha carro) e seguimos para um barzinho roots, na Santa Cecília, chamado “Moela”, por sugestão dele. Me arrumei bem básica, afinal, encontro no meio da tarde, num barzinho na Santa Cecília, não era algo que merecesse uma grande produção, sem ficar over.
Minhas percepções sobre ele: não era um Brad Pitt, mas daria pra dar uns pegas. O estilo dele não era muito o que eu curto normalmente, mas, estava com a mente aberta para conhecer novos ares. Eu gosto dos Faria Limers e ele era um Santa Cecilier. Suas roupas pareciam de skatista, nada a ver com a patricinha que vos fala. Mas era independente, tinha carro, morava sozinho e trabalhava com publicidade. “Deixa a vida me levar”, pensei, empolgada com o encontro.
O papo fluiu super gostoso, bebemos dois drinks, cada um, e comemos uns croquetes. Ficamos umas 2h no bar. Eu já tinha avisado que não poderia ficar muito tempo, por conta da minha aula online a noite (que na verdade era um Job, eu que não iria perder dinheiro por causa dele).
Dividimos a conta (ele perguntou se eu queria dividir e respondi que poderia ser), 100 conto pra cada. Paguei de bom grado, mas, confesso que não vejo com bons olhos homem que não faz esse cortejo num primeiro encontro. Contudo, as minhas expectativas já estavam baixas, então não foi uma grande surpresa. Ao me deixar de volta em casa, demos um beijo na hora da despedida. Achei gostosinho.
Na mesma noite ele me enviou um invite do Spotify, coisa que eu nem sabia que era possível, para a plataforma criar uma playlist compartilhada com as músicas dele e as minhas. Achei criativo. Como também sou vidrada em música, foi bom para mantermos a conversa, graças a isso a interação rendeu bastante, ora eu comentando de alguma música dele que eu gostei, ora ele falando de algumas minhas também.
Na noite seguinte, ele, ousadamente, me enviou a seguinte mensagem:
– Tá de boa? Tomo um banho e passo ai pra gente jantar? haha
Eu já estava jantando num restaurante, com uma amiga que eu não via há muito tempo. Levei horas pra responder sua mensagem. Combinamos de sair no fim de semana, mas, na noite seguinte, antecipamos o encontro.
*
Quando ele chegou no meu apê, lhe servi uma taça de vinho e nos sentamos no sofá. Conversamos bastante, demorou até que rolasse o beijo e começássemos com a pegação.
Quando o sexo foi desenrolando, foi muito frustrante perceber que ele não tinha muita iniciativa na cama. Não me chupou em nenhum momento, o que me decepcionou profundamente. Ainda que muitas vezes eu prefira chupar, do que ser chupada, valorizo muito quando o parceiro demonstra essa vontade em agradar. E tenho bastante experiência com homens para saber que se ele não me chupa de primeira, dificilmente vai chupar depois. E como não me chupou, direitos iguais, também não me prontifiquei em fazer sexo oral nele.
Daí lá vem ele com aquele dedo mexendo na minha pepeka, podia ser a língua, né? Mas tudo bem. Já que era masturbação que ele queria, era masturbação que ele iria ter. Fui com a minha mão para o pau dele também.
Em algum momento perguntou se eu tinha camisinha (por que ele mesmo não trouxe a dele?) e após encapado o dito cujo, pediu que eu fosse por cima. Se eu já não tinha gostado que ele não me chupou, o achei ainda mais preguiçoso, querendo que eu trabalhasse primeiro.
Todas essas minhas queixas não transpareci na hora, para não azedar o clima, e fui por cima sem falar nada. Até que estava gostoso sentar nele, porque o abençoado tinha sorte de ter um pau apetitoso. Porém, quando invertemos e ele veio por cima, não gostei nada do jeito que ele metia. Ficava quase tirando e colocando, detesto quem transa assim, primeiro porque me dá aflição de entrar no buraco errado, segundo que a camisinha vai secando, não sendo mais tão gostoso com o negócio entrando seco.
Por conta do meu trabalho, estou tão acostumada a transar em prol do prazer do outro, que quando estou em encontros civis, às vezes esqueço de me priorizar também. Então por mais que não estivesse tão gostoso e confortável transar com ele daquele jeito que ele fazia, não interrompi logo de cara, pois pensei que ele pudesse estar quase gozando e não quis cortar seu barato, mas, pra variar, ele não gozava nunca, e eu só deixei para interromper quando chegou no meu limite de desconforto com aquilo. Deveria ter interferido bem antes.
Daí ele tirou a camisinha, e se sentou do meu lado, de modo que seu pau ficasse na altura do meu rosto. Percebi o que ele estava tentando fazer, olhei pra cara dele e dei uma risadinha, do tipo “é sério isso?”, daí ele perguntou se eu não queria chupar. Afffff. O cara que nem chegou perto da minha pepeka, estava querendo ser chupado? 😒 A minha vontade foi de responder: “você não me chupou”, mas, respirei fundo e consenti, pra evitar um climão na hora.
Enfim, gozou na minha barriga.
Após meu banho, ficamos deitados na cama conversando, até que o bonitão se convidou pra dormir, dizendo: “Você não vai desligar a TV e a apagar as luzes?”. Minha vontade era de dizer: “Sim, depois que você for embora”, mas, novamente não quis ser indelicada e consenti que ele dormisse comigo. Ainda reclamou que um dos meus travesseiros parecia uma pedra. 😒
Eu não quis ficar de chamego, nem dormir abraçadinho, quando ele vinha encostando em mim, eu já dava um chega pra lá. Permiti que ele dormisse apenas por ser de madrugada, acreditando que ele iria embora bem cedo na manhã seguinte. Mas, o meu grande erro é sempre esperar que as pessoas tenham o mesmo bom senso que eu teria.
De manhã, ele veio tentar um sexo matinal, já cortei, falando pra parar de mexer comigo, pois queria dormir mais. Por volta das 9h acordei e o bonitão ainda estava capotado. Levantei, fiz meu pré treino, peguei minha roupa de academia e fui me trocar no banheiro.
Quando voltei para o quarto, felizmente ele já tinha acordado, estava mexendo no celular, mas, reforçando a minha percepção de ser um folgado, continuou a vontade na minha cama, como se a casa fosse dele, mesmo vendo que eu já estava na ativa. Abri a persiana e nada do bonitão levantar e se arrumar pra ir embora, só faltou pedir um café da manhã na cama.
Vendo que ele não se levantava e como eu também não estava a fim de fazer sala, comecei a fazer minhas tarefas domésticas, como, tirar o lixo e ir limpar a areia dos gatos, colocar roupa pra lavar e lavar a louça. Nem arrumar a minha cama, que ele dormiu, o folgado não teve a educação de fazer. Se vestiu e foi sentar no meu sofá, esperando não sei o quê para ir embora.
Ele tentou puxar assunto, comentando de um quadro que eu tinha na parede, respondi seca, sem dar muita conversa. Em outro momento, ele ainda teve a audácia de pedir para que eu colocasse uma música, pois estava muito silêncio. A minha vontade foi de responder: “Já não deu a hora de você ir embora não, querido?” Mas novamente fui educada e apenas respondi que não gostava de ouvir música pela manhã, o que é uma grande mentira, só não queria que ele se sentisse ainda mais a vontade e confortável de continuar na minha casa.
Em algum momento ele justificou que estava esperando dar 10h por conta do rodízio do seu carro, o que não justificou pra mim, pois, se eu estivesse na casa de alguém e percebesse que a minha presença não era mais bem vinda, eu já teria vazado e esperado no carro. Mas vai saber se ele percebeu, né? Pelo visto não.
Depois que eu já tinha adiantado todas as minhas tarefas, me sentei e falei que só ia esperar ele ir embora para poder estudar um pouco. Daí ele se tocou e disse que já estava indo, faltando 10 para as 10. Geralmente, quando recebo um boy que eu curto muito, fico fazendo companhia até o elevador chegar, mas com ele só falei:
– -2 tá?
E fechei a porta.
Uma semana depois…
Ignorei.