Viagem - Terceiro Dia

A Viagem – Terceiro Dia

Dessa vez coloquei o relógio para despertar às 09:20, mas como fomos dormir de madrugada, o sono era muito e acabamos chegando para o café da manhã em cima da hora como no dia anterior rs.

Eu queria que fôssemos novamente para o norte da ilha, já que a Praia dos Ingleses é a mais famosa e não a conhecemos, mas como era muito longe e já eram 12h00 (demoramos um pouco transando no hotel rs), meu namorado considerou que seria mais válido tentarmos algo mais perto e diferente, sendo assim resolvemos sair da ilha de Florianópolis, sentido Balneário Camboriú. A princípio a ideia era irmos até Balneário de São Miguel, que nas avaliações da internet diziam ser uma praia legal e tranqüila.

Balneário de São Miguel

Quando percebi pelo GPS que estávamos chegando no destino, a minha cara foi de desilusão! Eu olhava pela janela do carro e via apenas um lago, quando chegamos então minha vontade foi de chorar! :'( Aquilo não deveria nem ser considerado praia, nem onda tinha!! Lugar deserto, feio e a areia estava cheia de galhos! (A foto acima é meramente ilustrativa). Meu namorado percebeu a minha cara de abatida e disse que poderíamos ir para a Praia dos Ingleses se eu quisesse, achei fofo ele se oferecer mas aquilo não me animou muito pois agora estávamos mais longe ainda e perderíamos mais tempo na estrada. 🙁

Mas aí ele olhou no mapa e teve a grande ideia de irmos para Balneário Camboriú! Engraçado que quando estávamos no hotel descartamos Camboriú pois era tão distante quanto a dos Ingleses, mas agora que já estávamos no meio do caminho era a nossa melhor opção! Imediatamente fiquei empolgada de novo! 🙂

Tivemos um pequeno custo de R$1,90 com o pedágio. Antes de Balneário passamos por Itapema e Bombinhas, quase pedi para que ficassémos em Itapema mesmo, pois da estrada já consegui ver a praia e a achei linda! Ondas fortes e a cor da água parecia ser bem cristalina.

Balneário Camboriú

Emfim chegamos em Balneário Camboriú! 🙂 Parecia uma São Paulo só que com praia, muitos prédios! Estacionamos e enquanto meu namorado foi procurar algum estabelecimento para se trocar (dessa vez ele não quis ir já de sunga pois reclamou que da outra vez ficou apertando suas coisas) eu fui para a praia checar a temperatura da água.

Até que estava cheia considerando que estávamos no inverno, mas também o dia estava ensolarado. Praia linda, areia branquinha, pessoas bonitas, tudo estava bom! A água estava fria sim, mas não aquela pedra de gelo como em Floripa. Fui entrando até a água chegar no meu joelho, queria entrar logo mas precisava que ele voltasse primeiro. Meu namorado demorou horrores para voltar!! 😮 Fiquei irritada mas depois passei de irritada a preocupada, fui até a esquina de onde o vi pela última vez e tentei adivinhar para qual lado ele teria ido, mas sem sucesso voltei para a praia, tirei meu vestido e me sentei na areia. Depois de mais tempo quando olhei para trás novamente, o vi vindo, fiz sinal apontando para meu relógio de pulso, indicando que ele havia demorado muito, ele se justificou que tudo estava fechado e logo perguntou sobre a água. Ele achou gelada a princípio mas eu o incentivei a entrar.

Passamos pelo dilema de onde deixar as coisas, os celulares já estavam no carro, mas onde deixaríamos a chave do carro?? Cogitamos entrar um de cada vez, mas quê graça teria entrar na água sozinha?! Até que tivemos a ideia de alugar duas cadeiras e um guarda sol, nele deixamos nossas roupas, protetor solar e meu chinelo. Com o argentino que nos alugou confiamos deixar a chave e meus óculos.

Cadeiras de praia

Mesmo a água estando menos gelada, ainda assim na hora do “vamos ver” senti bastante frio para entrar rs, cada onda que batia era um gemido de sofrimento, mas eu não podia reclamar, afinal não era aquilo que eu queria?! Meu namorado me deu uma rasteira e me derrubou a força naquela água até então gelada de novo, nossa que agonia!! Rsrs. Depois de um tempo resolvi mergulhar, pois sempre que eu mergulhava imediatamente o corpo já se acostumava com a água, mas dessa vez não foi bem assim que aconteceu! Senti como se tivesse gelando minha cabeça, meu pai! Meu namorado pelo contrário ficou super tranquilo na água, mas eu não conseguia me acostumar com a temperatura de jeito nenhum, estava sentindo cada vez mais frio rs. Aguentei até onde pude, mas depois de um tempo, mesmo nadando juntos, meus dentes estavam tremendo, fui saindo e falei que ele poderia continuar. Ele não gostou muito pois eu enchi o saco dele querendo praia e quando finalmente estava em uma “amarelei” rs.

Saí da água, fui até a cadeira e a coloquei no sol, a única utilidade do guarda sol foi sinalizar onde estavam nossas coisas porquê em nenhum momento eu quis ficar na sombra. Mesmo no sol eu sentia frio.

Depois de um bom tempo ele veio e se sentou comigo, ainda reclamando por eu ter saído tão rápido. Depois combinamos de eu ir no carro pegar a carteira para já acertar o aluguel das cadeiras e comprar um chinelo para ele. Ele voltou para a água e assim o fiz.

Quando retornei ele saiu da água de novo e comemos churros (o mesmo homem do aluguel das cadeiras vendia churros também). Meu namorado ficou levemente decepcionado quando eu disse que não iria mais entrar na água, eu até queria, mas meu corpo não deixava, estava sentindo um frio absurdo! Com o passar das horas nem o sol supria mais as minhas necessidades, eu já estava seca mas o vento frio ganhava. Ele disse que iria então tomar a saideira e ficou mais um tempão na água.

Lá pelas 17h00 fomos embora. Encontramos uma ducha para ele se enxaguar, se secou com a toalha que levamos e se vestiu, apesar de ser um lugar praiano não se via ninguém de biquíni ou sunga andando pela rua. As mulheres lá eram muito bonitas, tive que reconhecer.

Semáforo de Floripai

Uma curiosidade de Floripa eram os semáforos, não são iguais os de São Paulo, como podem ver na foto, essas bolinhas pequenas entre as duas acesas, ficam acendendo uma a uma como um contador até que chegue na última e mude de cor. Interessante.

Chegamos no hotel com muita fome, já que passamos o dia na praia. Resolvemos fechar a noite com chave de ouro (seria nossa última noite em Floripa 🙁 ) e fomos para o Outback localizado dentro do Beiramar Shopping!

Nunca comemos tanto no Outback como naquele dia! Eu nem estava mais aguentando comer, mas fiz questão de pedir a sobremesa, até porquê era nela que eu estava pensando desde que entramos lá! Sou viciada no Chocolate Thunder From Down Under, mais conhecido por mim como Petit Gateau! 😉

Quando voltamos para o hotel, tanto eu quanto ele estávamos quase passando mal de tanta comida, eu sentia sede mas não conseguia nem beber água de tão estufada. Você acha que transamos de novo naquela noite? Até queríamos, mas não tínhamos como rs.

Viagem - Segundo Dia

A Viagem – Segundo Dia

No dia seguinte quando eu acordei parecia que ainda era noite. Por precaução estiquei o braço e peguei meu celular no criado mudo para ver as horas, levei um susto pois já era 9h45!! Dali 15 minutos encerrariam o café da manhã do hotel (que era incluso), corri até a janela e puxei a cortina, estava um puta sol lá fora! Cortina pilantra! Tampava toda a claridade do dia rs. Chamei meu namorado e pedi que se apressasse senão perderíamos o café da manhã. Já corri para o banheiro, escovei os dentes e troquei rapidamente de roupa.

Chegamos no refeitório faltando poucos minutos para às 10h00. Deu para comer mas não tão a vontade, pois quando encerrou o tempo, o funcionário do hotel veio nos avisar que iriam começar a retirar as coisas e que se quiséssemos pegar mais alguma coisa que fossemos naquele momento.

Depois do café, voltamos para o quarto e antes de cair na estrada transamos. 😛 Depois do banho pegamos algumas coisas para levar junto, coloquei meu biquíni por baixo do vestido e saí na maior expectativa de conseguir pegar uma praia! Rs.

As praias boas de fato eram longe, ainda bem que locamos carro pois não quero nem imaginar quanto ficaria se fôssemos de táxi para cada lugar. Meu namorado se queixou que por estar dirigindo não conseguia prestar muita atenção na paisagem como eu, mas mesmo assim não tinha como comparar o conforto de ter um carro sempre à disposição.

Como a praia era longe, houve distrações no caminho, passamos por uma feirinha e eu fiz questão de parar para ver algumas lembrancinhas que eu pudesse trazer para São Paulo. Acabei comprando três brincos (lindíssimos!!) e cinco lembrancinhas que eram uma concha grande com uma pintura dentro, simbolizando o fundo do mar com conchinhas e golfinhos em miniatura dentro, uma lindeza! E com os dizeres “FLORIANÓPOLIS – SC – BRASIL”.

Depois quando retomamos o caminho da praia, parecia que o sol tinha dado uma enfraquecida, ele que não ficasse bem quente não! Eu estava igual um sedento no deserto querendo praia hahaha. Pegamos um pouco de trânsito enquanto nos aproximávamos dela, a da vez era a Praia Do Mole! 🙂

Linda, com muitas ondas (do jeito que eu gosto) mas com cada vento gelado que parecia uma tapa na cara hahaha. Continuei de vestido porquê o vento era mesmo muito forte e frio, apenas tirei meu chinelo e levei na mão. Meu namorado não tinha levado chinelo na viagem (porquê o que ele tinha era de espuma) e teve que andar de tênis na mão (o carro já estava bem distante à essa altura) fui até a água e encostei meu pé, meu pai que água gelada!! Seria impossível entrar naquele freezer! Fomos andando pela extensão da areia e passamos por uma cabana tocando bem alto aquelas músicas dançantes de balada GLS, eu adorei, deixava a praia bem animada. Havia placas de “Perigo” devido as ondas serem bem fortes. Na ponta da praia haviam umas pedras enormes (que foi onde tirei todas essas fotos), eu nem queria subir nelas pois tenho medo de altura, mas meu namorado me ajudou e ainda bem que foi insistente pois a visão lá de cima era mesmo incrível e ainda me rendeu boas fotos! 😉 Durante alguns minutos ficamos só nós dois em cima delas e foi onde consegui tirar as fotos mais assanhadas. Depois para descer foi mais difícil do quê para subir rsrs sou bem medrosa e já estava me vendo caindo ali. Uns argentinos estavam descendo a pedra no mesmo momento que nós e um deles também estava com medo, a princípio eu achei que ele estava tirando sarro de mim, encenando que estava com medo também, mas depois percebi que ele estava meio bêbado e meu namorado até o ajudou porquê os amigos dele já tinham descido na frente.

Dali encontramos uma trilha que levava para outra praia, a Praia da Galheta, só é possível ter acesso a ela através da trilha. Uma trilha bem chatinha, melhor estar de tênis, ou no meu caso que estava de chinelo ajudou, mas tinha umas partes que era só lama.

Durante a trilha tinha um homem TOTALMENTE NU parado num ponto dela, olhando a praia de cima, eu nem o vi de imediato pois estava mais preocupada olhando para o chão, até que meu namorado que estava indo na frente, disse: “você viu o homem pelado ali?” Achei que ele estava brincando e quando olhei pra trás vi o cara me encarando com a maior cara de psicopata, falei pro meu namorado: “nossa que doido! E ele ainda encara!” Continuamos andando, a trilha era grandinha e já estávamos querendo que acabasse logo. De repente quando olho para trás, o peladão estava vindo bem atrás de mim!! 😮 Fiquei alarmada, ele estava de boné branco, mochila nas costas e totalmente nu com as coisas balançando. Chamei meu namorado e fiz um gesto visual, ele não entendeu a princípio e depois acabou vendo por si mesmo. Também ficou preocupado e enquanto andava abaixou para pegar uma pedra grande no chão, fiquei aliviada quando vi o fim da trilha se aproximando e mais aliviada ainda quando vi outras pessoas no fim dela, dificilmente o cara tentaria fazer algo com mais pessoas perto. Fiquei olhando para as pessoas, vendo como reagiriam ao ver um homem nu andando em público, mas incrivelmente agiram como se fosse normal!! 😮

Essa outra praia era uó, deserta, silêncio mórbido e nem sol tinha nela, a água era tão gelada quanto a anterior. Mesmo assim andamos por ela explorando, de repente vindo na nossa direção, adivinhem? Mais dois homens pelados!!! Esses até que eram mais bonitos e jovens mas ainda assim fiquei sem entender, será que ali era praia de nudismo?! Kkkkkkkk. Porquê as outras pessoas que vimos na praia eram argentinos (aliás o quê mais vimos em Floripa foram argentinos), vai que eles por serem estrangeiros não sabiam? Meu namorado ainda brincou que eu deveria tirar a roupa e andar pelada também rs.

Ficamos um tempo apreciando a praia e meu namorado até disse para entrarmos na água gelada e foda-se, que se eu entrasse ele entraria também, mas não fui capaz, tava muito gelada mesmo! Falei que era melhor deixarmos para outro dia rs.

Quando voltamos tudo e estávamos indo embora para comer alguma coisa, acabamos entrando naquelas lanchonetes que têm na beira da praia, já na Praia do Mole novamente. Somente um cara atendia, muito simpático e até mesmo bonito de olhos verdes. Pedimos os mesmos bolinhos que comemos na noite anterior naquele barzinho, mas ficamos impressionados com a diferença de preço e quantidade, nesse a beira mar valia muito mais a pena!

Depois planejamos ir para o sul da ilha, mas estava com muito trânsito naquela direção, então após um tempo de tédio parados na estrada, pedi que meu namorado virasse o carro (como algumas pessoas também estavam fazendo) e fôssemos para o norte, que é onde tinham os barzinhos com gente jovem e a famosa Praia dos Ingleses.

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Não conseguimos chegar a praia de fato, pois foi anoitecendo (era longe pra caramba). Demos umas voltas a pé na Vila dos Ingleses, tomamos sorvete e voltamos para o hotel.

Depois que chegamos e tomamos um banho, fomos dar uma olhada na piscina, já era noite mas ela era coberta (infelizmente não aquecida :'( ), também estava geladérrima! Desistimos e fomos para a mesa de sinuca. Pedimos as bolas na recepção e fomos jogar!

Meu namorado começou ganhando de 4×0 mas eu consegui alcança-lo! Teve algumas vezes que eu acertei várias seguidas e fiquei me sentindo a tal hahaha. Ainda assim ele ganhou a partida. Jogamos melhor de três, a segunda partida eu ganhei e a terceira ele ganhou de novo.

Foi engraçado que quando começamos a jogar eu reclamei que não tinha giz e ele me olhou com uma cara do tipo “desde quando você entende disso?!” e depois quando expliquei que o que valia mais não eram quantas bolas e sim a soma dos números marcados nelas, ele me olhou com uma cara pior ainda e falou: “está por dentro hein?! Falando tão cheia de propriedade” me achando uma Maria bar kkkkkkk.

Depois voltamos para o quarto, transamos (hummmm) e saímos de novo na madrugada para comer!

Mais uma comédia na noite, colocamos no GPS “Pizzaria Don Ruan” chegamos no destino e ficamos dando várias voltas atrás da pizzaria, quando nos demos por vencidos fomos até uma lanchonete de um posto de conveniência, perguntamos pela tal pizzaria e adivinhem só?! Nem existia mais!! Hahahaha. Aff nem pra atualizarem no mapa!!

Comemos na tal lanchonete mesmo e depois voltamos para o hotel. Transamos de novo e dormimos feito anjinhos. <3