Querido diário,
Tenho reparado que toda vez que abro uma caixinha de pergunta no Instagram, sempre surge alguém querendo saber o porquê que eu decidi mostrar o rosto, logo eu, que sempre fui muito cuidadosa e restritiva quanto a isso. Por que decidi mostrar só agora e não desde o início? O que me motivou para tal? Andei refletindo bastante sobre o momento de vida em que estou vivendo e resolvi trazer um pouquinho nessas páginas.
Já faz algum tempo que vivo um grande conflito interno sobre o que devo fazer da minha vida. Sou acompanhante de luxo, ganho um bom dinheiro, alcanço as minhas conquistas dessa maneira, mas, o que farei futuramente? Afinal, tenho plena ciência de que em algum momento não poderei mais exercer tal atividade, e o que eu terei construído profissionalmente até lá para poder migrar sem passar nenhum perrengue?
Nessa incessante busca por um direcionamento, participei de uma imersão muito importante que vem contribuindo para esse meu processo. Chegou até mim através de uma postagem patrocinada no Instagram e captou a minha atenção com um chamado sobre procrastinação. De fato sou muito – ou pelo menos era – procrastinadora. Tenho vários projetos literários e não consigo finalizar nenhum. Começo mil coisas e não termino. A postagem do Instagram foi de um cara chamado Fábio Fray e ele convidava para uma palestra gratuita num hotel, que ocorreria em determinada data.
Encaminhei para mais dois amigos, que também se interessaram, mas, no dia, acabei indo sozinha. Cheguei um pouco atrasada, a sala estava cheia, notei que o público era mais velho e me senti orgulhosa de mim mesma por estar buscando essa evolução consideravelmente cedo, em relação aos demais. O palestrante já estava falando, por sorte encontrei um lugar vazio na primeira fileira, me sentei ao lado de uma senhora e me desconectei completamente do mundo lá fora.
Eu fiquei hipnotizada pelo conteúdo da palestra. Ele falava sobre crenças limitantes, inteligência emocional, PNL, rolou até um exercício bem simples, para nos mostrar o quanto a nossa própria mente nos bloqueia. Antes que a palestra se encaminhasse para a venda de alguma coisa, eu já tinha um Sim bem grande dentro de mim, mesmo sem saber o que de fato ele venderia. “O que esse cara vender, eu quero comprar!” Senti no fundo da minha alma que eu precisava daquilo.
No final o Fray vendeu um pacote de dois dias de imersão, que aconteceria no Expo D. Pedro, em Campinas, dali a alguns meses, com uma condição especial para quem fechasse ali na hora, no término da palestra. Comprei sem pensar duas vezes. A parte da hospedagem e alimentação era por nossa conta, então fechei o hotel indicado com bastante antecedência, o ideal era ir para Campinas numa sexta a noite, já que a imersão seria sábado e domingo bem cedo, das 8h às 22h30!
Foram dois dias MUITO INTENSOS. É o tipo de experiência que eu recomendo para qualquer pessoa. Se você for na palestra do Fray e se conectar com as coisas que ele disser, então é o seu momento! Posso lhes garantir que senti uma grande mudança de chave na minha vida depois disso. Tive insights valiosos, descobri coisas em mim que eu não fazia a menor ideia que existiam (trarei tais descobertas só na minha biografia rsrs), e lá ainda acabei comprando mais dois cursos dele, a fim de me desenvolver ainda mais como pessoa.
Ao regressar da imersão, nos dias que se seguiram pude sentir as coisas a minha volta fluindo diferente e, principalmente, também me senti diferente. Voltei dia 29 de julho. Dia 19 de agosto, pela primeira vez, gravei um storie no Instagram falando e mostrando o rosto, respondendo justamente uma pergunta sobre isso.
Eu já vinha mostrando mais o rosto em algumas publicações do meu último ensaio, mas, gravar storie falando e mostrando, nesse dia foi a primeira vez!
Nesse storie eu respondi que o meu último ensaio fotográfico, o que originou as fotos de fundo vermelho, foi a centelha para que eu fosse desbloqueando isso em mim, pois achei as fotos belíssimas e seria um desperdício postar cortando o meu rosto. O que não deixa de ser verdade, mas, talvez, isso não aconteceria se já não fosse algo que eu estivesse buscando internamente. E a imersão veio para me desprender ainda mais.
Comecei a mostrar o rosto e mudei a cor do meu cabelo (agora estou morena). Está sendo um longo processo de autoconhecimento e rompimento de barreiras. Não estou 100% destemida, claro que carrego alguns receios do que está por vir, conforme as pessoas que me conhecem na vida pessoal forem descobrindo, no entanto, seria um retrocesso com o meu amadurecimento interromper agora.
Essa sou eu. Não estou fazendo nada de errado para ter que me esconder. Quero fazer a diferença na vida das pessoas e não poderei alcançar tais propósitos me escondendo.
Então… eis aqui uma explicação mais completa sobre o porquê de eu estar mostrando o rosto para o mundo somente agora. E quem concorda e está curtindo essa minha nova fase, deixa o seu comentário de incentivo! 🙂