Mala

Cuidado ao abordar uma GP

Boa tarde.

Eu fico impressionada em como o meu feeling raramente erra. Já na primeira mensagem que esse senhor (disse ter mais de 60) me enviou, percebi que não nos daríamos bem.

O cara não dá nem um “boa tarde” e já vem questionando algo que está muito bem explicado quais as razões no meu blog. Ainda assim, lhe respondi educadamente:

Sua resposta foi:

Primeiro, como já disse mil vezes aqui no blog, DESTESTO que me chamem de “amor”! Não existe maneira mais artificial e forçada de se dirigir a quem você não conhece. Segundo, não venha me chamar de “agressiva” apenas porque não concordei com as suas ideias. Em nenhum momento fui agressiva com ninguém, apenas fui direta. Terceiro, o que me importa como é o seu pinto?! ?

Quando li isso achei que estivesse de brincadeira com a minha cara. Afinal quem nos dias de hoje NUNCA andou de metrô?! Carros blindados? Por acaso é uma celebridade?! Achei que fosse um adolescente dando um de riquinho pra cima de mim e perguntei logo a sua idade. Foi quando revelou ter mais de 60. Provavelmente um velho ricaço acostumado a ter tudo na mão do jeito que quer. Meio a contragosto continuei negociando o local e a conversa migrou para o WhatsApp:

Se o cara quer que eu lhe abra uma exceção do local, então o mínimo que pode fazer é me mostrar uma foto sua. Ele relutou, disse que também preservava pela sua segurança, que tinha muito mais a perder que eu, e sentenciou que nos hotéis que atendo não daria para ele. Em contrapartida, falei que não teria como eu abrir exceção do local se sequer sei o rosto da pessoa que irei encontrar, e novamente sugeri que procurasse outra Gp. Três minutos depois ele me enviou sua foto. Finalmente chegamos a um acordo, e ele ficou de me avisar o dia, assim que consultasse a sua agenda.

Achei que já tivéssemos resolvido essa questão, mas hoje pela manhã nos desentendemos novamente. Assim que acordei havia mais mensagens dele. Perguntava se poderia me pegar na estação Santos Imigrantes (havíamos combinado na estação Pinheiros), e também perguntou se poderia ser num sábado de manhã. Além de também ter me enviado um vídeo. Lhe respondi:

Não sabia que pedir com educação para que não fizesse algo, fosse sinônimo de agressividade. Ignorei a sua justificativa do vídeo e respondi que poderia quarta-feira que vem. E veja o que ele respondeu:

Oi??

Lhe perguntei porque estava com essa impressão, e eis a sua resposta:

Foi a gota d’água pra mim.

Francamente. A pessoa acha que só porque está pagando tem que ser tudo do jeito dela? De que adianta ter tanto dinheiro se é um inconveniente que nem pagando consegue algo?

Aguardei alguns minutos para lhe dar o direito de resposta – que não veio – e então o bloqueei. Se já está sendo desagradável por mensagem, imagine pessoalmente.

Cliente 82 – “O Insistente”

Quarto 221. Ele abriu a porta mas não nos cumprimentamos no primeiro momento, pois falava ao celular com alguém do seu trabalho. Coloquei minha bolsa na mesa e já que ele foi para o banheiro enquanto continuava na ligação, fui me olhar no espelho. Meu cabelo estava todo bagunçado do vento e eu não sabia onde tinha ido parar minha escovinha de cabelo que carrego na bolsa. Dei uma ajeitada com a mão e alguns segundos depois ouvi ele desligar.

Esperei que dissesse algo, mas como ficou em silêncio, para quebrar o gelo perguntei animadamente se estava tudo bem.  Ele me respondeu mais gentil do que eu esperava, dizendo: “Agora que você chegou, está”.

Veio até mim, parou na minha frente, a poucos centímetros do meu rosto, e perguntou se ainda dava tempo de ir embora, porquê senão iria se apaixonar… ? Pedi que parasse de exageros, mas ele firmemente respondeu que não era exagero nenhum. Até brincou com uma cantada barata, dizendo: “Machucou suas asas quando caiu do céu?”, dei risada e tratei de beijá-lo. O beijo foi muito bom, encaixou direitinho.

Depois disso ele veio com um papo exagerado, de que sabia que iria se apaixonar por mim. Que eu era muito linda e perguntou se eu poderia abrir exceção de não ir para a faculdade naquele dia para ficar mais tempo com ele.

Respondi com jeito que “não”, pois já tinha o avisado da aula depois. Como se eu estivesse falando com as paredes, ele ignorou a minha desculpa e continuou perguntando repetidamente se eu não poderia abrir essa exceção. Achei que aquela insistência fosse momentânea. Mas não.

Depois que demos outro beijo, novamente pediu que eu ficasse mais que uma hora. Tentei ser mais firme na resposta, e falei que o tempo que ele estava perdendo tentando me convencer, que usasse para aproveitar o momento comigo, pois eu não iria ficar mais do que o combinado. – Até porquê eu deixei BEM CLARO que só poderia por uma hora, quando agendamos. –

Enquanto eu emendava dizendo: “Por que você não marcou para sexta que não tenho aula e posso por mais tempo?”, ele me cortava e repetia incansavelmente: “Abre essa exceção, abre essa exceção, abre essa exceção…” toda vez que eu recomeçava a frase que ele acabava de interromper. Nem preciso dizer que isso me incomodou. ?

Depois ele disse que ia tomar um banho e começou a se despir bem lentamente, usava um terno bonito e elegante, o que me causou a impressão de ser alguém muito importante em seu trabalho. Na mesa havia um notebook tocando melodias não cantadas. Tirando a insistência dele, estava agradável até então. Ele disse ter 53 anos, mas confesso que me pareceu ser mais velho. Os olhos dele eram lindos, bem azuis.

Eu já estava deitada na cama, ainda vestida quando ele voltou do banho. Veio usando um roupão e gentilmente perguntou se eu gostaria de beber algo, já tirando o telefone do gancho. Perguntei se ele iria pedir algo para si também, e como sua resposta foi negativa, falei que também não queria nada então.

Daí se deitou por cima de mim, me beijando bem gostoso, ao mesmo tempo em que fazia muitos carinhos no meu corpo. Me despiu com delicadeza, chupou os meus seios e minha xana. Chupava muito gostoso, mas não deixei que ficasse muito tempo pois demoro para gozar e como tínhamos apenas uma hora, fiquei mais preocupada com o seu prazer.

Voltamos a nos beijar e falei que queria chupá-lo também. Quando fui me sentando e ele se deitando, fez um carinho nas minhas costas e disse que eu precisava de uma massagem, que minhas vértebras estavam “rodadas”, seja lá o que isso quer dizer rs.

Se ofereceu para me fazer uma massagem naquele momento, mas com a oferta veio a persuasão para que aceitasse ficar e não ir a aula. Novamente falei que estava fora de cogitação. Ele não se dava por vencido e me beijava cochichando para que eu abrisse essa exceção, que uma hora era muito pouco comigo.

Realmente uma hora é pouco tempo para um programa, mas por que não marcou numa sexta então?! Eu falei diversas vezes por mensagem que só poderia por uma hora! Por que achou que pessoalmente minha decisão seria diferente?!

Eu estava a todo sorrisos, mas por dentro aquilo não estava me agradando. Não gosto quando não respeitam meu espaço! Imagina se vou parar minha vida “civil” em função da “Sara”? Eu repetia incansavelmente com jeitinho “não posso” e ele: “quando a gente quer dá um jeito” e quem disse que eu queria faltar na minha preciosa aula, que pago mensalidade todo mês, para ficar ali?!

Resolvi ir chupar o pau dele, quem sabe ele se distraía com a sensação da minha boca e parava com aquilo? Entretanto caros leitores, agora vem a segunda parte ruim do encontro. Quando bati o olho nas suas bolas, pensei: “de novo não..” pela segunda vez me deparei com aquilo e já estava ficando expert em identificar…

Nas suas bolas haviam aquelas mesmas bolinhas brancas com cara de espinhas, que tinham no pau do alemão! De repente parecia que eu estava num filme de terror! Pensei na desculpa que o alemão usou no dia, sobre ser “pelo encravado” e tive a certeza que pelo encravado não devia ser mesmo, pois o pau desse tinha bastante pelo.

Cheguei mais perto como se fosse mesmo chupar e vi as mesmas feridinhas vermelhas pelo corpo do pau. :'( :'( :'( “como vou sair dessa?” Pensei aflita! Não queria ter o mesmo fim de noite desagradável que tive com o Alemão. Fiquei enrolando, olhando para o pau dele, até que subi para voltar a lhe beijar e perguntei o que ele tinha aprontado para seu pau ter “umas coisinhas”. Ele respondeu que não tinha aprontado nada e o assunto morreu ali.

Fiquei o beijando mais tempo que o normal para não ter que me aprofundar naquele assunto. Quando vi que não teria mais jeito, perguntei se ele se importava de eu usar capa, e ele demonstrando imparcialidade, respondeu: “Faz o que você achar que tem que fazer”.

Sendo assim, fui até minha bolsa pegar o preservativo, entretanto, quando voltei percebi que seu pau deu uma amolecida e sinceramente gostei, mesmo com capa não era uma coisa que me agradaria fazer. Estava “bichado” de qualquer forma.

Para meu alívio, o tempo também estava acabando. Fiquei lhe beijando e conversando. E me mostrou a foto de seus filhos e esposa, e durante a conversa percebemos que tínhamos muitas coisas em comum, como a numeração do dia do nascimento (o mês era diferente), o estado que nascemos também era o mesmo, e sua mulher fazia aniversário um dia antes de mim. Tantas coincidências para que ele visse como um sinal de que “éramos feitos um para o outro”.

Vocês acreditam que ele me PEDIU EM NAMORO??! E falava sério, perguntou até se eu fazia viagens com os clientes. Respondi que já namorava, e ele ainda sugeriu que fosse meu amante! 😮 S-E-M-N-O-Ç-Ã-O!

Depois voltou ao assunto sobre eu faltar na aula para ficar mais tempo com ele. Que coisa maçante! Lá vamos nós de novo!! Respondi para ele que aquilo ali era uma vida paralela, e que ser a “Sara” não era prioridade na minha vida, pois priorizo meus estudos.

Vendo que eu não iria mesmo ceder (se ele é bom insistindo eu sou mais ainda recusando ?), tentou me convencer então a voltar para o hotel quando eu saísse da faculdade! Oi??? Falei que não atendia depois da aula pois ficava tarde para mim, ainda não satisfeito disse que se ficasse tarde me LEVARIA EM CASA! O quê??!!!

Falei para ele que de jeito nenhum poderia me levar em casa, e ele insistiu como se me levar fosse a coisa mais natural do mundo!! Expliquei que se eu não revelava para os meus clientes nem onde eu trabalho, que dirá onde eu moro! Nesse momento ele se tocou que estava sendo bastante invasivo e começou a se desculpar repetidamente.

Superado esse obstáculo, ele mudou de tática e disse: “Já que você não confia de eu te levar em casa […]” (óbvio que não vou confiar em estranhos!) “então te dou o dinheiro do táxi”. Pior ainda! Hahahaha. Falei que pego o metrô com o pessoal da faculdade, que seria estranho e tal, até porquê eles sabem aonde desço (por incrível que pareça sou a última a descer até). Nisso ele emendou, sugerindo de eu inventar para minha mãe que passaria na casa de uma amiga da faculdade e que chegaria mais tarde em casa… Aff… estava ficando cada vez mais difícil de explicar que eu tinha uma vida fora daquele quarto e que voltar ali depois, fora do horário que costumo atender, bagunçaria com toda a minha rotina.

Cada vez mais difícil também manter a simpatia com tanta insistência, meu Deus! Olhem rapazes, não sejam tão insistentes quando uma mulher diz “não”, pois nem sempre o “não” quer dizer “sim” rs.

Depois comecei a me vestir, nem consegui tomar banho pois queria logo sair dali, quanto antes melhor! Ele ficou olhando eu me vestir com a maior cara de depressivo. Fiquei com medo de dar a louca nele e fazer algo para me impedir de sair, então falei com humor: “não faz essa cara vai” e ele me olhava sem dizer nada, sinistro!

Fui ao banheiro lavar as mãos e passar enxaguante bucal, e quando voltei ele estava sentando na beirada da cama com a testa apoiada na mão, parecia estar mesmo arrasado, mas isso não era problema meu, avisei que tinha aula e não gostei dele não ter respeitado minhas condições.

Quando peguei meu cachê, ele fez questão de me dar R$50 a mais, achando que aquilo me faria voltar, dizendo que era uma parte do táxi para eu ir embora depois. Falei que não poderia aceitar (até porquê ele já estava me pagando sem termos feito nada) e que principalmente não tinha intenções de voltar. Ele insistiu como se eu não levar o dinheiro fosse uma grande ofensa, então acabei ficando com o dinheiro né. Quando fui sair ainda destrancou a porta bem devagar…

Quando saio com um cliente, é claro que quero que ele se agrade comigo, mas sentimentos exagerados assusta qualquer um! Apesar de todo o ocorrido eu até sairia com ele de novo, exceto pelo pau bichado, isso foi o quê mais pesou na minha decisão.

Depois até mandei uma mensagem para minha mais nova amiga Alinne Brandão, perguntando se ela já tinha passado por esse tipo de situação (pau com cara de DST) e perguntei como ela agia nesses casos. Ela disse que vai embora no mesmo momento, sem fazer questão do pagamento, o que avaliei ser uma atitude bem sensata, apesar de ser prejuízo para nós, que nos locomovemos até o local do encontro e disponibilizamos nosso tempo para isso.

De qualquer forma adotarei esse procedimento daqui para frente também, não vou mais me preocupar com a situação e nem ficar sem graça pelo cliente, o homem tem quer ter bom senso e cuidar do seu próprio corpo! Como a Alinne disse: “só porquê somos GPS, o cara acha que temos que nos sujeitar a tudo” e não é bem assim! Então fica um recado para os futuros clientes:

ANTES DE SAÍREM COM QUALQUER MULHER, FAÇAM UMA VISTORIA NA SUA PARTE ÍNTIMA! É DEGRADANTE EXPOR A OUTRA PESSOA A UM RISCO DESSE PORQUÊ VOCÊ MESMO NÃO SE IMPORTA COM A SUA SAÚDE!

Não queria ser rude com ninguém, mas duas vezes num intervalo tão curto de tempo já está virando palhaçada!

Sem mais!